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Tênis de Mesa

Em outro ano histórico, Calderano se firma entre os melhores

Em ano histórico, Hugo Calderano se firma como Rei das Américas e um dos gigantes no mundo

Hugo Calderano, do tênis de mesa, é um dos candiatos ao prêmio Atleta da Torcida, do COB
Calderano celebra após conquistar o bi nos Jogos Pan-Americanos (Abelardo Mendes Jr./Rede do Esporte)

Um nome merece um capítulo especial no esporte olímpico brasileiro em 2019: Hugo Calderano. Dentre seus feitos no ano que passou, ele se consagrou como o Rei das Américas e se firmou ainda mais como um dos gigantes do tênis de mesa mundial.

Como se fosse pouco, Hugo Calderano fechou o ano como o sexto melhor jogador da atualidade, o primeiro não asiático, e, de quebra, foi eleito o Atleta da Torcida no Prêmio Brasil Olímpico, disputando contra ídolos de várias modalidades.

No Mundial de Budapeste, em abril, o brasileiro chegou nas oitavas de final, finalizando o torneio com a melhor campanha de um brasileiro na história, igualando Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, em 1961, e Claudio Kano, em 1987.

Hugo Calderano, campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima no tênis de mesa
Bicampeão dos Jogos Pan-Americanos (Jonne Roriz/COB)

E dava para ser melhor, já que naquele momento Ma Long, chinês que acabaria vencendo o torneio pela terceira vez, não vinha atuando regularmente e acabou entrando no Mundial como 11º do ranking. A posição antecipou o duelo contra Calderano.

Em agosto, no Pan, Hugo Calderano chegou como grande favorito e não decepcionou. Saiu de Lima com três medalhas: ouro individual e em duplas masculinas, e bronze por equipes. O momento que será mais lembrado será a cambalhota após o jogo da final individual, quando superou o chinês naturalizado dominicano Wu Jiaji.

Fora da seleção, defendendo o clube alemão Ochsenhausen, Hugo Calderano sagrou-se o primeiro brasileiro campeão da Bundesliga.

Entre os gigantes

Em oito dos doze meses da temporada, o brasileiro ficou na sexta posição do ranking mundial de tênis de mesa. Entre abril e julho, se revezou entre a sétima e a oitava colocações. Já são cinco meses consecutivos onde ocupa posição apenas abaixo de um japonês e quatro chineses.

A colocação no ranking se refletiu na temporada. Em quase todos os torneios disputados em 2019, ele sempre chegou em posições destacadas, geralmente caindo para um dos que ocupam posições a sua frente.

No ranking olímpico, Hugo Calderano mantém-se entre os quatro melhores, posição que pode ser fundamental na disputa por medalhas nos Jogos de Tóquio, evitando os atletas da China antes de uma hipotética semifinal.

No Circuito Mundial foi semifinalista na Áustria e República Tcheca e quadrifinalista na Hungria, Austrália e Japão, além do Grand Finals, em dezembro. Atuações sólidas que credenciam o craque a sonhar com um 2020 ainda melhor.

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Rei da América

Garantido nos Jogos Olímpicos, Calderano voltou a Lima, dois meses depois, para ajudar o Brasil na busca pela vaga de equipes em Tóquio. Novamente, foi absoluto, vencendo todos os seus confrontos e tendo papel fundamental na conquista da vaga, contra os argentinos.

A Copa Pan-Americana foi mais um momento brilhante de Hugo Calderano, no mês de fevereiro, em Porto Rico. Com o título do torneio, garantiu presença na Copa do Mundo Individual, em novembro, na China, onde fez a melhor campanha de sua carreira, parando nas quartas de final.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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