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Vôlei de Praia

Ágatha revela desejo de ser mãe após os Jogos Olímpicos

Em live do OTD, atleta diz querer engravidar e até já sabe quando. Falou ainda de referências no esporte e de projeto social

Ágatha, do vôlei de praia, participou de live do OTD
(Getty Image/FIVB)

Passando a quarentena em Rio de Janeiro, Ágatha, do vôlei de praia, participou da live do Olimpíada Todo Dia (OTD) nesta terça-feira (14). Falou sobre o adiamento dos Jogos, isolamento social, referências no esporte e também contou um grande plano para fora das quadras: quer ser mãe.

A revelação veio ao responder uma pergunta de um participante da live, sobre se ela pensaria em estar nos Jogos de 2024, em Paris. “Eu não sei, tem de deixar o tempo rolar. Eu já tava me programando para jogar em 2021, então, mesmo com o adiamento da Olimpíada (de Tóquio 2020), para mim não mudou nada. Só que eu quero ser mamãe também. Imagino tentar engravidar depois desse período. Seria no final do 2021, por aí”.

“Neste ponto, a mulher atleta, comparada com o homem atleta, ela se ferra. O cara continua a carreira normal e a mulher não. É uma coisa mental: ‘será que eu vou conseguir ser mãe e voltar?’ ‘Vou conseguir deixar meu filho e ir para as competições, viajar?’ Não que os homens não pensem, muitos pensam, mas eles não têm de carregar o bebê, não perdem um ano de carreira para ter um filho. Existe uma diferença grande”, acrescentou, esbanjando simpatia.

Ágatha, de 36 anos, falou mais sobre a maternidade entre as atletas. “Isso na verdade tá vindo agora. A gente nem tinha muito, tinham poucas atletas que eram mães. Agora tá com bastante. Eu acho super legal”.

Confira a íntegra da live com a Ágatha

Coisas, e resultados, bons

Sobre o período de quarentena, Ágatha foca em manter a mente positiva. “Estou tentando aproveitar para tirar coisas boas desse momento. É a hora de se nutrir de coisas boas”, disse.

Atuando durante todo o ciclo para Tóquio 2020 ao lado de Duda, ela vem conseguindo manter o Brasil sempre nas primeiras colocações da elite do vôlei de praia. Após a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2016 jogando ao lado de Bárbara, iniciou a caminhada com a nova parceira e conquistou o título do World Tour Finals e do Circuito Mundial, em 2018.

Com a série de bons resultados, ainda em 2019, garantiu a vaga na Olimpíada de Tóquio. Contudo, por conta do coronavírus, os Jogos foram adiados e “atrapalharam” o cronograma de todos os atleta. Apesar de todo o transtorno da situação, a brasileira busca ver as coisas com o olhar positivo.

“Eu já estava imaginando que iria ficar parado e que não iria ter os Jogos Olímpicos, pois estava ficando impossível. Os dias foram passando, alguns torneios foram adiados, outros cancelados e achei que foi a melhor escolha. O tempo de preparação seria muito apertado, cerca de três meses e depois de uma pausa. E assim, as Olimpíadas foram adiadas e não canceladas, ela ainda vai ocorrer e os atletas que já haviam garantido a vaga, que é o meu caso e da Duda, estamos garantidos”, falou, na live do OTD.

Referências

Em sua segunda Olimpíada da carreira, Ágatha tem referências dentro do esporte. Acostumada a toda a correria que a vida de um atleta obriga, espelha-se em grandes nomes do esporte mundial para se manter centrada em seus objetivos profissionais.

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Micheal Phelps na Rio 2016
Phelps, na Rio 2016 (Getty Images/COI)

“Eu não tenho a oportunidade de conhecer os atletas de fora, então a admiração fica pelo lado profissional. O Phelps é um, pelo tanto que treinou para conquistar tudo que conquistou. O Bolt, com as três Olimpíadas e seis ouros, no alto nível por 12 anos. A Wash, para mim, é fenomenal. quatro medalhas, três ouros e nesse meio tempo teve três filhos, então também é fenomenal”.

Sonho no projeto social

Em 2008, Ágatha decidiu retribuir ainda mais para sociedade o que o esporte proporcionou a ela. Na cidade de Paranaguá, no Paraná, decidiu criar um projeto social voltado, em um primeiro momento, a ensinar crianças a jogar vôlei de praia.

Ágatha, do vôlei de praia, falou em live do OTD sobre seu projeto social
Ágatha ajudando a semear o futuro (Olimpíada Todo Dia)

Depois de 12 anos, ela não esconde que, além da questão social, tem o sonho de ver uma de suas crianças disputando torneios na elite do vôlei de praia mundial.

“É um sonho com toda a certeza. Óbvio que o intuito não é esse, o foco é a mudança social e pessoal, uma criança que cresce com esporte é diferente. Mas eu tenho essa vontade, esse sonho sim”, disse, na live com o OTD.

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