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Tóquio 2020

Alan realiza sonho em ano de conquistas na seleção brasileira

O oposto Alan classifica 2019 como ‘melhor ano da carreira’ com a titularidade nos títulos do Sul-Americano e da Copa do Mundo, competições que foi eleito o melhor jogador

Alan Vôlei Seleção Brasileira Melhor Jogador
MVP de duas competições, Alan avalia que o ano passado foi o melhor de sua carreira (FIVB/Divulgação)

O oposto Alan saltou alto em 2019 e, definitivamente, mostrou seu potencial com a camisa da seleção brasileira de vôlei. Com 26 anos, o atleta jogou como titular no Campeonato Sul-Americano, no Chile, e na Copa do Mundo, no Japão, disputas que o Brasil se sagrou campeão e ele foi eleito o melhor jogador da competição.

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“Sem dúvidas, 2019 foi o melhor ano da minha carreira. Já havia participado na base, mas jogar pela adulta é um sonho para qualquer atleta. Pude atuar como titular em duas competições muito importantes e consegui ser o melhor jogador nessas duas. Então, para mim, foi um ano incrível”, afirmou Alan, em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.

“Infelizmente aconteceu a pandemia em 2020 e meus planos são voltar logo aos treinos, assim que for possível, e retomar as formas física, tática e técnica, já que estava no meu auge. Todo mundo deu uma caída com essa parada e quero voltar com tudo”, acrescentou o oposto, que deixou o Sesi-SP e regressou ao Sada Cruzeiro, clube que o revelou para o vôlei.  

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Alan participou de todos os Mundiais da base. Em 2011, ele tinha 17 anos e foi titular na medalha de bronze do time sub-19, marcando 21 pontos na vitória por 3 a 2 diante do Irã. Dois anos depois, o oposto, então com 19, ganhou a prata no sub-21, anotando 14 pontos na derrota por 3 a 0 para a Rússia. Por fim, também em 2013, fez parte do ouro do sub-23, com cinco pontos e 3 a 2 contra a Sérvia.  

Cenário e entrada em uma geração campeã olímpica

Alan Vôlei Seleção Brasileira Melhor Jogador
Alan em ação diante da Polônia na Copa do Mundo de 2019 (FIVB/Divulgação)

Assim como Lucão, Alan considera que o cenário do vôlei masculino está equilibrado. Segundo o oposto, com a pandemia fica difícil falar sobre as seleções mais fortes, já que não se tem informações sobre os outros países. O jogador tem a preocupação de o Brasil ficar para trás em relação aos rivais. Por isso, acredita que a retomada da forma física e técnica terão que ser rápidas quando voltarem às atividades.

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“Sempre tem aquelas seleções que dão trabalho. A Polônia é um time que vi na Copa do Mundo, do Japão, e está com um time muito forte. O nosso jogo contra eles foi incrível. Contra os Estados Unidos foi uma partida bem difícil também. Apesar de termos vencido por 3 a 0, foi bastante complicado e exigiu muito da nossa equipe nos aspectos físico e mental”, disse.

“A Itália também sempre chega com equipes muito fortes. Acredito que tem muitos times fortes, mas acho que o Brasil sempre estará lutando de frente a frente contra todos eles”, acrescentou Alan, que considerou importante entrar em uma geração campeã olímpica e com atletas experientes que o deixaram à vontade para mostrar seu vôlei dentro de quadra.

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“Eu cheguei maravilhado porque os caras eram campeões olímpicos. Cheguei e eles me passaram tranquilidade. Os caras falaram para fazer meu melhor. Eles me deixaram relaxado para poder treinar e jogar. Não senti pressão nenhuma”, contou o jogador.

“Fiquei no quarto com o Lucão e ele conversava comigo e dizia que minha hora ia chegar. Foi importante participar com eles, pois adquiri muita experiência e aprendi coisas que quero levar para a vida”, completou Alan, que começou a jogar vôlei com 14 anos.  

Virada na final do Sul-Americano

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Alan superando bloqueio argentino na decisão do Sul-Americano (Mauricio Palma/Fevochi)

O oposto Alan atuou como titular no Sul-Americano que o Brasil faturou ao vencer a Argentina, por 3 sets a 2, parciais de 24/26, 22/25, 31/29, 25/20 e 15/13, no Chile. A seleção brasileira ganhou a competição pela 32ª vez e foi campeã todas as vezes que disputou, já que só não esteve em quadra na edição de 1964. Essa final foi escolhida por ele como um de seus jogos marcantes.

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“O primeiro jogo marcante foi a final do Sul-Americano, pois estávamos perdendo, por 2 a 0, e viramos para 3 a 2. A seleção brasileira nunca perdeu a competição e estávamos com o risco de sermos a primeira geração a perder, mas conseguimos uma virada histórica”, contou Alan.

“Estávamos com o jogo meio que entregue no terceiro set também até que o Felipe Roque entrou e fez uma sequência de saques que reacendeu a chama do time para ganhar o terceiro, o quarto e o quinto. Foi emocionante e ficará para sempre na memória”, acrescentou o jogador, que foi eleito o melhor da competição.

Maior pontuador contra a Polônia

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Alan foi eleito o MVP da Copa do Mundo de 2019 (FIVB/Divulgação)

O outro jogo marcante de Alan foi contra a Polônia, na Copa do Mundo, torneio que o Brasil foi campeão de forma invicta. Nesta partida, a seleção brasileira superou o time europeu por 3 sets a 2, séries de 19/25, 25/23, 25/19, 16/25 e 15/11.

“Essa partida contra a Polônia também foi incrível. Vencemos por 3 a 2 um confronto super pesado. Perdemos o quarto set por um placar ruim que poderia acabar desestabilizando o time. No entanto, conseguimos voltar bem no quinto set fazer uma parcial ótima e ganhar a partida”, comentou.

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“A partir desse jogo o caminho se abriu e deu tudo certo para conquistarmos a competição. Nunca vou me esquecer desse jogo”, concluiu Alan, que terminou como maior pontuador diante da Polônia, com 27 acertos, sendo 26 em ataques e um de bloqueio.

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