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US Open é confirmado sem público e com formato reduzido

Torneio ocorrerá entre 31 de agosto e 13 de setembro em formato reduzido; repercussão é mista e não se sabe se as grandes estrelas estarão presentes

US Open data sem público usta tênis
Aberto dos Estados Unidos não terá qualifying e a chave de duplas será menor (twitter/usopen)

“Você pode assistir na TV. Eu aceito isso.” Foi com essa frase que o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, respondeu a primeira pergunta sobre a possível realização do US Open com data de início em agosto sem a presença de público, como medida de segurança contra a pandemia do coronavírus.

Na sequência, Cuomo confirmou, em acordo com a Associação Norte-Americana de Tênis (USTA), a realização do US Open entre os dias 31 de agosto e 13 de setembro sem a presença de torcedores, conforme havia antecipado a Revista Forbes.

Além disso, Cuomo informou que a USTA tomará medidas de precaução necessárias para proteger funcionários e jogadores, incluindo número alto de testagem, espaço extra nos vestiários e cuidados com hospedagem e transportes.

Reduções

Fora as medidas de segurança, a associação anunciou uma série de reduções no torneio. Não haverá, por exemplo, a realização dos qualifyings, que geralmente dão chance aos tenistas menos bem ranqueados de conseguir um lugar – e um dinheiro extra – nas quadras do US Open. Além disso, os torneios de dupla masculino e feminino terão 32 participantes ao invés dos 64 tradicionais.

Na sequência, o diretor executivo da entidade, Mike Dowsey, deu uma declaração oficial explicando a realização do evento sem público. Nas redes sociais, a repercussão foi mista. Alguns elogiaram a ousada decisão, enquanto que outros foram extremamente críticos ao torneio.

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A Statement on the 2020 US Open

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“Parabéns pela decisão, USTA. Uma grande conquista. Jogadores e fãs estão entusiasmados com isso. É tempo de voltar às quadras!” declarou o americano John Isner, número 21 do ranking mundial e melhor tenista dos Estados Unidos na atualidade.

“Eu posso achar mais de 140 jogadores que não estão ‘entusiasmados com isso’,” respondeu na contramão, o americano Mitchell Krueger, número 195 do ranking, em alusão ao corte do qualifying.

Quem participará?

Essa é a grande pergunta após a confirmação da data do evento. Alguns dos maiores nomes do tênis mundial já se mostraram contra a participação em Flushing Meadows. Rafael Nadal, atual campeão do torneio, foi um deles. O espanhol disse que atualmente tem pouco desejo de viajar para Nova York para disputar o US Open.

Novak Djokovic, o número um do mundo, criticou a proposta, achando as medidas de segurança muito extremas.

“Eles querem que o torneio continue a qualquer custo por razões econômicas, o que eu entendo. Mas a questão é: quantos jogadores estão dispostos a aceitar esses termos”, afirmou o sérvio.

No feminino, a australiana Ash Barty e a romena Simona Halep, respectivamente número 1 e 2 do mundo, também manifestaram preocupação.

“Mal posso esperar para voltar lá para jogar, mas temos que garantir que seja seguro fazê-lo primeiro, não apenas para mim, mas para minha equipe”, disse Barty a repórteres na Austrália.

US Open 2020 tem data confirmada e ocorrerá sem a presença do público
Instalações do US Open receberam pacientes com coronavírus. torneio ocorrerá sem público em 2020 (facebook/usopentennis)

Sem seguro

Uma possível razão para a realização do evento mesmo sob críticas, é o prejuízo financeiro. Isso porque a USTA não possui um seguro para o cancelamento da competição e teria que arcar com um prejuízo milionário, ao contrário de Wimbledon, que acabou cancelado pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Nenhum torneio profissional de tênis foi realizado desde março por causa da pandemia. A interrupção se estenderá até agosto.

Geralmente, o US Open é o quarto Grand Slam a ser realizado no ano, mas por conta da pandemia, será o segundo, seguindo o Australian Open, cuja data de relização foi em fevereiro.

A data do início de Roland Garros seria no início de maio, mas por conta da pandemia, foi adiado e vai começar no dia 21 de setembro.

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