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Ivna conta experiência no Japão e volta antes do Coronavírus

Ivna Marra conta experiência de jogar no Japão, onde foi destaque, e como escapou do surto do coronavírus

(Divulgação/Victorina Himeji)

Em Coromandel, cidade do interior de Minas Gerais, a jogadora de vôlei Ivna Marra está na casa de sua mãe e aliviada por ter retornado ao Brasil antes de o coronavírus se alastrar no Japão, país onde jogou na temporada 2019/20 pelo clube Victorina Himeji, localizado na cidade e Himeji, próximo a Kobe e Osaka. A atleta desembarcou em seu país no dia 4 de março e se diz uma privilegiada, já que conseguiu regressar sem ser afetada pela doença. “No Japão o surto começou no norte do país eu morava no sul. O primeiro caso na cidade do meu time apareceu quando já estava de férias na Austrália, depois disso fui pra Dubai, e, em seguida, cheguei ao Brasil. Passei por exames nos aeroportos e graças a Deus está tudo bem com minha saúde”, contou Ivna, que tem em seu currículo passagens pela seleção brasileira de vôlei e o título do Mundial de Clubes por Osasco, em 2012.

A ida para Austrália e passagem por Dubai foi um plano secundário, já que anteriormente Ivna regressaria ao Brasil com escalas na China e Espanha, dois dos países que mais sofrem com o coronavírus. “Troquei essa passagem e não passei pela China. Eu e meu marido ficamos preocupados de passar por lá e aí decidimos fazer uma viagem para a Austrália e depois para Dubai. Agradeço a Deus porque saímos na hora exata do Japão. Conversei com algumas amigas que também jogam fora do Brasil e elas falaram que tive sorte e sou uma privilegiada de ter chegado ao Brasil e por não ter precisado ficar de quarentena. A liga japonesa seguiu normalmente e a final masculina foi com portões fechados”, revelou a atleta.

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Destaque na VLeague

Ivna viveu sua primeira temporada no Japão e gostou bastante da experiência. Em quadra, a oposto foi destaque da VLeague, principal competição do Japão, fechando como a 7ª maior pontuadora, com 361 acertos. “Apesar de ter sido desgastante, a temporada foi maravilhosa. No Brasil jogamos em um dia e folgamos no seguinte e lá eles fazem partidas em dias consecutivos, por isso, foi complicado até me acostumar. A Liga é de ótimo nível e as meninas são muito rápidas. O tipo de jogo é bem diferente em relação ao que estava acostumada, mas aprendi rápido. Passei por uma experiência incrível e fiquei feliz por esse bom desempenho individual, que considero uma conquista”, disse a jogadora.

No Japão é permito somente uma estrangeira por equipe e, apesar da dificuldade de comunicação, Ivna não inibiu e superou com a colaboração de suas companheiras. “Fui muito bem recebida e me comunicava por meio de mimica e um pouco de inglês, já que a maioria das minhas companheiras não falava inglês. Eu tinha um interprete e isso facilitou bastante. As meninas são maravilhosas e quero leva-las para minha vida. Disse para quando elas vierem ao Brasil para me chamarem pelo aplicativo para nos encontrarmos”, declarou. O Victorina Himeji terminou a liga japonesa na 12ª e última posição.  

Fora de quadra, Ivna conheceu outras cidades, parques temáticos, pontos turísticos e adorou a comida. “Eu gostava de ir para Osaka e Kobe, que são bem próximas de Himeji. Nos períodos de folga visitei a Universal Estúdios, que fica em Osaka, conheci o Monte Fuji e fui para Tóquio também, onde estive na Sky Tree (torre de 634 metros de altura, a mais alta estrutura do Japão e segunda maior do mundo) e a Disneylândia. Adorava caminhar pela cidade porque vivia em uma região tranquila, de ir aos shoppings e sair para tomar café. Conheci também o castelo de Himeji, ponto turístico onde o filme último samurai foi gravado  e curtia passar por lá e ficar nos jardins que ficavam em torno dele. E com relação a comida do Japão posso dizer que é maravilhosa. Experimentei de tudo, com preferências para tonkatsu, sushi, sashimi e fugu (também conhecido com baiacu), que é um peixe que tem um corte especial e as pessoas precisam saber cortar para evitarem complicações graves”, concluiu Ivna.

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