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Pan 2019

Chloé é ouro no longboard e Pacelli bronze no SUP surfe

Com o resultado, Brasil fecha primeira edição do surfe em Jogos Pan-Americanos com dois ouros, uma prata e um bronze

Chloé Calmon, do surfe, nos Jogos Pan-Americanos
Chloe Calmon levou no longboard (Alexandre Loureiro/COB)

A brasileira Chloé Calmon conquistou a medalha de ouro no longboard dos Jogos Pan-Americanos de Lima neste domingo (4), último dia de competições do surfe. Um pouco antes, Nicole Pacelli levou o bronze no Surfe SUP. Assim, o Brasil fecha a modalidade com quatro medalhas, sendo duas de ouro.

Chloé Calmon enfrentou na final a peruana Maria Fernanda Reyes e toda a torcida que lotou as arquibancadas de Punta Rocas para prestigiar os atletas da casa. Eles estiveram nas seis finais do dia. Até o presidente do Peru, Martín Vizcarra, veio prestigiar as disputas.

Chloé usou toda a sua experiência para escolher as ondas certas. Garantiu a vitória logo nas duas primeiras que pegou. Ambas foram melhores do que a nota mais alta da rival. Primeiro fez 7.33 e depois 8.03, somando 15,36 no final. Reyes surfou sete ondas e conseguiu 5,83 na primeira e 6,93 na quarta, fechando com 12,76.

Chloé Calmon, do surfe, nos Jogos Pan-Americanos

Alexandre Loureiro/COB

“Nos últimos dois dias confesso que eu perdi um pouco do meu foco. Comecei a pensar nas medalhas e conforme foi chegando a reta final eu senti um pouco a pressão. Daí eu me isolei de tudo, comecei a fazer as minhas mentalizações de mais uma bateria sendo executada de maneira perfeita e entrei na água com essa estégia”, disse Chloé, já com a medalha no peito. “Demorei até mais tempo para pegar a onda do que a Maria Fernanda, mas mantive a minha estratégia e não me deixei abalar por ela”, acrescentou.

Ela comentou também como foi competir contra uma atleta da casa em um evento repleto de torcedores. “A cada onda que ela pegava a arquibancada vinha abaixo, mas eu consegui me blindar e só focava em dois pontos. Um verde e amarelo no meio da arqiuibancada, que eram meus pais, e na área dos atletas um ponto verde, que era o Time Brasil torcendo por mim”, diz.

Nicole Pacelli

Nicole Pacelli foi a primeira a entrar na água na repescagem do Surfe SUP contra Isabella Gomez. Ela fez uma disputa acirrada com a colombiana, definida nos últimos dois minutos da bateria.

A brasileira, atrás na pontuação, conseguiu pegar uma boa onda e marcar 6,23 para tomar a liderança da bateria. Entretanto, na onda seguinte a colombiana marcou um 6,77 e recuperou a ponta. Faltavam segundos e não deu tempo para mais nada. No final, Isabella Gomez ficou com 14,10 contra 11,56 de Nicole Pacelli.

Nicole Pacelli, do SUP surfe, nos Jogos Pan-Americanos

Nicole Pacelli (Alexandre Loureiro/COB)

“Minha bateria foi difícil, contra uma das melhores do mundo. Ela é a minha principal adversária no circuito mundial. Já fizemos várias baterias juntas. Eu tinha ganhado dela no round anterior e aí a gente acabou se encontrando de novo. Eu peguei uma onda que eu achei que foi muito boa e ela ficou precisando de uma nota pequena. Ela estava no fundo, acabou vindo uma onda e ela conseguiu virar”, disse.

“O mar é muito imprevisível, ele que escolhe o vencedor. Podia não ter vindo onda e eu podia ter passado e aí ela que ia estar com o sentimento que eu estou agora. Eu saio um pouco frustrada da água, porque a gente sempre acha que podia ter feito melhor, podia ter feito uma manobra melhor. Mas agora eu comecei a pensar que é primeira vez na história que o SUP surfe participa de um ciclo olímpico e de eu ter conseguido a primeira medalha para o Brasil e fiquei muito feliz. Daí essa frustração passou”.

Brasil faz história no surfe

O Brasil fez história no surfe dos Jogos Pan-Americanos. Na sexta (2) Lena Ribeiro venceu na SUP Race e conquistou a primeira medalha de ouro na história de Jogos Pan-Americanos.

+ Do handebol ao ouro histórico, a incrível rota de Lena Ribeiro

Logo depois da prova dela, Vinnicius Martins conquistou a prata no naipe masculino da mesma modalidade.

Medalhistas do surfe nos Jogos Pan-americanos

Nicole, Chloé, Lena e Vinnicius (Alexandre Loureiro/COB)

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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