Viviane Jungblut (Vivi Jungblut)
Vivi Jungblut – natação – 1500m livre feminino – Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Idade: 25 anos (29/06/1996)
Clube: Grêmio Náutico União (RS)
Pan: 1 (Lima-2019)
Olimpíada: 0
Lima-2019 (800m livre feminino e 10km da maratona aquática)
Recordista brasileira dos 1500m livre feminino, Viviane Jungblut, mais conhecida como Vivi Jungblut, é uma nadadora fundista que competirá nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
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Na Olimpíada Tóquio, Bia terá companhia de Bia Dizotti, ex-detentora do recorde nacional nos 1500m livre feminino. As duas fundistas serão as únicas mulheres que disputarão provas individuais na Olimpíada.
Grêmio Náutico UniBlut
Gaúcha nascida na capital do estado, Viviane Jungblut começou a nadar desde pequena. As piscinas onde deu suas primeiras braçadas são exatamente as mesmas onde a atleta conseguiu a classificação para a Olimpíada. Foi no Grêmio Náutico União, um dos mais tradicionais clubes do Brasil, que a nadadora apareceu para o cenário nacional da natação.
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A influência para chegar às piscinas veio de família. Seus irmãos foram seus parceiros de raia e grandes incentivadores. De cara, começou a apresentar resultados expressivos nas provas de fundo da base, mas não somente nas piscinas.
A atleta levou sua primeira medalha nas águas abertas. No Campeonato Mundial Júnior da modalidade, levou a medalha de bronze por equipes. Acabou se tornando grande nadadora também nas grandes distâncias ainda nova.
Boa nos dois
Viviane Jungblut passou a conquistar resultados significativos tanto nas longas distâncias nas piscinas quanto nas águas abertas. Entre 2017 e 2018 foi quatro vezes ao pódio nas etapas da Copa do Mundo de maratona aquática.
Com a aposentadoria de Poliana Okimoto, medalhista de bronze na Rio 2016, se consolidou como a segunda melhor nadadora de águas abertas, atrás apenas da multi-campeã Ana Marcela Cunha. No Mundial de Esportes Aquáticos de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019, a gaúcha por pouco não se classificou para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Ela terminou em 12º e só as 10 primeiras ganhariam a vaga.
“No começo eu estava focada, preparada para tudo que iria vir, e eu fiz uma estratégia e cumpri”, contou Vivi em live no instagram da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). “Foi minha melhor prova, estava bem preparada. No final chegou todo mundo junto, tudo embolado, ninguém sabia o que tinha acontecido. E quando vi que tinha ficado em 12º deu aquela raiva, pensei o que poderia ter feito, mas depois eu parei e aceitei ‘foi minha melhor prova, fiz o que pude, fiz o meu melhor e faltou pouco'”, completou a brasileira.
Se Viviane não conseguiu a vaga olímpica na Coreia, pôde se redimir nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, conquistando medalhas tanto nas piscinas, quanto na maratona aquática. Na prova de 10 km, conseguiu um bronze e fez dobradinha brasileira no pódio com Ana Marcela Cunha, que conquistou a medalha de ouro. Na piscina, Viviane chegou em 6º lugar na prova dos 400 m livre, mas, depois, conseguiu um bronze na prova dos 800 m livre.
Mudança de foco
Sem a vaga na maratona aquática, Vivi passou a focar nas provas de piscina. E deu certo. Durante a pandemia, nas poucas provas que disputou, obteve excelentes resultados.
Passou a nadar sempre na casa dos 16min30s nos 1500m livre, algo que não conseguiu fazer con constância em 2019. No Open de Loulé de natação, em Portugal, disputado em agosto de 2020, a gaúcha faturou a medalha de prata nos 800m.
Sem deixar as águas abertas de lado, competiu em dezembro no Campeonato Brasileiro de maratona aquática. Nesse torneio, deixou a mãe orgulhosa. Viviane fez uma dobradinha com a irmã mais nova, Cibelle Jungblut. As duas dominaram os dois dias de competição. O foco, no entanto, estaria na Seletiva Olímpica de Natação em 2021.
Em 2021
Viviane Jungblut tomou um susto em 2021. Às vésperas da Seletiva Olímpica de natação, realizada em abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, a gaúcha testou positivo para Covid-19. Preparada para esse possível acontecimento, a CBDA organizou três semanas depois uma Tomada de Tempo especial para atletas que haviam contraído o coronavírus.
Na Seletiva, a prova dos 1500m foi a mais forte da natação feminina. Pela primeira vez na história, três mulheres brasileiras nadaram abaixo do índice olímpico. Bia Dizotti venceu a prova e fez o novo recorde brasileiro com 16min22s07. A segunda foi Ana Marcela Cunha, mas a especialista em águas abertas abdicou da vaga para focar na maratona aquática em Tóquio. Com isso, Betina Lorscheitter, que havia terminado em terceiro com 16min27s73, também abaixo do índice, ficou temporariamente com a classificação.
A gaúcha tinha, portanto, que fazer um tempo inferior ao de Betina para se garantir em Tóquio. Vivi foi muito além disso. Nadou para 3min14s00, batendo por muito o recorde de Bia Dizotti conquistado na Seletiva e baixando quase 15 segundos do que vinha performando em 2020. De quebra, fez o 30º melhor tempo do mundo.