Nesta terça-feira (7), Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês, declarou estado de emergência para a Tóquio, Osaka e cinco outras prefeituras. Sendo assim, a chama olímpica de Tóquio 2020, atualmente em exposição em Fukushima, será removida da exibição pública.
A tocha olímpica deveria permanecer em exibição na região de Fukushima até o final de abril e só depois seguir rumo a Tóquio.
Shinzo Abe tomou a decisão devido ao crescente medo da pandemia de coronavírus no Japão. Ele também afirmou que as instalações olímpicas, que não são mais necessárias iminentemente devido ao adiamento de Tóquio 2020 para o próximo ano, poderiam ser usadas para pacientes com infecções leves, uma vez que os hospitais estão se aproximando da capacidade.
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A escalada no número de infecções desde o adiamento de Tóquio 2020 até 2021 provocou perguntas e críticas no Japão. Alega-se que o Japão subestimou a extensão do surto e adiou a introdução de medidas mais rigorosas durante um período em que autoridades, incluindo Abe, esperavam que os Jogos continuassem como planejado.
O estado de emergência é o primeiro de seu tipo no Japão. Os governadores das áreas designadas poderão solicitar aos residentes que fiquem em casa, mas seus pedidos não são aplicáveis por lei.
Caminho da chama olímpica
A cerimônia de acendimento e passagem da tocha foi realizada, nesta quinta-feira (19), no Estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia. Tudo isso sem público, para evitar aglomerações em tempos de pandemia de coronavírus.
A chama olímpica chegou ao Japão e foi recebida por dois atletas históricos do país: Saori Yoshida, tricampeã olímpica de luta livre, e Tadahiro Nomura, com três medalhas de ouro no judô. A cerimônia de chegada ocorreu na Base Aérea de Matsushima, na província japonesa de Miyagi, norte de Tóquio.