Thaisa está feliz com sua volta ao alto nível e agradece ao Itambé/Minas por ter contribuído com sua retomada. Em 2017, a atleta sofreu grave lesão no joelho esquerdo e seu futuro em quadra foi colocado em dúvida. Porém, a bicampeã olímpica superou as desconfianças e mostrou isso com suas atuações na Superliga 2019/20. Em relação ao retorno à seleção brasileira, a central deixa o futuro em aberto e prioriza sua longevidade.
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“Se eu falar que é um sonho estar na seleção estarei mentindo, pois hoje estou muito mais preocupada em conseguir me manter jogando, em estar bem fisicamente e com minha longevidade. Meu foco é outro. Sou feliz quando estou na seleção e é obvio que amo representar meu país, mas hoje tenho que tomar todos os cuidados, já que não sou mais a Thaisa que estava voando aos 25 anos e não tinha dor e cirurgias”, afirmou Thaisa.
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“Hoje tenho três cirurgias no joelho e preciso terminar a temporada para ver como vou me sentir. Tenho que avaliar se posso estar na seleção e se meu corpo entende que é possível, já que é um desgaste grande. Hoje não é minha prioridade. E também não adianta estar na seleção só porque sou a Thaisa. Se for para estar lá, que seja por mérito. Estou focada em aproveitar que voltei ao alto nível”, incluiu a atleta em live do Olimpíada Todo Dia.
Vontade de ser mãe
Thaisa participou de três Jogos Olímpicos pela seleção brasileira e foi bicampeã olímpica nas edições de Pequim-2008 e Londres-2012. Na Rio-2016, a atleta esteve no elenco que foi derrotado pela China nas quartas de final. Ela está em quarentena em Belo Horizonte e segue treinando para manter a forma.
A central está com o noivo Rafael Mineiro, ex-jogadora de basquete. Neste período em casa, a atleta tem feito cursos, se aventurando na cozinha e fazendo planos pessoais e profissionais. Na entrevista ao OTD, a central revelou que tem planos de ser mãe, mas que é um sonho para o futuro, já que ainda pretende jogar vôlei por algum tempo.
Joelho forte e gratidão ao Minas
Thaisa tem sua trajetória profissional quase toda em clubes do vôlei brasileiro. Em sua única experiência internacional, a central atuou no Eczacibasi Vitra, da Turquia. E foi em quadras europeias que ela machucou o joelho esquerdo e teve que ser submetida a uma cirurgia para solucionar uma ruptura parcial do ligamento lateral e de parte do menisco. Voltou às quadras após dez meses e com a camisa do Hinode/Barueri.
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Acolhida pelo clube de Barueri, Thaisa voltou a jogar, porém, foi no Minas que alcançou novamente o alto nível. “Estou feliz porque meu joelho aguentou durante a temporada. Lógico que tiveram momentos que precisei controlar os treinos e os saltos, mas foi tranquilo. Não fiquei fora de nenhum jogo, apenas algumas seguradas nos treinos pós-jogo e mais por precaução”, revelou.
“No Minas, as pessoas tiveram o cuidado, atenção e carinho de me segurar quando tinha de segurar e de fazer uma preparação física diferenciada. A equipe médica e todos da comissão técnica me trataram muito bem. Nunca me senti tão à vontade e bem cuidada. Fui recebida de braços abertos e só tenho que agradecer. Quando o atleta se sente querido, importante e valorizado não tem como dar errado. Eles foram incríveis”, elogiou.
Sheilla: a amiga e parceira de quarto
Além dos profissionais do clube e da comissão técnica, Thaisa encontrou no Minas um grupo de companheiras que classificou como ‘família’. No time mineiro, a atleta reencontrou também a oposto Sheilla, sua amiga, parceira de quarto e igualmente bicampeã olímpica pela seleção brasileira.
Thaisa e Sheilla possuem uma relação que vai além das quadras e se conhecem há tempos. Além de ser companheiras no Minas, as duas atuaram juntas em Osasco e na seleção brasileira. E a sinergia entre elas foi mais um dos fatores que ajudaram a central.
“Encontrei uma família no Minas. É muito gostoso quando você está em um time em que todo mundo se dá bem e não tem picuinha e carinha feia. Já estive em equipes em que era preciso ser profissional e aturar alguém. Essa temporada foi incrível porque era gostoso chegar de manhã para treinar e encontrar todo mundo sorrindo”, destacou Thaisa.
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“A Sheilla me completa e é uma jogadora de altíssimo nível, com vivência e experiência. Ela é a minha parceira de quarto e me ajudou bastante nos momentos que passamos por dificuldades e eu precisava desabafar para entender o que aconteceu com o time em determinada derrota. A nossa linguagem se encaixa. É incrível estar com ela novamente. Ela teve um papel certeiro na minha temporada”, concluiu a bicampeã olímpica.