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Milena fala sem pestanejar: quer o ouro no taekwondo

Brasileira compete nesta segunda-feira na categoria até 67 quilos de olho também na corrida para os Jogos de Tóquio

Milena Titoneli, do taekondo, nos Jogos Pan-Americanos
Alexandre Loureiro/.COB

“A expectativa para esses Jogos é levar uma medalha de ouro para casa”. É assim, sem vacilar, que Milena Titoneli descreve o que veio fazer no Pan-Americano de Lima. Ela compete nesta segunda (29) na categoria até 67 quilos do taekwondo, de olho também na corrida para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

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Mas de onde vem tanta confiança? “Do trabalho diário em São Caetano, onde eu treino. A gente se supera todos os dias. Todo atleta é assim. Se não se superar todos os dias não pode dizer que é atleta de alto rendimento”, acredita. “Eu estou acostumada com isso, venho fazendo muitas competições. Uma mais difícil que a outra, eu consigo ganhar lutas, fui medalha de bronze no mundial. Então com toda essa experiência, com toda a bagagem que eu tenho, tudo o que eu aprendi com a minha equipe de São Caetano, meus treinadores, eu tenho certeza que eu posso levar essa medalha de ouro para casa”.

As rivais já estão na alça de mira. “Eu tenho adversárias muito fortes. A mais bem ranqueada, que está na minha frente, é a americana”. Ela refere-se a Paige Mc Pherson, medalhista olímpica e mundial. Já lutaram três vezes e Milena Titonelo ainda não conseguiu vencê-la. No Pan, enfrentam-se apenas se chegarem na final.

Milena Titoneli, do taekondo, nos Jogos Pan-Americanos

Alexandre Loureiro/.COB

Outra atleta que ela cita é a colombiana Katherine Dumar, que pode ser sua adversária já na primeira luta, nas quartas de final. Milena Titoneli é cabeça de chave e espera a vencedora de Dumar contra a venezuelana Adanys Cordero. Caso passe pelas quartas, a brasileira pode enfrentar na semi outra rival vista por ela como difícil: a mexicana Victoria Heredia. “Na verdade são todas muito fortes, mas as mais bem ranqueadas são essas”, explica.

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Contra a colombiana ela lutou no mundial deste ano, onde foi medalha de bronze, e venceu logo na primeira luta. Contra Heredia são duas vitórias em três confrontos.

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Inspiração olímpica

Outra fonte de energia é Natália Falavigna, coordenadora da seleção no Pan e medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. “É muito bom você treinar o olhar para o lado e ter uma grande atleta ali. É mais fácil de acreditar em um sonho convivendo com uma pessoa como ela”, diz Milena Titoneli.

Mas não é só. “Ela ajuda em todas as partes. (Para mim) ela falou que não pode deixar subir na cabeça, porque os Jogos Pan-Americanos são iguais a todas as competições, só tem um grande nome, mas os atletas que vamos enfrentar são os mesmos. Eu inclusive lutei o (campeonato) Pan-Americano ano passado e fui medalha de bronze”.

Milena Titoneli, do taekondo, nos Jogos Pan-Americanos

Alexandre Loureiro/.COB

Corrida para Tóquio

A luta pela medalha de ouro no Pan vai além da satisfação por uma eventual conquista. Ela ajuda em um sonho maior, que é conquistar uma vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. “É meu grande sonho estar nas Olimpíadas. Estou batalhando por isso e um grande resultado no Pan-Americano pode me ajudar”, diz.

O Pan vale 40 pontos para o ranking olímpico, que garante vaga para as cinco primeiras colocadas. “Atualmente ainda estou em 16º, mas ainda tem aqui (Pan), tem mais grand prix pelo ano, o grand prix final”, diz. Ou seja, ela vê chances de classificar pelo ranking. Caso não consiga, ainda pode chegar lá pelo pré-olímpico.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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