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Assunção 2022

Boxe brasileiro vence quatro ouros e faz melhor campanha

Luiz Oliveira, Wanderson “Shugar” Oliveira, Wanderley Pereira e Abner Teixeira levaram o ouro, enquanto Keno Marley Machado ficou com a prata

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Wander Roberto / COB

O dia foi dourado para o Brasil no encerramento do boxe nos Jogos Sul-Americanos de Assunção 2022. Disputando cinco finais, o Brasil saiu com quatro ouros e uma prata. Além dos cinco medalhistas, Ruan Pablo já havia garantido a medalha de bronze nos 51kg. Somando às provas femininas disputadas na quarta (12), o Brasil levou sete ouros, duas pratas e um bronze, vencendo com folga o torneio por equipes. 

Apenas dois atletas no boxe brasileiro não ganharam medalhas. Colômbia, com três ouros, ficou a frente no número de pódios total, com quatro pratas e cinco bronzes. Equador levou dois ouros e Panamá um, fechando os campeões no boxe. Mateus Alves, o técnico da Equipe Olímpica Permanente de boxe contou em entrevista ao Canal Olímpico do Brasil que o objetivo era seis ouros, para tanto garantir a vitória por equipes quanto igualar as campanhas de 2002 e 2014. 

“Ao fim superamos, mas amanhã não terá descanso. O trabalho continua e em Paris iremos superar o desempenho de Tóquio” afirmou o head coach, referendo-se aos Jogos Olímpicos de 2020, quando o Brasil venceu um ouro, uma prata e um bronze.

Como foram as finais do boxe masculino em Assunção 2022

Abrindo os trabalhos para o Time Brasil no boxe, Luiz Oliveira venceu nova luta por unanimidade, desta vez o equatoriano Jean Caicedo para garantir a medalha de ouro nos 57kg. Cada um dos cinco juízes apontou vitória brasileira por 10 a 9 em cada um dos três rounds.

Mais trabalho teve Wanderson “Shugar” Oliveira na decisão dos 70kg. Ele derrotou o colombiano Alex Rangel, por 4 a 1. Todos os juízes apontaram 29 a 28, marca de um combate muito equilibrado, apesar de Wanderson ter derrubado o colombiano no chão durante um momento. Shugar venceu seu segundo ouro em Jogos Sul-Americanos, pois havia sido o campeão em Cochabamba 2018 e caiu nas quartas-de-final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ficando a apenas uma luta do pódio.

Porém, a final dos 80kg foi mais acirrada ainda. Combate mais acirrado ainda foi a final entre Wanderley Pereira e o argentino Benjamin Escudero. Com muitas trocas, dois juízes deram vitória por 30 a 27 para o brasileiro, enquanto para dois árbitros, Escudero venceu por 29 a 28. Foi a vitória de 29 a 28 por parte do juiz 1 que garantiu o ouro para o brasileiro, que venceu o terceiro e último round de forma unânime. 

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Fechando a chuva dourada nos ringues paraguaios nesta quinta-feira (13) Abner Teixeira derrotou o equatoriano Gerlon Congo na final para os atletas com mais de 92kg. Da mesma maneira que Luiz Oliveira garantiu o ouro, a vitória de Abner foi tranquila, vencendo por 10 a 9 em todos os rounds de acordo com os cinco juízes.

O único revés brasileiro foi o de Keno Marley Machado nos 92kg. Atual vice-campeão e medalhista de ouro dos Jogos Olímpicos da Juventude, o atleta de 22 anos foi derrotado pelo equatoriano Julio Castillo, repetindo a prata de Cochabamba 2018.

Nas finais sem brasileiros, um ouro para Colômbia e um para Equador. Jose Manuel Viáfara, da Colômbia venceu por 5 a 0 o jovem uruguaio Javier Cardozo. O equatoriano Luis Delgado venceu por 4 a 1 o colombiano Juan Palacios.

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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