O Comitê Olímpico do Brasil (COB) divulgou nota na manhã deste sábado (21) defendendo o adiamento dos Jogos de Tóquio 2020 por conta da pandemia de coronavírus. O anúncio veio um dia depois de o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, pedir a mesma medida.
De acordo com a nota, o COB entende que o melhor seria o adiamento de Tóquio 2020 por um ano, em período equivalente ao originalmente marcado, entre o fim de julho e a primeira quinzena de agosto de 2021.
A posição se dá por conta do notório agravamento da pandemia do coronavírus, que até o dia do anúncio havia infectado cerca de 250 mil pessoas em todo o mundo, e pela consequente dificuldade dos atletas de manterem seu melhor nível competitivo pela necessidade de paralisação dos treinos e competições em escala global.
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“Como judoca e ex-técnico da modalidade, aprendi que o sonho de todo atleta é disputar os Jogos Olímpicos em suas melhores condições. Está claro que, neste momento, manter os Jogos para este ano impedirá que este sonho seja realizado em sua plenitude”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.
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O COB ressalta que a sugestão de adiamento em nada altera a confiança da entidade no Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a melhor solução para o Olimpismo será tomada.
“O COI já passou por problemas imensos anteriormente, como nos episódios que culminaram no cancelamento dos Jogos de 1916, 1940 e 1944, por conta das Guerras Mundiais, e nos boicotes de Moscou 1980 e Los Angeles 1984. A entidade soube ultrapassar estes obstáculos, e vemos a Chama Olímpica mais forte do que nunca. Tenho certeza de que o Thomas Bach, atleta medalha de ouro em Montreal 1976, está plenamente preparado para nos liderar neste momento de dificuldade”, completa Paulo Wanderley.