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Vôlei

Brasil vira de forma heróica e garante vaga em Tóquio-2020

Brasil cala torcida búlgara com virada incrível por 3 sets a 2. Seleção estará em Tóquio!

Divulgação/FIVB

Foi sofrido. Foi heróico. Foi teste para cardíaco. Mas no final, o Brasil lavou a alma em Varna, na Bulgária e carimbou vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em cima dos donos da casa. Após estar atrás por 2 sets a 0, a seleção virou para 3 a 2 e irá defender o título olímpico ano que vem: parciais de 23-25, 19-25, 32-30, 25-16 e 15-11.

Renan Dal Zotto enfim colocou Leal e Lucarelli para jogarem juntos. Deu mais do que certo: Leal fez 21 pontos de ataque, Lucarelli deixou mais 11. Wallace também foi decisivo com 4 pontos de saque, além dos 15 no ataque.

Assim como a seleção feminina, o time masculino recebeu um daruma como troféu no Pré-Olímpico. O boneco tradicional representa uma promessa: ele vem com os olhos brancos. Quando você estabelece uma meta, você pinta um de seus olhos de preto. O outro olho é pintado quando você completa a sua meta.

A meta do Brasil? Trazer o ouro e tetra olímpico do vôlei masculino. Assim, poderão atualizar a “taça” que receberam hoje.

Divulgação/FIVB

O jogo

O Brasil não entrou concentrado em Varna. Ao contrário dos dois jogos anteriores, o ginásio estava completamente abarrotado empurrando o time adversário. Renan Dal Zotto decidiu repetir a escalação que havia começado contra o Egito, com Lucão de central e Leal na ponta.
O começo não foi dos melhores. A Bulgária rapidamente abriu vantagem e foi para o segundo tempo técnico com seis pontos na frente Renan então fez o que parecia impensável: colocou Lucarelli e Leal juntos em quadra, abrindo mão do passe de Maurício Borges.
O Brasil reagiu e encurtou a diferença, mas não foi o suficiente. A Bulgária fechou em 25-23.
O segundo set voltou com Brasil errando e um show de Tsvetan Sokolov. O búlgaro dominou completamente e virava tudo. Quando não era no ataque, era no bloqueio. Final: Bulgária 25-19.

No terceiro, o Brasil percebeu que iria precisar começar a virada calando o ginásio adversário. Disputou ponto-a-ponto, com Leal e Lucarelli dominantes. Wallace, no saque, começou a fazer a diferença. A torcida seguia no jogo, ainda mais quando a Bulgária teve dois match points.

A seleção lutou e salvou os match points. Depois, imprimiu forte ritmo no saque e forçou erros dos rivais. O set fechou em 32-30 para os brasileiros.

Agora, o silêncio reinava em Varna. A torcida estava nervosa, e o Brasil não deixou ela voltar ao jogo. O bloqueio búlgaro, que havia sido tão efetivo, não tinham respostas para os ponteiros brasileiros. Depois, Wallace começou a fazer um show próprio: salvou ataques perdidos, marcou de saque e desafiando o triplo búlgaro. Passeio dos comandando de Renan para empatar em 2 a 2, 25 a 16.

O tie-break começou com a Bulgária na frente e com o ginásio tentando retomar a confiança e a vibração de antes. O Brasil não deixou. Manteve o ritmo avassalador no saque e quebrou a linha de passe búlgara. O antes imparável Sokolov agora não conseguia mais colocar a bola no chão. E foi num ataque para fora da Bulgária que o Braisl fechou o set em 15 a 11 e o jogo em 3 sets a 2.

Em Tóquio, o Brasil busca o tetra no vôlei masculino.

 

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