Bruna Honório viveu o auge de sua carreira na temporada 2018/19 vestindo a camisa do Itambé/Minas. Pelo clube mineiro, a oposto celebrou um período repleto de conquistas nacionais e internacionais e a convocação para a seleção brasileira. Porém, um problema no coração afastou a atleta das quadras de vôlei por três meses.
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A oposto e suas companheiras do Minas foram campeãs do Campeonato Mineiro 2018, da Copa Brasil 2019, do Campeonato Sul-Americano 2019 e da Superliga 2018/19, e vice-campeãs do Campeonato Mundial de Clubes 2018. Bruna Honório já estava treinando com a seleção brasileira, em Saquarema, no Rio de Janeiro, quando precisou ser desconvocada
“Pedi à Deus para ter coragem e força para passar por isso. O meu primeiro jogo após a recuperação foi algo bem surreal. Eu já tinha retornado aos treinos e quando voltei a atacar foi um choque. Fiquei bem emocionada nessa primeira partida no Mineiro”, lembrou a atleta.
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“O Minas tem umas meninas na torcida e elas me falaram que teria música para mim na volta. Estava ansiosa para jogar e ouvir a música. Foi bem legar ver que tem gente que me ama e torce por mim”, afirmou Bruna Honório em live no instagram da agenciamvpsports.
Força para superar a adversidade
Na época, Bruna Honório passou por exames médicos e foi constatado um pequeno tumor benigno no átrio esquerdo do coração. A jogadora foi submetida a uma cirurgia e fortaleceu seu aspecto psicológico para superar as adversidades do período que descobriu a doença até a fase de recuperação e retorno ao vôlei.
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“Quando aconteceu foi tudo muito rápido, mas em nenhum momento duvidei que Deus estaria do meu lado e isso me fortaleceu. Recebi muito carinho de pessoas me mandando mensagens de amor e confiança de que daria tudo certo”, recordou.
“Se tem uma coisa que não faço na minha vida é me fazer de vítima, mas durante o processo isso foi o mais difícil. Eu sabia que Deus iria providenciar todo o terreno para que voltasse o mais rápido possível”, completou Bruna Honório.
Inspiração e momento de afirmação
Natural de Agudos, interior de São Paulo, Bruna Honório está com 30 anos e passando o período de quarentena na casa de sua irmã em sua cidade de origem. Ela começou a jogar vôlei com 13 anos e disputou sua primeira Superliga em 2008/09 por um clube situado nos municípios de Brusque e Pomerode, em Santa Catarina.
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“A saída de rede foi a posição que me destaquei. Joguei um tempo como ponteira e não aconteceu muita coisa. No Pinheiros, com o Wagão e sua comissão, mudei para oposto. O Rio me contratou para atuar nessa posição, então não tinha como voltar para a ponta. Fiquei meus três anos lá jogando como oposto”, contou a atleta.
Antes de se tornar oposto, Bruna Honório atuou como ponteira. Ela aprendeu bastante na sua passagem pelo Pinheiros, quando trabalhou com o técnico Wagão. Foi neste momento que a atleta se firmou como oposto e foi contratada pelo Rio de Janeiro, time do treinador Bernardinho, onde jogou com a ex-levantadora Fofão.
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“Algumas pessoas me inspiram. Joguei muito tempo com a Mari Casemiro e ela me inspira pela garra. Tentei absorver um pouco disso pra mim. Gosto muito da Fofão como pessoa, jogadora e amiga. Sempre me ajudou muito quando jogamos juntas. Ela é uma pessoa que me inspira bastante”, acrescentou Bruna Honório.
Atividades durante a quarentena
Além de manter a forma, Bruna Honório tem realizado outras atividades durante a quarentena. A jogadora tem treinado em casa e correndo em locais com pouco movimento em Agudos. A oposto, campeã mundial militar de vôlei em 2014, está aproveitando o tempo livre para ler, estudar e fazer aula de piano e teclado.
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“Espero que o coração do ser humano se abra ainda mais para ajudar quem precise. Acho que o que está acontecendo pode mexer no coração e na atitude das pessoas”, concluiu Bruna Honório, que atuou pelo Minas na última temporada, mas ainda não definiu seu futuro.