Uma tradição de muitos anos será quebrada no desfile de abertura das delegações na Olimpíada de Tóquio. Normalmente, a “Parada das Nações”, nome oficial para a entrada dos atletas, tem a Grécia (sede da primeira edição moderna da Olimpíada) abrindo o desfile. Já o anfitrião é o último a entrar, para delírio da torcida local. Os demais países aparecem de acordo com a ordem alfabética. O COI (Comitê Olímpico Internacional) decidiu inovar para os Jogos do ano que vem.
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No desfile de abertura de Tóquio-2020, marcado para o dia 24 de julho, após os gregos entrarem, a Equipe Olímpica dos Refugiados irá desfilar. Formada por atletas de nações que não podem representar seus países de origem por questões de conflitos bélicos internos, a equipe fez sua estreia na Rio-2016. Na ocasião, ela foi a penúltima a entrar no Maracanã, pouco antes da delegação do Brasil.
O COI também decidiu valorizar os anfitriões dos próximos Jogos no desfile de abertura. Por isso, os Estados Unidos (sede de 2028, em Los Angeles) e França (que receberá a edição de Paris-2024) entrarão no Estádio Olímpico antes do Japão, exatamente nesta sequência.
“Para aumentar o foco especial que os futuros anfitriões já desfrutam ao longo dos preparativos, decidimos dar-lhes mais destaque no Estádio Olímpico, incluindo também uma audiência global de vários bilhões de espectadores”, disse nesta terça-feira (3) Mark Adams, porta-voz do COI. Ele também admitiu que a intenção de mudar a ordem de entrada da Equipe de Refugiados foi para dar uma “visibilidade maior”. Ou seja, uma estratégia de marketing para agradar aos futuros anfitriões olímpicos e a valorizar uma das ações criadas pela entidade para aumentar a inclusão nos Jogos.
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