O Sesc-RJ, assim como outros clubes do vôlei feminino, está com dificuldades financeiras e essa situação está interferindo na montagem do elenco para a próxima temporada. Priorizando a sequência do projeto, o técnico Bernardinho revelou em uma live nesta terça-feira (19) que o time situado no Rio de Janeiro, no momento, não tem verba para remunerá-lo.
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“Tivemos de renegociar todos os contratos, porque tivemos uma perda significativa de patrocínio. As jogadoras perderam 60% dos contratos. Eu perdi 100% do meu. Como eu posso propor alguém? Não tem não… Se eu tiver de vender meu carro, vou vender meu carro, é a minha paixão”, contou o técnico do Sesc-RJ.
“Não quero que o projeto morra porque tem de me pagar também. Nesse primeiro momento não tem orçamento para me pagar. Não posso deixar de pagar as meninas. Como eu posso negociar com elas, se eu não dou exemplo?”, acrescentou Bernardinho.
A assessoria do clube informou que o Sesc-RJ tem orçamento bom para a realidade brasileira, possibilitando a manutenção de um projeto de alto rendimento que manterá o time forte.
Corte na comissão técnica e situação do país
Na mesma live, o treinador contou que sua comissão técnica sofreu um corte de 40%. Bicampeão olímpico de vôlei com a seleção brasileira masculina, em Atenas-2004 e Rio-2016, o técnico fez uma análise mais ampla do momento que os trabalhadores brasileiros estão passando desde que a pandemia de coronavírus afetou o país.
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“Vamos olhar para o lado? A situação está complexa e difícil. Nós que somos do Rio de Janeiro, então imagina aquele jovem que trabalha na praia vendendo sorvete, picolé o dia inteiro, carregando aquela geladeira nas costas, caminhando na areia. Ele está fazendo o que? Ele não tem como ter acesso a nada”, disse o treinador do Sesc-RJ.
“E um cara que tinha uma carrocinha de vender coco? Esses pequenos empreendedores estão sofrendo muito. Claro que a gente está sofrendo bastante, mas temos de entender o momento e trabalhar para que a atividade do esporte possa retornar em nosso país”, completou Bernardinho.
Carol Gattaz renova com o Minas
A atleta Carol Gattaz caminha para sua sétima temporada consecutiva com a camisa do Itambé/Minas. Segundo o Blog do Voloch, a central estendeu seu vínculo com o clube mineiro até maio de 2021. A jogadora segue atuando em alto nível e, como capitã do Minas, foi campeã da Superliga 2018/19.
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Apesar da idade, já que completa 39 anos em 2020, a atleta tem apresentado desempenho que faz com mantenha o sonho de representar a seleção feminina de vôlei nos Jogos de Tóquio, que serão realizados em 2021, no período de 23 de julho a 8 de agosto.