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Tóquio 2020

Etiene Medeiros se posiciona contra Olimpíada neste momento

Para nadadora pernambucana, durante a pandemia do coronavírus o foco tem que ser na saúde das pessoas e nos valores humanos

Durante crise do coronavírus, Etiene Medeiros se posiciona contra Jogos Olímpicos em Tóquio
Etiene Medeiros após sessão de treinamento (Foto: Igo Bione / etienemedeiros.com)

Muitos atletas ao redor do mundo estão se posicionando cada vez mais sobre a realização dos Jogos de Tóquio em meio ao novo panorama que o mundo vive, com a pandemia do coronavírus (COVID-19). No Brasil, a nadadora pernambucana Etiene Medeiros também resolveu dar seu recado para quem lhe pergunta sobre a realização do principal evento esportivo, marcado para julho em Tóquio: “Sem saúde, não tem Jogos Olímpicos para ninguém”.

“O COI manteve os Jogos Olímpicos. É um ano que representa muito para nós atletas de alto rendimento. Eu não sou a favor. O mundo grita para uma outra situação, focada na saúde. Nosso planejamento está sendo recuado. Muita gente sem piscina e sem poder treinar, ou seja, sem conseguir seguir os planos de treinamento. Não cabe a mim decidir, mas sim falar sobre. Quanto mais a gente se unir e olhar para o próximo, vamos passar por essa”, disse Etiene.

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A pernambucana teria duas competições visando sua preparação para os Jogos Olímpicos, entre fim de março e início de abril, na Argentina e na Holanda. Entretanto, ambas foram canceladas. A seletiva olímpica, marcada para 20 a 25 de abril, que definirá os representantes do Brasil em Tóquio/2020, foi adiada pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), a princípio, para 22 a 27 de junho.

Humanidade pede socorro

Em meio a dúvidas sobre o futuro da Olimpíada, Etiene Medeiros sai da questão esportiva e propõe um olhar mais humanitário para a situação global do coronavírus. Segundo ela, é tempo de ajudar o próximo e de refletir sobre suas próprias ações.

“O planeta pede socorro. Pede para desacelerarmos. Reflitam sobre seus atos diários”, comentou a nadadora. “Em momentos de crise é que a gente vê como as pessoas pensam. No momento em que estamos, todo mundo é igual. Dou graças a Deus por ter casa, comida, acolhimento de médicos, de uma instituição. Mas tem muita gente que não tem. Então pensem nos outros e ajudem quem conseguem ajudar. Vizinhos, familiares, a se conscientizarem”, finalizou.

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