O COI (Comitê Olímpico Internacional) informou em nota nesta terça (17) que não vai fazer mudanças drásticas em relação à programação das Olimpíadas por conta do coronavírus. A entidade justificou a decisão afirmando que ainda faltam mais de quatro meses para o inícios das competições em Tóquio 2020.
“O COI permanece totalmente comprometido com os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, e com mais de quatro meses para os Jogos não há necessidade de nenhuma decisão drástica nesta etapa; e qualquer especulação neste momento seria contraprodutivo”, afirma o comitê, na nota, emitida horas depois de o primeiro-ministro japonês, Shinze Abe, não cravar com muita certeza se as Olimpíadas sairão como planejado.
O pronunciamento do COI foi feito após conversas de integrantes da entidade com comitês olímpicos nacionais, representantes dos atletas, do comitê paralímpico internacional, federações internacionais e demais envolvidos na organização dos Jogos Olímpicos.
“Esta é uma situação sem precedentes para todo o mundo, e nossos pensamentos estão com os afetados pela crise. Nós somos solidários com toda a sociedade para fazer tudo para conter o vírus”.
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Pré-Olímpicos
Um dos problemas causados pelo coronavírus é o cancelamento de praticamente todos os eventos esportivos, especialmente os pré-olímpicos. O COI afirmou que vai trabalhar com as federações nacionais para fazer as adaptações necessárias, seguinto alguns princípios pré-definidos.
Um deles é que todas as vagas por cotas que já foram alocadas permanecem com comitês nacionais e atletas que as obtiveram. Também, na medida do possível, serão mantidos os torneios classificatórios agendados, desde que tenha acesso justo a todos os atletas e equipes. Se forem necessárias adaptações nos sistema de classificação para as Olimpíadas, serão por critérios pré-definidos pelo COI.
Ações conjuntas
Em meados de fevereiro foi criada uma força-tarefa composta pelo COI, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o governo metropolitano de Tóquio.
O objetivo é garantir ações coordenadas de todas as partes interessadas, manter avaliação constante da situação e monitorar implementação de ações.
A decisão do COI não será determinada por interesses financeiros, porque, graças às suas políticas e seguros de gerenciamento de riscos, poderá, em qualquer caso, continuar suas operações e cumprir sua missão de organizar os Jogos Olímpicos.
Várias medidas foram tomadas baseadas na ação dessa força-tarefa. O formato de todos os eventos-teste em março e abril foi alterado para permitir a avaliação de elementos essenciais dos Jogos; a iluminação da tocha olímpica na Grécia e os elementos subsequentes do revezamento no Japão estão sendo adaptados; toda a cadeia de suprimentos de preparação dos Jogos foi analisada; e existem planos alternativos em caso de interrupção antecipada.
Alerta
Vice-presidente do Comitê Olímpico Japonês, Kozo Tashima testou positivo para coronavírus. Ex-jogador da seleção japonesa de futebol, Kozo Tashima fez o anúncio neste terça-feira (17), mas já apresenta os sintomas desde o sábado (14).
Kozo Tashima, presidente da Associação de Futebol do Japão, testou positivo para o novo coronavírus.
— Japão日本FC (@japaofcbr) March 17, 2020
O dirigente de 62 anos, que viajou para Reino Unido, Holanda e Estados Unidos nas últimas semanas, afirmou que está com uma leve febre e sintomas de pneumonia mas se sente bem. pic.twitter.com/XXF5pFFDZT