Como publicado pelo Olimpíada Todo Dia em 1º de maio, Serginho ‘Escadinha’, maior líbero da história do vôlei masculino brasileiro, anunciou de forma oficial no sábado (16) a aposentadoria das quadras.
Através de um post nas mídias sociais, Serginho avisou que parou. Assim chegou ao fim uma carreira de imenso sucesso e que deu muitas alegrias ao Brasil.
Quatro finais olímpicas seguidas, com duas medalhas de ouro. Serginho também foi bicampeão mundial, tricampeão da Copa do Mundo, nove vezes campeão da Liga Mundial, campeão pan-americano, diversas vezes campeão sul-americano, campeão de Superliga, mais do que campeão na vida. O currículo é gigante, assim como a vida é exemplo.
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Escada da salvação
Sérgio Dutra dos Santos, hoje com 44 anos, nasceu no Paraná e se mudou com a família ainda criança para São Paulo, onde se tornou um dos representantes mais importantes de Pirituba, na zona norte da cidade.
O vôlei foi a opção para enfrentar as dificuldades da vida e salvou o jovem Serginho de situações de risco onde caíram muitos de seus amigos na época.
A modalidade tornou Serginho atleta profissional, proporcionou que o jogador conhecesse o mundo, aprendesse sobre novas culturas, fizesse muitos amigos, formasse uma família feliz e se tornasse, ao longo dos anos, a principal referência na posição de líbero. Muito trabalho e dedicação todos os dias na quadra, mas com talento e méritos próprios fizeram com que Sérgio ‘Escadinha’ se tornasse o maior.
Pandemia selou a aposentadoria
Hoje, dia seguinte ao anúncio da aposentadoria, o bicampeão olímpico afirmou: “Chegou o momento. Quem viu o Serginho, quem viu a seleção brasileira com o Serginho, viu. Agora é só por vídeo”.
ADEUS DE UM ÍDOLO 🏐🇧🇷
— Time Brasil (@timebrasil) May 17, 2020
Serginho, 45 anos, maior líbero da história, se despede das quadras.
Pessoa fantástica e profissional exemplar.
E dono de um currículo inigualável em @JogosOlimpicos
🥇2004
🥈2008
🥈2012
🥇2016
Obrigado por tudo, Escadinha!
📷 Alexandre Loureiro/COB pic.twitter.com/toEFpm5V8S
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Ele contou como foi o processo de decisão. “Depois do Rio, eu pensei que precisava parar, encontrar uma forma de parar, mas desde 2016 as pessoas não deixavam. Sempre tive um desafio diferente, novo, para cumprir e sempre fui um cara que aceitou todos os desafios”, explicou o líbero.
Mas a pandemia da covid-19 acelerou a decisão sobre a aponsetadoria. Serginho entrou em quadra pela última vez em 7 de março, quando seu time, o Pacaembu/Ribeirão Preto (SP), virou o jogo e venceu o Fiat/Minas (MG), por 3 sets a 2, em jogo válido pela Superliga masculina.
Satisfeito com tudo que viveu no vôlei, ele espera propagar seus conhecimentos na aposentadoria. “Voleibol é o que eu sei fazer e quero passar isso adiante, mas não quero morrer com tudo que aprendi. Hoje posso parar, posso encerrar a carreira, mas quero relembrar de tudo e saber que valeu a pena. Meu choro hoje é de felicidade. A partir de agora, quem quiser lembrar de mim, jogue voleibol. Só isso”, finalizou o maior líbero da história do Brasil.
