O Brasil fez uma campanha impecável na disputa da ginástica artística feminina na noite desta quinta-feira (6) nos Jogos Sul-Americanos de Assunção e garantiu a medalha de ouro, com ampla vantagem para a Argentina. Além do ouro por equipes, ainda fez dobradinha no individual, com Júlia Soares e Carolyne Pedro.
Júlia Soares somou 52.666, a frente de Carolyne Pedro, que terminou com 51.833. Luisa Gomez Maia beliscou o top3 e terminou com 50.200, pouco atrás da argentina Brisa Ailen Carraro, que levou o bronze com 50.367. Christal Bezerra ficou em oitavo com 48.800. Luiza Maia e Beatriz Lima também levaram o ouro por equipes, mas não competiram no individual geral.
Na disputa por equipes, o Brasil somou 206.299, muito a frente da Argentina que levou a prata com 199.300. Numa disputa acirrada pelo bronze, entre Colômbia e Chile, decidida no último momento, deu Colômbia com 190.667.
Além dos dois ouros e prata garantidos nesta quinta-feira, o Brasil garantiu as oito vagas possíveis nas finais com aparelho, e com boas chances de medalha.
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Julia Soares foi a melhor do dia na trave e no solo, enquanto Carolyne Pedro foi a melhor do dia nas barras assimétricas e passou em terceiro no solo. Luiza Maia se classificou para a final da trave, onde foi a segunda melhor da noite, enquanto Thais Fidelis se garantiu na final das barras assimétricas, onde foi a sexta melhor. Christal Bezerra, em quarto e Beatriz Lima, em sétimo, também se garantiram na final do salto.
Como foi a disputa por equipes da ginástica artística feminina
O Brasil participou da segunda parte das competições, sabendo muito bem o que precisava depois de ter assistido a Argentina chegar perto dos 200. Porém, o Brasil foi muito melhor do que a encomenda, com poucas falhas e a única nota 14 da competição, com Júlia Soares na trave, numa boa amostra do que pode mostrar no Mundial de Liverpool no fim do mês.
O primeiro equipamento foi nas barras assimétricas. Carolyne Pedro abriu para o Brasil com 13.133, sendo a melhor do dia. Júlia Soares e Thais Fidelis fizeram 12.667, enquanto Christal Bezerra teve sua nota descartada ao fazer 11.667. Luisa Maia encerrou para o Brasil com 12.033. A soma de 50.500 foi superior a melhor nota do Sula no aparelho.
Em seguida, o Brasil fez show na trave. Destaque para Júlia Soares que cravou a trave com 14.033. As outras quatro representantes fizeram 12 alto: Luisa Maia flertou com o 13 (12.967), enquanto Thais Fidelis fez 12.833 e Carol Pedro fez 12.700. A nota de Christal, 12.500, novamente foi a descartada para o Brasil, mas ainda assim foi a sexta melhor do geral. Os 52.533 alcançados pelo Brasil foram cinco pontos superiores à nota da Argentina, segunda melhor.
Quadro de medalhas dos Jogos Sul-Americanos de Assunção
No solo, foi outro espetáculo, com destaque mais uma vez para Júlia Soares, que fez a melhor nota do solo da noite, com 13.233. O Brasil conseguiu outra nota 13, desta vez cravado (13.000) com Carolyne Pedro. Beatriz Lima fez 12.533 e Luisa Maia fechou a apresentação brasileira com 12.467. Mais uma vez, a nota de Christal Bezerra foi a descartada, com 11.533.
No salto foi a vez de Christal Bezerra se destacar e fazer 13.100. Como ela foi a quarta ginasta a se apresentar, foi com seu salto que o Brasil garantiu a medalha de ouro. A melhor nota do país veio com Beatriz Lima, responsável por 13.200. Além delas Carolyne Pedro fez 13.000 e Júlia Soares e Luiza Maia fizeram 12.733.
Christal e Beatriz que não tinham vaga garantidas em finais, foram as duas brasileiras que fizeram o segundo salto para tentar a medalha e fizeram bonito. Christal Bezerra fez 12.233 para alcançar a média de 12.666 e ficar em quarto. Bia Lima fez 11.933 e sua média de 12.566 foi o suficiente para a final, com a sétima melhor nota.
+ Equipe masculina fatura o ouro na ginástica artística
Quem se garantiu nas finais individuais de Assunção 2022
As seis ginastas brasileiras Beatriz Lima, Carol Pedro, Christal Bezerra Julia Soares, Luisa Maia, e Thais Fidelis se garantiram também nas disputas individuais da ginástica artística que serão disputadas na sexta (7) e sábado (8).
Carolyna Pedro passou para a final das barras assimétricas. Thais Fidelis foi a quinta melhor, e conseguiu a segunda vaga do país, mesmo com a mesma nota final de Júlia Soares, porque conseguiu melhor nota E, de execução. Duas ginastas da Argentina e da Colômbia também passaram para a final, além de uma cada para Peru e Panamá.
Na trave, o Brasil brilhou e as cinco ginastas ficaram entre as oito melhores. Com o limite de apenas duas por país, Júlia Soares e Luisa Maia, as duas melhores de toda a noite, se classificaram para a final. Novamente duas ginastas da Argentina e Colômbia, além de uma do Peru e Panamá.
No solo, Julia Soares e Carol Pedro foram as únicas a fazer acima de 13, além da argentina Brisa Ailen Carraro que passou em segundo. Duas atletas de Argentina, Brasil e Chile passaram para a final, além de uma de Equador e Panamá.
No salto, apenas atletas que fizeram um salto extra puderam se classificar para a final, como é de praxe nas competições. Christal Bezerra passou em quarto e Beatriz Lima ficou em sétimo. As duas melhores notas vieram do Chile, enquanto Panamá também classificou duas atletas. Bolívia e Panamá completam o rol de finalistas.