Vôlei masculino
Tabela do vôlei masculino – Jogos Olímpicos Tóquio 2020
GRUPO A
CLASSIFICAÇÃO
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Polônia | 13 | 5 | 4 | 1 | 14 | 4 |
2 | Itália | 11 | 5 | 4 | 1 | 12 | 7 |
3 | Japão | 8 | 5 | 3 | 2 | 10 | 9 |
4 | Canadá | 7 | 5 | 2 | 3 | 9 | 9 |
5 | Irã | 6 | 5 | 2 | 3 | 9 | 11 |
6 | Venezuela | 0 | 5 | 0 | 5 | 1 | 15 |
GRUPO B
CLASSIFICAÇÃO
Pos | Time | Pts | J | V | D | Pró | Contra |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Rússia | 12 | 5 | 4 | 1 | 13 | 5 |
2 | Brasil | 10 | 5 | 4 | 1 | 12 | 8 |
3 | Argentina | 8 | 5 | 3 | 2 | 12 | 10 |
4 | França | 8 | 5 | 2 | 3 | 10 | 10 |
5 | Estados Unidos | 6 | 5 | 2 | 3 | 8 | 10 |
6 | Tunísia | 1 | 5 | 0 | 5 | 3 | 15 |
FASE FINAL
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O TORNEIO
O torneio de vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 contará com Brasil, Estados Unidos, Polônia, Rússia, França, Argentina, Canadá, Itália, Irã, Tunísia, Venezuela e Japão, os donos da casa
O time a ser batido
Atual campeã olímpica, a equipe brasileira chega como adversário a ser batido após quatro finais olímpicas seguidas, onde conquistou o ouro em Atenas 2004 e Rio 2016 e as pratas de Pequim 2008 e Londres 2012.
Com alguns campeões olímpicos remanescentes do Rio, como Bruninho, Lucarelli, Lucão e Wallace, a equipe verde amarela conta ainda com a adição de Yoandy Leal, cubano recém naturalizado brasileiro como um dos principais novos nomes da equipe agora comandada pelo medalhista de prata olímpico em Los Angeles-84, Renan Dal Zoto.
O início do ano olímpico foi conturbado para o Brasil. O técnico Renan Dal Zotto ficou mais de um mês internado no hospital por conta da Covid-19 e chegou a ser entubado. Felizmente se curou, mas segue em casa em recuperação.
Por conta disso, Renan não viajou com a seleção para a Liga das Nações, na Itália, o último teste do time antes da Olimpíada e primeiro desde a pausa causada pela pandemia. Carlos Schwanke, sue auxiliar, o substituiu no torneio.
Mesmo assim, o rendimento do time não caiu e a vaga na fase final entre os quatro melhores do torneio veio com apenas duas derrotas para França e Rússia em todos os 16 jogos. Vale lembrar que a derrota para os russos ocorreu com a equipe atuando já classificada à fase final e com o time reserva.
Na semifinal, vingança com V maiúsculo por 3 seta 0 sobre a França e uma grande exibição contra a atual campeã do mundo Polônia na final. A equipe venceu de virada por 3 sets a 1 jogando o fino da bola, principalmente no 3º e no 4º sets.
Principais rivais do Brasil
Bicampeã mundial, a Polônia liderada pelo oposto Bartosz Kurek quer conquistar no vôlei masculino em 2020 sua segunda medalha olímpica da história, que não vem desde o ouro em Montreal 1976. O time não tem obtido sucesso em Jogos Olímpicos, parando nas quartas de final das últimas quatro edições.
Na Liga das Nações, a equipe foi muito bem e mostrou muita força com Kurek, Kubiak e Simón. Perderam na final para o Brasil, vencedo o primeiro set. Com o saque entrando, a Polônia
A Rússia, campeã da fortíssima Liga das Nações em 2019, campeã olímpica do vôlei masculino em Londres 2012 e sede do próximo campeonato mundial, em 2022, é mais um time que aparece entre os principais favoritos.
