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Tênis de Mesa

Pronta para Tóquio, Cátia Oliveira conquista ouro no Brasileiro

Quarta melhor do mundo na classe 2, Cátia Oliveira encerra 2019 com medalha de ouro no Campeonato Brasileiro de tênis de mesa.

Cátia Oliveira - Foto: Daniel Zappe/CBTM
Foto: Daniel Zappe/CBTM

“Em todos os campeonatos que eu participei em 2019 eu consegui medalhar”, diz Cátia Oliveira antes da disputa individual paralímpica no 53º Campeonato Brasileiro de tênis de mesa nesta sexta (13). Depois de 4 partidas, a frase continuou verdadeira: a atleta paulista foi campeã da classe 2 e saiu do Centro Paralímpico de São Paulo com a medalha de ouro no peito.

“Foi um 2019 muito bom, não só pelas medalhas, mas pelos jogos. Eu consegui ganhar 3 vezes da tri-campeã paralímpica, que é a chinesa Jing Liu, fiquei muito feliz. Na China, eu consegui ganhar da coreana Su Yeon  Seo, de quem eu nunca tinha ganhado. Então eu posso falar que foi um 2019 muito bom.”, resume a atleta de 28 anos.

Cátia é a 4ª melhor jogadora do ranking mundial paralímpico na classe 2. Está atrás da italiana Giada Rossi (1ª), da chinesa Jing Liu (2ª) e da rival coreana Su Yeon Seo (3ª). A brasileira está a apenas 6 pontos da terceira colocada.

“Eu estava doida para jogar outro campeonato para pontuar, mas não tinha como, já tinha passado o ano. Estou colada com as meninas, estamos ali num bolo. Se não tomarem cuidado eu quero ser primeira!”, brinca.

(Foto: Reprodução/Instagram)

O sonho é ser primeira do mundo. Mas, antes disso, a meta é outra: “Ser campeã paralímpica. Esse é o meu objetivo. Os dois sonhos estão lado a lado. Se Deus quiser, eu vou conseguir.”

Já garantida para Tóquio 2020, Cátia agora pega férias no fim do ano, mas em janeiro volta a treinar de olho na disputa. É foco total e coração na mão. “O coração tem hora que bate forte, mas a gente está trabalhando para que ele esteja tranquilo para que a gente consiga chegar com a cabeça, o coração e a mão firme e forte nas Paralimpíadas para conseguir esse ouro.”, projeta a jogadora.

Por falar em coração que bate forte, a atleta paulista já teve uma experiência emocionante no ano passado. Cátia foi prata no Mundial Paralímpico, na Eslovênia, e se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha em mundial. “Foi uma sensação maravilhosa. Eu falo que até hoje as pessoas falam ‘Cátia, você é vice campeã mundial’ e eu falo ‘Caramba, sou vice-campeã mundial’. Até hoje a ficha não caiu. Foi uma sensação maravilhosa. Espero nas Paralimpíadas conseguir a ouro, porque chega de prata”, brinca.

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Cátia Oliveira era jogadora de futebol antes de um acidente de carro em 2007 romper seus sonhos de jogar nos gramados. “Fui convocada para a seleção de futebol no mesmo dia que eu sofri o acidente. Sofri o acidente de manhã e fui convocada para a seleção à tarde para disputar o mundial sub-17”, lembra.

Depois de 6 anos, o mundo esportivo a chamou de volta. “Eu conheci o tênis de mesa numa feira de tecnologia chamada Reatech. Tinha uma mesa com um atleta da seleção que tinha ido para várias paralimpíadas. Na hora que eu bati uma bola eu falei ‘Cara, quero fazer esse esporte.’ Porque eu preciso de uma mesa e de mais uma pessoa, não preciso de outro cadeirante. E quando eu fui para meu primeiro campeonato, acendeu a chama e eu falei ‘quero voltar a ser atleta’. Aí fui para o Rio em 2016, estou aí até hoje, me apaixonei e não largo mais.”. Isso é o que o Brasil inteiro também espera.

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