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Do judô ao wrestling: a trajetória de Giullia Penalber

Giullia Penalber conheceu o judô aos três anos e optou pelo wrestling na juventude. A atleta relembra o início, a trajetória e comemora a decisão

Dona da medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, Giullia Penalber sempre teve o esporte presente em sua vida. Começou muito cedo no judô e com uma mudança nas regras, em 2012, desanimou. Se reencontrou em outra luta, a olímpica, ou o wrestling. Assista a entrevista exclusiva!

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“Eu comecei no esporte, no judô, com três anos de idade. Comecei como uma brincadeira, eu era muito pequena e tal. E já com sete anos começavam as competições. Meus pais me incentivavam bastante. E nos colocavam, a mim e ao Victor, pra gente competir. E aí eu segui. Competi bastante,” relembra.

“Entrei na seleção de base do judô. Viajei bastante. Aí quando eu tinha uns vinte anos, foi mais ou menos em 2012, teve uma mudança de regra que me dificultou bastante. Na verdade, uns três anos antes em uma regra de catada de perna. Não podia mais derrubar o adversário segurando na perna dele e era um golpe que eu fazia bastante. Então eu tive que trocar todo o meu estilo de luta e os resultados não se mantiveram os mesmos,” contou Giullia Penalber.

A animação voltou aos poucos, no início ainda ficou dividida entre as modalidades durante dois anos e até seguiu simultaneamente, mas chegou uma hora que teve que escolher.

“Eu já conhecia o wrestling. Eu já tinha tido contato. Já tinha até participado de um treino ou outro, de competição. Mas eu nunca soube o que realmente era. Aí eu fui com uma amiga que estava com uma situação parecida com a minha começar a treinar. De hobbie mesmo, tipo final de ano, não tinha mais campeonato importante. E apareceu uma seletiva dentro do wrestling, que eu fui participar. E eu acabei sendo convocada para uma competição fora do Brasil,” conta.

Mas o motivo da decisão? “Porque eu estava querendo ir para a Olimpíada, via que o wrestling estava me dando mais oportunidade, que eu estava crescendo bastante. E acabei optando por ficar no wrestling. Estou lá desde então,” comemora Giullia.

Mas como explicar o wrestling, Giullia?

“Muita gente não conhece o wrestling. O wrestling não é um esporte muito divulgado aqui. As vezes eu conto pras pessoas que eu faço wrestling ou faço luta olímpica. ‘Ah, mas que esporte é esse? É aquele que usa macaquinho? É greco-romana?’ Aí eu explico: ‘não, greco-romana é um estilo dentro do wrestling, tal.’ Então as pessoas não conhecem ainda. E é um esporte que tem tudo pro Brasil ser uma potência, porque o Brasil é bom em todas as lutas. E no wrestling não seria diferente, mas a gente ainda não tem material humano. Está começando a crescer agora. E eu acho que a divulgação do esporte é bem importante pra gente. E tem muita coisa que o pessoal se conhecesse ia gostar mais assim do esporte, porque é muito dinâmico.”

A diferença entre as modalidades

“O fato de poder lutar, de ter liberdade, né? De pegar na perna, que eu não tinha mais no judô. E liberdade de lutar sem kimono também. Foi algo que eu me identifiquei. Muitas coisas realmente acabam dificultando por não ter kimono, por eu ter sido criada em um esporte que tinha ou o pano. A alavanca se torna diferente, a postura do esporte é diferente, mas os golpes foram encaixados – os golpes que eu fazia judô, eu encaixava no wrestling, então foi uma combinação legal”, finaliza Giullia Penalber.

Jornalista formada pela Cásper Líbero. Apaixonada por esportes e boas histórias.

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