A equipe dirigida pelo finlandês Tuomas Sammelvuo busca voltar ao pódio olímpico em 2020 após o quarto lugar nos Jogos do Rio quando perdeu na disputa da medalha para os Estados Unidos, do experiente Matt Anderson.
John Speraw comanda a equipe americana, outra super favorita, que também busca em Tóquio sua quarta medalha olímpica de ouro.
França, do polêmico ponteiro Earvin N’Gapeth, Itália, atual vice-campeã olímpica , mesmo que sem grandes resultados no ciclo atual e Argentina, time em constante ascensão e comandado pelo experiente técnico Marcelo Mendez, são as outras equipes que podem brigar pelas medalhas em disputa.
Análise dos grupos do vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio
Enfrentando quatro equipes fortes – Estados Unidos, França, Rússia e Argentina -, pode-se dizer que o Brasil caiu no grupo da morte no vôlei masculino. É importante dizer que isso não é necessariamente é ruim.
Um bom desempenho nos cinco jogos da fase de grupos pode colocar o Brasil na primeira ou na segunda posição na tabela, evitando o confronto nas quartas de final contra um dos favoritos do outro grupo – no caso Polônia e Itália. Um duelo contra Canadá, Irã, Japão ou Venezuela é, em tese, melhor.
Há o risco de perder para os favoritos do grupo e não se classificar, é claro, mas o grupo mais forte parece mais vantajoso. Um exemplo é o que ocorreu com o vôlei feminino na Rio-2016. A seleção caiu no grupo mais fraco e não teve nenhum grande teste. Nas quartas de final, cruzou com a China e acabou caindo por 3 sets a 2.
O Brasil no vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio
Sempre que se pensa em Jogos Olímpicos, o imaginário popular da imensa maioria dos brasileiros já logo pensa no vôlei.
Principal esporte olímpico do Brasil em resultados, o vôlei deve muito o status de um dos esportes mais amados do Brasil às suas glórias olímpicas conquistadas ao longo dos anos.
No torneio de vôlei masculino, o Brasil é um dos únicos países que participou de todas as edições, começando pelo discreto – para os padrões atuais – e honroso sétimo lugar em Tóquio 1964, onde o esporte fez parte do torneio olímpico pela primeira vez. Na equipe, estava Carlos Arthur Nuzman que anos mais tarde se tornaria Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.
Nas décadas de 60 e 70, as participações do Brasil em Jogos Olímpicos no vôlei masculino ainda não foram destaque por suas medalhas, mas por apresentar ao mundo alguns dos principais nomes do vôlei mundial nos anos a seguir.
A equipe de Montreal 1976 por exemplo tinha no time Bebeto de Freitas, um dos maiores treinadores da história do vôlei, José Roberto Guimarães, único técnico da história a ser campeão olímpico dirigindo homens e mulheres e um jovem Bernard Rajzman, que poucos anos depois seria destaque da equipe que mudou o Brasil de patamar no vôlei mundial.
Geração de prata e de ouro
Treinada por Bebeto e com uma equipe que continha Rajzman, Montanaro, Renan dal Zoto, Xandó e William, conhecida como “geração de prata” deu os primeiros passos para o protagonismo do Brasil quando conquistou as medalhas de prata nos Mundiais da Argentina em 1982 e nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984, esta última perdendo para os Estados Unidos.
Em Barcelona 1992 o vôlei masculino deu ao Brasil a primeira medalha de ouro da história dos esportes coletivos nacionais em competições olímpicas.
Maurício, Tande, Giovane, Marcelo Negrão e o capitão Carlão estão entre os atletas que conseguiram o feito. A equipe treinada por José Roberto venceu de forma invicta o torneio, derrotando a ascendente Holanda, país de grande destaque no vôlei nos anos 90.
Duas derrotas em quartas de finais olímpicas seguidas, em Atlanta 1996 e Sydney 2000 marcaram as últimas edições olímpicas sem o Brasil no pódio olímpico.
