Muita coisa já foi falada depois que o adiamento de Tóquio-2020 foi confirmado. Mas uma coisa parece ser bem clara: do jeito que está a pandemia e como ela vem evoluindo no último meses, a Olimpíada, mesmo em 2021, corre riscos de não ser realizada Foi nessa linha que o Comitê Organizador respondeu questionamentos nesta quarta-feira (22).
“Se a situação atual continuar, não poderíamos realizar”, disse Yoshiro Mori, chefe do Comitê Organizador, ao ser perguntado pela emissora japonesa “NHK” se seria possível organizar a Olimpíada na situação em que a pandemia se encontra.
A Olimpíada de Tóquio está programada para ter a abertura em 23 de julho de 2021 – um ano a partir de quinta-feira (23). Por isso, uma pequena cerimônia de 15 minutos sem público está marcada para o novo estádio nacional.
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Sem piração
Como muita coisa ainda está no campo da especulação e da projeção, Yoshiro Mori tratou de esfriar o assunto. “Seria demais respondermos a cada uma dessas perguntas hipotéticas”, disse Mori. “Acho que essa situação não vai durar mais um ano.”
Os organizadores e o COI (Comitê Olímpico Internacional) dizem que querem simplificar os jogos para ajudar a reduzir os custos crescentes, que contam com uma vacina e que não sabem se haverá presença de público.
“Se a Olimpíada pode ser realizada ou não, é sobre se a humanidade pode derrotar o coronavírus”, disse Mori. “Especificamente, desenvolver uma vacina ou medicamento é o primeiro ponto”.
E para tentar encerrar o assunto, o Comitê Organizador garantiu que até o final de setembro poucos detalhes estarão disponíveis.
Cidade-sede
As declarações do Comitê Organizador de Tóquio 2020 saem bem no dia que a capital do Japão atinge a marca de 10 mil infectados pelo novo coronavírus. Foram mais 238 casos nas últimas 24 horas, completando duas semanas com mais de 100 casos diários.
Segundo o “Asahi”, a prefeitura de Tóquio disse que intensificou o número de testes diários realizados. E que isso contribuiu para o número de contaminados ter aumentado.
Por outro lado, a faixa de contaminação cresceu muito entre adultos de 20 a 30 anos depois que as casas e bares noturnos foram autorizados a funcionar. E 30% dos novos casos são de regiões conhecidas por sua vida noturna agitada, principalmente em Osaka.