A realização das Olimpíadas de Tóquio seguem sendo assunto. Depois de o presidente da Associação Médica Japonesa (JMA), ecoando o discurso de outros especialistas, dizer que os Jogos Olímpicos não acontecerão, a menos que uma vacina contra o coronavírus seja encontrada até lá, um dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) discordou da posição.
Integrante do Comitê Olímpico Internacional da Austrália e chefe da comissão de coordenação do COI para Tóquio, John Coates afirmou não concordar com a visão de que as Olimpíadas dependem da criação de uma vacina.
“Os conselhos que estamos recebendo da OMS (Organização Mundial da Saúde) dizem que devemos continuar planejando essa data. E é isso que estamos fazendo, e que não depende de uma vacina. Uma vacina seria legal, mas continuaremos sendo guiados pela OMS e pelas autoridades de saúde japonesas”, disse à Associated Press.
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Coates disse que muito trabalho já foi feito desde o adiamento e que o objetivo ainda é ter 43 locais de competição para as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio.
Discurso contrário
Além do presidente da Associação Médica Japonesa (JMA), outros especialistas vêm colocando em dúvida a viabilidade da realização das Olimpíadas de Tóquio mesmo em 2021, assim como o próprio CEO do Comitê Organizador dos Jogos Toshiro Muto. “Ninguém pode dizer se será possível controlar a pandemia ou não até julho do ano que vem e certamente não estamos em condições de dar uma resposta clara”.
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O presidente do Comitê Organizador negou a possibilidade de um novo adiamento. “Nesse caso (de não serem realizadas em 2021), as Olimpíadas serão descartadas”, pontuou Yoshiro Mori em entrevista ao jornal japonês Nikkan Sports e noticiada pelo site Inside the Games.
O Japão, especialmente Tóquio, viu o número de casos de coronavírus crescer nas últimas semanas, o que fez com que o Primeiro Ministro, Shinzo Abe, decretasse estado de emergência até, pelo menos, 6 de maio. Já são cerca de 13700 casos e 394 mortes.