A oposto Tandara guarda com carinho as lembranças da conquista dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Já são quase oito anos que a seleção brasileira ganhou o ouro olímpico depois de uma campanha de reviravolta, já que correu o risco de ser eliminada na primeira fase. Ao ser induzida a recordar momentos daquele título, a jogadora destacou como ‘sonho realizado’ e que o maior sentimento é de ‘gratidão’.
“São as melhores lembranças da minha vida. Uma sensação indescritível. É uma mistura de sentimentos como alegria, felicidade, sonho realizado, mas, o maior deles, é de gratidão. É difícil de explicar em uma palavra. Sou muito grata por ter feito parte desse grupo que tanto me acrescentou e ensinou”, disse a oposto sobre a conquista do ouro olímpico.
“Trago dessa campanha também as melhores recordações em relação a nunca desistir e que o vôlei é um esporte de grupo. Não existe time com uma jogadora, mas sim com 12. Naquela conquista era banco da Sheilla e aprendi muito com ela. Com certeza a conquista tem um pedacinho de cada atleta”, afirmou Tandara em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Título, pódio e hino nacional
Tandara conquistou o ouro olímpico em Londres-2012 com 23 anos, logo em seu segundo ano de seleção brasileira. Na época, a jogadora entrava no decorrer das partidas substituindo Sheilla, que já havia sido a titular da posição no título em Pequim-2008. Tandara não se esquece de momentos marcantes da final contra os Estados Unidos, principalmente após a conquista com as comemorações e a cerimônia de entrega das medalhas.
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“Tenho recordações da gente rezando de joelho depois do jogo e agradecendo pelo que tínhamos conquistado. Durante o jogo, me lembro de Paula, Fernandinha, Natália e Adenízia no banco comigo pulando o tempo inteiro e agradecíamos cada ponto que fazíamos. Entrar em uma inversão em um momento de dificuldade e decisão é surreal”, comentou.
“Na hora do pódio, quando abaixei a cabeça para receber a medalha, falava comigo mesma como a medalha era pesada e nunca ia deixá-la cair no chão. Tudo vinha na cabeça. Chorei e a lágrima escorria bastante. No momento da bandeira subindo e que cantamos o hino nacional foi quando mais me emocionei. Fiquei muito feliz porque era meu sonho”, acrescentou Tandara.
Campanha de superação
Campeã olímpica em Pequim-2008, a seleção brasileira chegou em Londres-2012 como uma das favoritas. A campanha do ouro olímpico começou com vitória sobre a Turquia, por 3 a 2. No entanto, na sequência foram duas derrotas: 3 a 1 diante dos Estados Unidos e 3 a 0 contra a Coreia do Sul. Com isso, o Brasil precisava vencer as duas últimas partidas para se classificar.
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O Brasil ganhou da China, por 3 a 2, e da Sérvia, por 3 a 0. Além disso, contou com a vitória dos Estados Unidos contra a Turquia para avançar na quarta posição do grupo B. Nas quartas de final, um jogo emocionante e um 3 a 2 diante da Rússia. Na semifinal, uma vitória mais tranquila por 3 a 0 sobre o Japão. Na final, o Brasil saiu perdendo, mas virou e ganhou a medalha de ouro com um 3 a 1 contra os Estados Unidos.
“Desde o nosso primeiro jogo foi muito difícil, pois as equipes vinham acreditando e nos colocando em dificuldade. A Sérvia foi um jogo muito difícil. A China foi uma partida duríssima. O Japão, mesmo tendo sido rápido, vencemos com uma dificuldade absurda. A Rússia acaba sendo lembrada como mais difícil porque foi quartas de final e tínhamos que vencer para irmos para a semifinal”, contou.
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“Nós fomos uma etapa de cada vez. Acho que sofremos em todos os momentos desde o início da campanha, mas contra a Rússia foi um pouco mais por ser um jogo eliminatório e por ser a Rússia, que sempre foi um confronto de briga, deboche, enfim, de muita provocação. Foi uma partida dificílima e com um 3 a 2 emocionante à nosso favor”, concluiu Tandara.
