Sheilla está na história do vôlei brasileiro com participações decisivas em competições importantes, sendo determinante nas campanhas dos ouros em Pequim-2008 e Londres-2012. Após dois Jogos Olímpicos no topo do pódio, a atleta esteve na Rio-2016, mas a seleção brasileira perdeu para a China e foi eliminada nas quartas de final. Com 36 anos, Sheilla mantém o sonho de disputar sua quarta Olimpíada, mas prefere ter cautela.
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Se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem mantidos em 2020, Sheilla entraria em quadra representando o Brasil aos 37 anos. Porém, com o adiamento para 2021, por conta da pandemia de coronavírus, a atleta chegará ao evento com 38. A nova data da competição foi definida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e será disputada no período entre 24 de julho e 8 de agosto.
“O adiamento era inevitável, não tinha como ser contra. Só que lógico que para todo mundo muda muita coisa. O sonho de disputar a Olimpíada continua, mas ficou mais distante. Então, prefiro pensar no momento, no hoje, e no que vai acontecer nesse ano ao invés de pensar no próximo, ou seja, prefiro deixar acontecer. Lógico que vou me preparar o mais forte possível para chegar na Superliga e na Olimpíada, se realmente for, na minha melhor forma”, afirmou Sheilla, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Preparação para Tóquio
O último jogo de Sheilla com a camisa do Brasil em Olimpíada foi a derrota para a China nas quartas de final da Rio-2016. Depois de anunciar aposentadoria da seleção, a oposto voltou atrás e reestreou em amistoso contra a Argentina, em agosto de 2019. Entre esses dois momentos, Sheilla realizou o sonho de ser mãe com os nascimentos das filhas Liz e Ninna, no dia 5 de agosto de 2018.
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Por clubes, a jogadora atuou pelo Itambé/Minas na temporada 2019/20, sua primeira depois da maternidade. Porém, devido à pandemia de coronavírus, a Superliga foi cancelada antes do começo dos playoffs. Em período de quarentena, Sheilla se mantém em atividade focada no retorno das competições.
“Ter um ano a mais para Tóquio com certeza seria bom se fosse um ano normal, pois conseguiria chegar muito melhor fisicamente. Mas, com esse ano atípico, não sei como vai ficar, já que era um período que deveria estar malhando e ganhando força. Estou fazendo isso em casa, mas não é a mesma coisa do que se fosse na musculação. Treino em casa com certeza é de intensidade menor, mas me viro do jeito que dá”, disse Sheilla.
Isolamento: dias intensos e de muito amor
Sheilla está aproveitando o período de quarentena para ficar ainda mais próxima de Liz e Ninna, que estão com 1 ano e 5 meses. Durante a temporada, as filhas estiveram na arquibancada acompanhando a volta da mãe com a camisa da seleção. Mas, a rotina intensa com viagens pelo clube, fez com que a atleta tivesse que aprender a lidar com a distância das gêmeas.
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Sheilla está tentando lidar da melhor forma possível com essa fase de isolamento e deixa uma mensagem para quem tem filhos. “A mensagem é: aproveitem! É difícil demais ficar em casa, mas também é um período que podemos aprender muito e em todos os sentidos. E quem tem filho então, tenho certeza que um dia vai ter saudade desses dias intensos demais, mas de muito amor”, finalizou a oposto.