Em primeiro treino aberto da seleção feminina de vôlei da temporada, técnico Zé Roberto Guimarães fala sobre expectativas para o Campeonato Mundial.
Preparando a seleção brasileira de vôlei feminino para a temporada atual, o técnico José Roberto Guimarães não esconde que o objetivo principal de 2018 é a disputa do Mundial, que acontece entre os dias 29 de setembro e 20 de outubro, no Japão. Para chegar ao título inédito, vai usar a base jovem que foi campeã do Grand Prix em 2017, reforçada por veteranas como Dani Lins, que voltou aos treinos após dar à luz a primeira filha, Thaisa, que ainda está em recuperação após uma cirurgia no joelho e Natália, que também se recupera de lesão no joelho. Além das três jogadoras, o treinador ainda espera contar com as voltas de Fabiana e Fernanda Garay.
“Eu nunca fecho questões em relação à seleção brasileira, como a Fernanda Garay e a Fabiana, quem sabe. Elas não querem, mas vão descansar, se preparar, aproveitar um pouco a vida, curtir a família, porque elas se dedicaram muito durante muitos anos”, revelou o técnico em entrevista ao Olimpíada Todo Dia no primeiro treino aberto da seleção na temporada.
Fabiana, hoje com 33 anos, se aposentou da seleção após a disputa da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Já Fernanda Garay ainda não anunciou a aposentadoria, mas pediu dispensa da equipe brasileira para se dedicar à família. Para José Roberto, que já procurou as duas jogadoras após os afastamentos, as portas continuam abertas.
“Elas chegam no auge da forma física e técnica, de maturidade, aos seus 30 ou 32 anos. E muitas pensam em ser mães, tem que entender esse lado também”, complementou.
Planejamento
A seleção brasileira tem, em 2018, quatro desafios: Liga das Nações entre 15 de maio de 1 de julho, Copa Pan-Americana de 6 a 15 de julho, Montreux Volley Masters entre 4 e 9 de setembro e o tão esperado Campeonato Mundial, de 29 de setembro a 20 de outubro. Além das competições oficiais, o Brasil disputará quatro amistosos contra os Estados Unidos em agosto.
Para a temporada, José Roberto deve contar com duas equipes. “Você tem que optar: ou você mata o time ou você segura, porque senão não vai ter time para jogar o Mundial. A gente optou, dentro do nosso planejamento, que uma seleção vai e joga essa Liga das Nações, e uma outra seleção se prepara para a Copa Pan-Americana com mais tempo”, afirmou.
Com a seleção que visa a Copa Pan-Americana, que é classificatória para os Jogos Pan-Americados do próximo ano, estão Dani Lins, Thaisa e Natália, além das jogadoras que se destacaram na Superliga feminina de vôlei 2017/2018.
Sobre a situação da nova mãe da seleção, o técnico mantém cautela. “Se a Dani Lins tiver em condições e for liberada para a Copa Pan-Americana ela vai, senão a gente vai segurar mais um pouco ainda”, considerou.
Já a respeito do Mundial, as expectativas estão altas. “É um campeonato que a gente não tem e que mexe com todos nós, é um título que a gente precisa buscar”, expôs o treinador. “Sabemos da dificuldade, tem muita seleção boa, mas o importante é que a gente tem time para brigar de igual para igual com qualquer uma delas”, concluiu.