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Tóquio 2020

COI e Japão entram em conflito sobre quem paga pelo adiamento

Autoridades japonesas desmentem COI, que havia dito que o Primeiro-Ministro do Japão concordou em cobrir os custos do adiamento

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Adiamento dos Jogos custará bilhões ao governo japonês (Foto: Ryo Ichikawa/Tokyo 2020)

A novela do adiamento das Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio devido à pandemia de coronavírus ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (21). O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o governo do Japão entraram em conflito sobre quem irá arcar com os custos do adiamento dos Jogos para 2021, com um discurso diferente de cada parte.

Tudo começou com uma publicação do COI na sessão “perguntas frequentes sobre as Olimpíadas de Tóquio” em seu site, nesta segunda-feira (20), em que dizia que o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo Abe, “concordou que o Japão continuará cobrindo os custos que teria feito nos termos do acordo existente para 2020, e o COI continuará sendo responsável por sua parte nos custos”.

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Nesta terça-feira, porém, o porta-voz das Olimpíadas de Tóquio, Masa Takaya, explicou que o comitê organizador pediu ao COI que retirasse o texto de seu site, dizendo em uma teleconferência que “não é apropriado que o nome do Primeiro-Ministro seja citado dessa maneira”.

Quem também falou sobre o assunto foi o secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, pontuando que “não existe tal acordo relacionado a custos adicionais decorrentes do adiamento”.

O Japão pagará oficialmente US$12,6 bilhões (cerca de R$66,5 bilhões) para realizar as Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio. A mídia japonesa, porém, estima que o adiamento de um ano causado pela pandemia de coronavírus custará de US$ 2 bilhões a US$ 6 bilhões. Nenhum dos lados deu uma estimativa oficial.

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Linha do tempo

Tóquio foi escolhida como cidade sede das Olimpíadas de 2020 em 7 de setembro de 2013. O contrato foi assinado pelo COI, pelo Governo Metropolitano de Tóquio e pelo Comitê Olímpico Japonês.

Em 24 de março deste ano, porém, o Primeiro-Ministro, Shinzo Abe, anunciou o adiamento dos Jogos para julho de 2021, devido à pandemia de coronavírus.

Assim, as Olimpíadas serão realizadas de 23 de julho a 8 de agosto do ano que vem, e os Jogos Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro. Os ingressos já adquiridos serão válidos em 2021 e aqueles que não puderem ir ao evento na nova data terão direito à reembolso.

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