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Tóquio 2020

Liderada por Calderano, equipe masculina busca surpreender

Evolução dos atletas e resultados recentes credenciam a equipe do tênis de mesa masculino a tentar surpreender as favoritas em Tóquio

Tênis de Mesa por equipe Hugo Calderano
Equipe brasileira do tênis de mesa obteve bons resultados recentes(Reprodução)

Daqui a exatos 365 dias, os melhores mesatenistas do planeta estarão representando seus países na disputa do tênis de mesa por equipe na Olimpíada de Tóquio. Ao todo, 15 nações, incluindo o Brasil, liderado por Hugo Calderano, tentarão de alguma forma encerrar a hegemonia chinesa, vencedora do ouro em todas as ocasiões desde 2008, quando a competição por equipes foi inserida no programa dos Jogos.

Tradicionalmente reconhecido por um esporte individual, o tênis de mesa ganhou maior senso coletivo desde a implementação da disputa por equipes. Sempre presente nas disputas masculinas, o Brasil chega a Tóquio com a expectativa de conquistar a primeira vitória olímpica neste tipo de competição e tentar surpreender.

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Equipe brasileira

Liderada por Hugo Calderano, atual sexto colocado no ranking mundial individual da modalidade, a equipe brasileira formada ainda por Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy carimbou a vaga após bater a Argentina por 3 a 2 no Pré-Olímpico Latino de Equipes, realizado em Lima, no ano passado.

Aliás, a capital peruana havia sido palco alguns meses antes dos Jogos Pan-Americanos de 2019. Com uma seleção formada por Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi e Eric Jouti, o Brasil acabou com a medalha de bronze, junto com a seleção de Cuba.

Tênis de Mesa por equipe Hugo Calderano
Equipe brasileira garantiu classificação no Pré-Olímpico Latino de Equipes (divulgação)

A mudança dos integrantes nas duas competições com apenas dois meses de diferença mostra como a briga por uma vaga na equipe brasileira está acirrada. Com cinco atletas dentro do atual top 100 do ranking mundial, ainda é difícil cravar quem serão os três representantes do país no evento de Tóquio. Além de Hugo Calderano em sexto, Gustavo Tsuboi é o 44º; Vitor Ishiy o 58º; Thiago Monteiro está em 84º; e Eric Jouti ocupa a 88º posição.

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“A expectativa é muito boa. Acho que caso eu consiga o meu lugar na equipe eu chego com mais experiência do que tinha em 2016 e isso faz a diferença. Tanto eu quanto o Calderano, que também mostrou uma enorme evolução no período e foi essencial para conseguirmos aquele resultado histórico para o Brasil no mundial”, avaliou Gustavo Tsuboi, em contato com o OTD, relembrando a histórica campanha brasileira no Mundial do tênis de mesa por equipes de 2018, quando chegou nas quartas de final.

“Acho difícil falar de expectativa. Claro que sempre quero fazer o melhor possível pra representar bem o Brasil e estou me preparando pra mais uma temporada aqui na Europa pra tentar chegar no meu melhor nível nas Olimpíadas. Mas antes de tudo ainda preciso garantir o meu lugar na equipe”, declarou Vitor Ishiy, de papel fundamental na campanha brasileira no Pré-Olímpico Latino de Equipes que rendeu a classificação.

Calderano lidera a equipe

Se ainda não é possível cravar todos os integrantes da equipe do país, ao menos um nome é certeiro. Integrante do Top 10 mundial desde 2018, Hugo Calderano é hoje um dos nomes fortes da modalidade no planeta. Dono de quatro medalhas douradas em Jogos Pan-Americanos e um bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude, é a referência técnica e o líder da equipe brasileira.

“É difícil ter expectativas muito altas com toda a incerteza que cerca os Jogos. Mas com certeza teremos uma equipe mais forte do que em 2016. Todos evoluíram individualmente e mostramos a nossa força no Mundial por equipes em 2018”, garantiu Hugo em contato com o OTD.

Hugo Calderano ganhou a final individual do tênis de mesa no Pan e também sua vaga olímpica (Aberlado Mendes/rededoesporte.gov.br)

“No momento, sem competições, não temos muitas referências sobre nosso nível. Mas tenho treinado bem e vou fazer de tudo pra chegar em Tóquio nas melhores condições possíveis e brigar por uma medalha”, completou o atleta de apenas 24 anos.

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Parte incontestável e fundamental da equipe brasileira, o sexto lugar de Calderano no ranking mundial coloca o país também na sexta colocação no ranking olímpico de equipes, base na hora da criação do chaveamento.

“Criamos uma expectativa boa tanto pelo nível que estávamos jogando quanto pelo fato do nosso ranking hoje ser melhor do que em 2016, o que pode nos ajudar a enfrentar um adversário melhor na primeira rodada do que no Rio, em que estreamos já contra a Coréia do Sul de cara”, completou Gustavo Tsuboi.

Favoritismo chinês

Todas as seleções participantes da disputa do tênis de mesa por equipe já estão definidas. Além do Brasil, Japão, Alemanha, Egito, China, Estados Unidos, Austrália, Croácia, França, Hong Kong, Portugal, Sérvia, Eslovênia, Coreia do Sul, Suécia e Taiwan estão classificadas.

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A grande favorita novamente é a China, país que possui um histórico incrível na modalidade. Desde a entrada do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos, na edição de Seul em 88, o país ganhou incríveis 53 das 100 medalhas olímpicas distribuídas pelo esporte desde então.

Tênis de mesa por equipes
China é a grande potência mundial do tênis de mesa (Divulgação/ITTF)

Quando se trata da disputa por equipes a hegemonia chinesa é ainda maior. Presente nas últimas três edições olímpicas, os torneios por equipes foram totalmente vencidos pelos atletas do país da Grande Muralha.

Além dos chineses, alguns outros três países aparecem como unanimidade na lista dos fortes candidatos e aparecem como fortes favoritos na briga por medalhas: Alemanha, Japão e Coreia do Sul.

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