Um mês após Bob Burnquist ser eleito presidente, CBSk é reconhecida pelo COB.
Pode parecer estranho, mas quem era responsável por cuidar do skate no Brasil até ontem era a Confederação Brasileira de Hóquei e Patins (CBHP). Nesta terça-feira (31), finalmente, a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro. O anúncio vem à tona um mês após a lenda do skate Bob Burnquist fosse eleito presidente da entidade no lugar de Marcelo Santos, que renunciou ao cargo.
A situação é nova. Até o ano passado, os skatistas brasileiros não se filiavam à nenhuma das confederações. No entanto, com a adesão da modalidade aos Jogos Olímpicos, as coisas mudaram. Primeiro, pois agora há dinheiro público envolvido. São 700 mil anuais da Lei Agnelo Piva, que são repassados do COB para a confederação que cuida do skate no Brasil. Esse montante vem das loterias federais.
O que mais pesou para a decisão do COB foi a ameaça de boicote dos skatistas, caso a confederação não fosse reconhecida. O Brasil tem expectativa de, ao menos, duas medalhas no skate em Tóquio-2020 e alguns dos principais atletas da modalidade prometiam boicotar a Olimpíada.
A jogada inteligente do ex-presidente da CBSk também parece ter provocado influência. Ele renunciou ao cargo um mês atrás para dar lugar a Bob Burnquist, maior lenda do skate de todos os tempos. Assim, a pressão aumentou ainda mais para o COB, que acabou cedendo em 30 dias.
O que falta para tudo ser concretizado
Para que tudo seja concretizado faltam apenas trâmites burocráticos, como a filiação da CBSk à World Skate, o que não deve ser problema, já que Bob tem boa relação. Isso deve acontecer até o final deste ano para que já no ano que vem a entidade receba a verba. Outro fator que também muda é que agora a CBSk torna-se membro da assembleia do COB e pode votar, por exemplo, no novo estatuto da entidade, o que deve acontecer em janeiro. A informação é do blog Olhar Olímpico, do UOL.
