Rodriguinho está liberado para voltar às quadras depois de cumprir seis meses de suspensão por doping. O ponteiro do Sada Cruzeiro testou positivo para oxilofrina quando estava com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos Lima-2019. Na ocasião, o atleta integrou o elenco que ganhou a medalha de bronze da competição de vôlei.
A liberação coincide com o momento de paralisação geral do esporte por causa da pandemia de coronavírus que assola o mundo. A Superliga 2019/20, inclusive, segue com futuro indefinido.
Disponível, mas sem jogos no calendário, Rodriguinho se fortalece para controlar a ansiedade.
“Foi um período difícil, pois estamos muito acostumados com a rotina de jogos, treinos e tudo mais. Por um momento parar com tudo, sem opção, não é bacana. Mas usei o tempo para refletir e focar para voltar ainda melhor. Eu tento me manter centrado e focado no que é possível de se fazer, tanto no período em que eu estava parado, como agora. Tento focar em tudo o que eu posso fazer para voltar bem e consequentemente diminuir a ansiedade”, disse o atleta do Cruzeiro, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
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Por precaução, Rodriguinho foi colocado em suspensão voluntária ainda em setembro de 2019. No julgamento, a defesa do atleta conseguiu provar que ocorreu contaminação em um suplemento utilizado por ele.
Em quarentena, o jogador cumpre as recomendações e ocupa seu tempo com outras atividades. “Eu tenho me mantido em casa, seguindo as recomendações e cuidados de prevenção contra o coronavírus. Tenho treinado sozinho no que é possível de se fazer, cuido do meu cachorro e gosto de jogar no computador”, contou.
Olimpíada: adiamento benéfico
Rodriguinho foi forçado a ficar meio ano sem poder jogar vôlei em alto nível e isso certamente o prejudicaria caso os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem mantidos para 2020. Sem estar com ritmo de jogo, dificilmente teria vaga na lista de convocados do técnico Renan Dal Zotto para a competição.
Com o adiamento da Olimpíada para 2021, ele ganha mais tempo para poder sonhar com sua participação no evento. “Meu objetivo é primeiramente recuperar meu nível de jogo, me sentir 100% e fazer meu melhor. A mudança da Olimpíada pode ser algo benéfico sim, mas prefiro focar em fazer o meu melhor a cada dia, e o que vier depois será consequência”, afirmou o ponteiro.
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No Sada Cruzeiro desde 2014, Rodriguinho conquistou diversos títulos no vôlei. Ele é bicampeão Mundial de Clubes (2015 e 2016) e bronze em 2017, tetracampeão Sul-Americano (2016, 2017, 2018 e 2019) e vice em 2015, tetracampeão da Superliga (2014/15, 2015/16, 2016/17 e 2017/18), tricampeão da Supercopa (2015, 2016 e 2017), tetracampeão Mineiro (2015, 2016, 2017 , 2018), e tricampeão da Copa Brasil (2016, 2018 e 2019).