O Aberto Junior da Suécia começa nesta quarta-feira (20), com novidade brasileira em quadra. Beatriz Fiore, aos 12 anos, vai estrear no Circuito Mundial de sua categoria, Mini Cadete, equivalente à categoria Mirim. O desafio, no entanto, não para aí: a brasileira também disputará as categorias Cadete e Junior, no torneio que acontece na cidade de Örebo e vai até o dia 24 de fevereiro. O objetivo principal é o acúmulo de experiências e o amadurecimento técnico.
Não será a primeira competição internacional de Beatriz. Sua primeira experiência foi no Aberto dos Estados Unidos (competição que não faz parte do Circuito Mundial), ano passado. Desta vez, porém, a preparação é maior e os objetivos mais amplos. A Suécia será o primeiro país dentre um grupo escolhido para a mesa-tenista nos eventos do Circuito Mundial em 2019. Para isso, a naturalização das competições internacionais, seus procedimentos e a ambientação são essenciais – e também são os objetivos da atleta.
“É visualizar o que está sendo feito fora do país. Beatriz e seu pai estão prestando atenção em cada detalhe: nos aquecimentos, nos alongamentos, como os outros atletas agem no pré-jogo. Ela também está aproveitando para conhecer clubes, pessoas e treinamentos”, explicou Andrews Martins, técnico da base da Seleção.
Aos 12 anos, Beatriz vai competir com atletas até 6 anos mais velhas, nas duas categorias acima que vai disputar além da sua na competição. Para ela, será muito importante:“É muito bom. Embora eu esteja jogando em duas categorias acima, consigo ver como eles se preparam, como jogam”, analisou a mesa-tenista.
Andrews Martins complementou: “A expectativa é de amadurecimento do jogo, fortalecimento da parte técnica e da parte mental. Sabemos do nível da competição e a Beatriz está indo muito nova. Mas estamos olhando com bons olhos porque, pelo menos enquanto eu e Jorge Fanck estamos no Diamantes do Futuro e com a Seleção, é a primeira vez que uma atleta tão nova vai fazer um Circuito Mundial, e vai ser testada nesse nível”.
“Ela é uma guerreira, uma lutadora na mesa. Tem uma personalidade forte, é muito inteligente. Vai sentir, provavelmente, o peso e a potência da bola das meninas mais velhas, mas, sem dúvidas, vai lutar muito, fazer um bom papel. Isso faz parte dela, está no DNA dela, então estamos olhando com excelentes expectativas”, contou Andrews.
Os benefícios de experiências como a da Beatriz, segundo ele, não são somente para os atletas. O impacto pode ser visto, também, no cenário brasileiro do esporte:
“Os técnicos sempre se renovam, você começa a enxergar. Você deixa de treinar às cegas. Sabe qual o nível, e aí traça um caminho para conseguir chegar naquele nível. É de suma importância. Também causa impacto nos clubes, nos adversários aqui no Brasil. Todo mundo começa a querer fazer algo a mais para não ficar para trás. É uma injeção de ânimo na engrenagem”.
Se depender de Beatriz, o saldo será positivo: “Nas categorias acima eu espero ganhar muito conhecimento, pontuar, ganhar os sets. Ir evoluindo assim. Na minha, eu espero chegar bem longe!”. Os três primeiros jogos da brasileira já têm horário definido nesta quarta-feira (20), e são pela categoria Junior, a mais longe de sua faixa de idade.
Confira os horários:
6h – Beatriz Fiore x Tia Lynn Hsieh (EUA)
8h – Beatriz Fiore x Sofia Kniazeva (RUS)
9h30 – Beatriz Fiore x Li Lin Jassy Tan (SGP)