Fernanda Oliveira e Ana Barbachan fizeram a melhor regata da dupla no Mundial de Vela 470, em Enoshima, no momento que mais precisavam. Na abertura do dia, venceram a primeira corrida delas no mundial e saltaram para décimo na classificação geral. Com isso, poderão disputar a medal race na sexta-feria e, de quebra, garantem vaga olímpica para o Brasil na categoria 470 de vela.
O Mundial garante seis vagas em Tóquio-2020. No entanto, 8 vagas já haviam sido garantidas no Mundial de Vela em 2018, além da vaga de país-sede do Japão. Com isso, o barco do Brasil fica entre os seis melhores países que ainda não haviam se classificado e garantem a vaga.
Oliveira e Barbachan devem representar o Brasil novamente em Enoshima nos Jogos Olímpicos. Será a terceira Olimpíada da dupla junta no 470, com Fernanda Oliveira indo para o sexto Jogos seguidos dela. Em 2008, ela conquistou o bronze com Isabel Swan.
Na classificação geral, Hannah Mills e Eilidh McIntyre seguiram na liderança do Mundial após 11 regatas disputadas.
Masculino ainda pode se classificar
No 470 entre os homens, os barcos brasileiros encerram sua participação ficando todos entre as posições 30-40. Henrique Haddad e Felipe Brito terminaram em 31º, Geison Mendes e Gustavo Thiesen ficaram em 36º e Ricardo Paranhos e Rodolfo Streibel ficaram em 39º.
Apesar de ficarem longe da medal race, o Brasil ainda pode se classificar para Tóquio e retornar às águas de Enoshima. Em fevereiro de 2020, o sul-americano de 470 em Mar del Plata dará mais uma vaga. A Argentina será o grande obstáculo para a vaga: o barco de Fernando Gwozdz e Tomás Dietrich disputou os últimos dois dias no grupo ouro e ficou em 23º.
Nos Jogos do Rio 2016, Henrique Haddad representou o Brasil na categoria ao lado de Bruno Bethlem. O país, no entanto, tinha vaga garantida naquela Olimpíada por ser sede. A vela brasileira não obtém classificação olímpica no 470 masculino desde 2008, quando Fábio Pillar e Samuel Albrecht velejaram com a bandeira do Brasil na proa.