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Tóquio 2020

Renan diz que Brasil chegará forte por nova medalha olímpica

Prata como atleta, em Los Angeles-1984, e ouro como dirigente, na Rio-2016, o técnico fará sua estreia na função nos Jogos Olímpicos de Tóquio

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Renan Dal Zotto assumiu o cargo de técnico do Brasil em 2017 (William Lucas/Inovafoto/CBV)

O vôlei masculino do Brasil conquistou a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, superando a Itália na final. Após o titulo, o técnico Bernardinho deixou o cargo. Coube a Renan Dal Zotto, um dos grandes nomes da Geração de Prata, assumir a seleção brasileira e dar continuidade ao trabalho vitorioso de seu antecessor.

Ex-jogador, Renan foi vice-campeão olímpico como atleta em Los Angeles-1984, e campeão na edição passada como dirigente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). O treinador se prepara para sua estreia na função nos Jogos de Tóquio, que ocorrerão em 2021, no período de 23 de julho a 8 de agosto.

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“A expectativa, em toda competição que o Brasil participa, é de tentar chegar ao pódio, buscar a melhor colocação possível sempre, em especial nos Jogos Olímpicos, que é um momento mágico e o maior objetivo na vida de qualquer atleta, técnico, gestor. Vamos chegar forte e com a intenção de buscar, sim, uma medalha olímpica e não há a menor dúvida quanto a isso”, afirmou Renan em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.

O treinador confia no potencial de seus jogadores e nas condições de trabalho que tem à disposição. “Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar porque temos grandes seleções em um momento muito bom e que vão chegar aos Jogos Olímpicos também com força total. Mas, sabemos melhor ainda que o Brasil tem elenco, tempo de preparação e estrutura para se preparar de modo que vai chegar em 2021 na melhor condição possível”, garantiu o técnico.

Preparação para 2021

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Renan Dal Zotto conduziu a seleção na conquista da vaga para os Jogos Olímpicos (FIVB/Divulgação)

Renan Dal Zotto nasceu em São Leopoldo (RS) e está com 56 anos. Com longa história no vôlei, o técnico assumiu o comando da seleção brasileira em 2017 e, em três anos, esteve no topo do pódio na Copa do Mundo, na Copa dos Campeões, e duas vezes no Sul-Americano. Ele foi vice-campeão mundial e da Liga Mundial, além de garantir a vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Por conta da pandemia de coronavírus que abala o mundo, o calendário do vôlei está paralisado e sem previsão de retorno. Apesar das dificuldades de momento, Renan traça os novos planos de trabalho visando a Olimpíada, mas não pode avançar enquanto a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) não definir o período que as seleções poderão se reunir e o retorno das competições

“Com a mudança dos Jogos para 2021, já começamos a fazer um novo planejamento. Mas, por outro lado, temos que aguardar para ver os desdobramentos de calendário. Estamos esperando pela definição sobre a Liga das Nações, precisamos saber em que momento poderemos nos reunir para treinamentos, enfim, tudo passa pelas definições da pandemia. Começamos a pensar, sim, para daqui a um ano, claro, mas o planejamento de calendário, treinos, jogos, preparação, enfim, ainda fica em aberto por tudo isso”, destacou Renan.

Foco total na seleção brasileira

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Renan Dal Zotto foi um dos grandes nomes da Geração de Prata (FIVB/Divulgação)

Campeão da Superliga comandando o EMS Taubaté Funvic, Renan Dal Zotto foi o técnico do time na edição de 2019/20. A competição segue paralisada e sem definição por conta do coronavírus. No entanto, o treinador já se decidiu pelo afastamento do cargo com o objetivo de se dedicar 100% ao trabalho na seleção brasileira.  

“A decisão de sair do comando técnico da equipe de Taubaté é, sim, para ficar com o foco total para os Jogos de 2021. Em um primeiro momento decidi assumir uma equipe para poder estar cada vez mais próximo dos atletas no dia a dia. Isso foi muito bom, realmente uma experiência muito boa”, disse.

“Agora, esse ano, vou usar para continuar perto dos atletas, mas ainda mais atento ao cenário internacional, ver o que está acontecendo em outros países. Enfim, foco total para 2021”, explicou Renan, que se aposentou como atleta em 1993 e, no mesmo ano, iniciou a carreira de técnico.

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Figura importante no projeto do clube, Renan seguirá vinculado ao Taubaté, porém, ocupando um cargo diretivo. Ele deixou o cargo e indicou o argentino Javier Weber para seu lugar. Ambos trabalharam juntos na Unisul-RS, equipe que não existe mais, mas foi campeã da Superliga na temporada 2003/04. Na ocasião, Weber era o técnico e Renan o gestor do time.  

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