Tempos de glória
A “Era Bernardinho”, a mais vitoriosa da história do vôlei – e talvez do esporte brasileiro – veio com direito a ouro olímpico em Atenas 2004 naquela que é considerada por muitos como a maior equipe de vôlei masculino da história.
Giba, Gustavo, Serginho, André Nascimento, André Heller, Anderson, Rodrigão, Ricardinho, Nalbert, Dante e os bicampeões olímpicos de vôlei masculino Mauricio e Giovane se consagraram como ídolos nacionais ao vencer a Itália na final olímpica por 3 sets a 1.
A única derrota do torneio de Atenas foi para a equipe americana na fase de grupos. Equipe esta, que foi responsável pela primeira derrota do Brasil em finais de grande porte após um bicampeonato mundial e o ouro na Grécia. Revés amargo por 3 x 1 para a equipe dos Estados Unidos em Pequim 2008.
Na edição seguinte, Londres 2012, e com uma equipe que mesclava remanescentes de Atenas com caras novas, uma nova medalha de prata no vôlei masculino, dessa vez em derrota de virada para a Rússia, de um monstruoso Dmitriy Muserskiy, o principal responsável pela virada russa.
A volta ao topo e uma nova era
No Rio, com Serginho, considerado por muitos o melhor líbero do mundo, único em atividade até então do poderoso time de Atenas, o Brasil passou dificuldades na primeira fase, perdendo para Estados Unidos e Itália.
Teve a obrigação de vencer a França no último jogo para avançar. Ali, outra fase, pareceu outro time. Primeiro, derrotou a Argentina nas quartas de final por 3 x 1. Em seguida, não tomou conhecimento de Rússia e Itália, respectivamente na semifinal e na final, sem perder sets, para chegar a mais um ouro, em casa e com a aposentadoria de Bernardinho da seleção brasileira.
O fim de uma Era no vôlei masculino olímpico. Além do técnico, Serginho também fez seu último jogo pela seleção do Brasil. No time do Rio estavam, dentre outros, Bruninho, Lucão, Lucarelli, Douglas, Mauricio e Wallace, nomes que atualmente dominam o cenário do vôlei nacional e estarão em Tóquio 2020, agora comandados por Renan Dal Zoto, buscando o quarto título do Brasil em Jogos Olímpicos do vôlei masculino.
Medalhistas do vôlei masculino em todos os Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Brasil | 3 | 3 | 0 | 6 |
União Soviética | 3 | 2 | 1 | 6 |
Estados Unidos | 3 | 0 | 2 | 5 |
Rússia | 1 | 1 | 2 | 4 |
Japão | 1 | 1 | 1 | 3 |
Holanda | 1 | 1 | 0 | 2 |
Sérvia e Montenegro | 1 | 0 | 1 | 2 |
Polônia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 3 | 3 | 6 |
Tchecoslováquia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Bulgária | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 |
Argentina | 0 | 0 | 1 | 1 |
Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 |
Romênia | 0 | 0 | 1 | 1 |
Quadro geral de medalhas de vôlei masculino nos Jogos Olímpicos
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Brasil | 3 | 3 | 0 | 6 |
2 | União Soviética | 3 | 2 | 1 | 6 |
3 | Estados Unidos | 3 | 0 | 2 | 5 |
4 | Rússia | 1 | 1 | 2 | 4 |
5 | Japão | 1 | 1 | 1 | 3 |
6 | Holanda | 1 | 1 | 0 | 2 |
7 | Iugoslávia | 1 | 0 | 1 | 2 |
8 | Polônia | 1 | 0 | 0 | 1 |
9 | Itália | 0 | 3 | 3 | 6 |
10 | Checoslováquia | 0 | 1 | 1 | 2 |
11 | Bulgária | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 1 | 0 | 1 | |
13 | Argentina | 0 | 0 | 1 | 1 |
Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Romênia | 0 | 0 | 1 | 1 |