O início da semana foi agitado no vôlei brasileiro. Uma reunião entre clubes e a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) na segunda (20) decidiu por encerrar a edição 2019/2020 da Superliga masculina por causa da pandemia do coronavírus, sem que ninguém fosse confirmado como vencedor. Mesmo assim, no dia seguinte, o Taubaté tratou de se autodeclarar campeão.
A equipe paulista festejou em um perfil de rede social o título da Superliga. A postagem vinha acompanhada de uma montagem onde se lia: “Bicampeão Superliga 2019/2020”.
Contudo, após sofrer ataques, o Taubaté modificou a postagem e adotou uma nova postura, trocando o “bicampeonato” por “1º lugar Superliga 19/20 – Campeão 18/19”.
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“Após 21 jogos disputados, o EMS Taubaté Funvic terminou a competição como líder, com 54 pontos ganhos, em uma campanha de 17 vitórias e 4 derrotas. Na última partida disputada, a equipe venceu o Sada Cruzeiro (MG) por 3 sets a 0, fora de casa” escreveu, na postagem, o Taubaté.
Não há campeão
Por causa da postagem do Taubaté, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) se pronunciou oficialmente na terça-feira (21), esclarecendo que não há equipe considerada campeã da Superliga masculina 2019/2020.
A decisão pelo encerramento sem campeão da Superliga Masculina foi tomada em reunião por videoconferência com votação dos 12 clubes participantes da edição, além da Comissão de Atletas.
Na ocasião, ficou claro que o campeonato terminaria sem um campeão, respeitando apenas a classificação do momento para definição da vaga no Campeonato Sul-Americano e das equipes que iriam para a Superliga B. A votação pelo fim da competição se deu por oito votos a favor e cinco contra.
“Fizemos uma reunião ontem onde todos os clubes participaram de forma virtual e ouviram claramente que não há um campeão na temporada 2019/2020 da Superliga. Por isso, embora tenha se denominado campeão moral, recebemos com surpresa a informação de que a equipe de Taubaté tenha se considerado campeã deste ano. Esclarecemos então, mais uma vez, que não há vencedor nesta temporada”, afirmou o diretor executivo da CBV, Radamés Lattari.
Encerramento da Superliga
O Taubaté votou a favor do encerramento da Superliga. A votação foi acirrada: oito votos para o término e cinco contra. A Superliga feminina já havia sido interrompida no dia 19 de março.
Votaram pelo fim da competição os seguintes clubes: Vôlei Renata (SP), Taubaté (SP), Ribeirão Preto (SP), Itapetininga (SP), Ponta Grossa (PR), Maringá (PR) e Sesc (RJ), além da Comissão de Atletas, representada pelo presidente Raphael Oliveira.
Já os que votaram pela continuidade da Superliga masculina foram: Cruzeiro (MG), Minas (MG), América Vôlei (MG), Blumenau (SC) e Sesi (SP).
“O cenário no esporte brasileiro é preocupante neste momento de pandemia. Temos que continuar trabalhando juntos no sentido de continuidade da nossa modalidade. O melhor a ser feito agora é encerrar todas as atividades e cuidar da saúde dos nossos atletas e de todos os envolvidos na competição. Ficamos satisfeitos que a maioria tenha pensado desta forma”, disse o Superintendente de competições de quadra da CBV, Renato D’Avila.
Dessa forma, a Superliga masculina de vôlei segue o mesmo passo das mulheres. Os clubes decidiram, também através de uma votação online, pelo encerramento da competição, no último dia 20 de março.