A União Ciclística Internacinoal (UCI) anunciou o novo sistema da qualificação olímpica para Tóquio 2020 nas modalidades do Mountain Bike, BMX Freestyle e do BMX, esquentando ainda mais a briga pelas vagas brasileiras.
Henrique Avancini segue quase garantido, mas a segunda vaga do cross-country está entre Guilherme Muller e Luiz Cocuzzi. E no feminino, Jaqueline Mourão e Raiza Goulão vão brigar pela única vaga.
No BMX de corrida, o masculino está aberto entre Anderson Ezequiel e Renato Rezende. No feminino, Paola Reis e Priscilla Stevaux correm atrás de uma vaga.
Mudanças
Por causa da pandemia, o ranking foi congelado e muitos eventos foram cancelados, inclusive o Mundial 2020 de MTB, que saiu da Alemanha e agora será realizado na Áustria.
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O Comitê de Gestão da UCI também divulgou que duas etapas da Copa do Mundo de 2021 serão válidas para a qualificação olímpica para o cross-country no MTB. Contudo, essas duas etapas ainda não foram definidas.
Pelo BMX de corrida, além de duas etapas da Copa do Mundo de 2021, o Mundial de 2020 da modalidade também contará pontos para qualificação olímpica. O ciclismo de pista e de estrada já tiveram seus rankings fechados e a qualificação para Tóquio 2020 não foi alterada.
O ciclismo paralímpico deve seguir as novas diretrizes para a qualificação. Mas o Comitê Paralímpico Internacional ainda precisa avaliar e aprovar o novo sistema de qualificação.
Mountain Bike
O Campeonato Mundial de Mountain Bike cross-country 2020, inicialmente programado para acontecer em Albstadt (Alemanha), de 26 a 28 de junho, teve que ser cancelado por causa da pandemia. Mas a cidade de Leogang (Áustria), que já deveria sediar apenas a versão downhill da competição, aceitou adicionar o cross-country olímpico no programa.
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Sendo assim, o mundial será realizado de 5 a 11 de outubro de 2020. Contudo, esse evento não contará pontos para o ranking da qualificação olímpica. E nunca é demais ressaltar que o downhill não é olímpico.
Da Copa do Mundo 2021, apenas duas etapas serão válidas para a corrida do cross-country a Tóquio 2020. Enquanto não há essa definição para o ano que vem, a UCI divulgou o calendário da competição de 2020.
Calendário da Copa do Mundo de Mountain Bike 2020
– 5-6 de setembro: Lenzerheide, Suíça (XCO / DHI)
-12-13 de setembro: Val di Sole, Itália (XCO / DHI)
-19-20 de setembro: Les Gets, França (XCO / DHI)
-29 de setembro a 4 de outubro: Nove Mesto na Morave, República Tcheca (XCO) – duas rodadas
15 a 18 de outubro: Maribor, Eslovênia (DHI) – duas rodadas
-29 de outubro a 1 de novembro: Lousa, Portugal (DHI) – duas rodadas
Brasil no MTB
Das 38 vagas do cross-country para Tóquio 2020, oito já foram preenchidas no masculino. As 30 restantes serão destinadas de acordo com o ranking de nações. O Brasil atualmente ocupa o quarto lugar no masculino e teria direito a duas vagas.
Henrique Avancini ficaria com uma vaga por ser o melhor brasileiro ranqueado do mundo (2º). Guilherme Muller (45º) e Luiz Cocuzzi (50º) brigam pela segunda vaga.
No feminino, também só restam as 30 vagas via ranking. O Brasil está no 17º lugar e Jaqueline Mourão, 38ª do ranking individual, ficaria com a única vaga.
Como só duas etapas da Copa do Mundo de mountain bike 2021 contarão pontos para a qualificação olímpica, Avancini está praticamente garantido, enquanto Cocuzzi e Muller seguem na briga pela outra vaga. No feminino, Mourão está bem perto da vaga, mas Raiza Goulão (47ª) ainda tem chances.
BMX de corrida
Dividido em duas modalidades, uma de corrida e a freestyle, o BMX terá duas etapas da Copa do Mundo e mais o Mundial para movimentar a qualificação olímpica para Tóquio 2020.
No BMX de corrida, são 24 vagas para cada gênero e somente as vagas do país-sede (Japão) estão garantidas.
Os campeões e vices do Mundial de Houston 2020, ainda sem data, garantem a vaga olímpica. Outras 18 serão através do ranking de nações e mais três através do ranking individual.
No feminino, o Brasil está em sexto lugar no ranking, então tem direito a uma vaga. Neste momento, Paola Reis está na frente, mas Priscilla Stevaux vem logo atrás.
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Já no masculino, o Brasil ocupa o décimo lugar no ranking de nações e tem direito a uma vaga. Anderson Ezequiel e Renato Rezende vão disputá-la nas duas etapas qualificatórias da Copa do Mundo de 2021 e no Mundial de 2020.
BMX freestyle
Com apenas nove vagas por gênero, a modalidade não terá representantes brasileiros em Tóquio 2020. O Brasil está longe da briga nos rankings de nações e não conseguiu vaga direta no Mundial de Ciclismo Urbano de 2019.