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Duda Amorim brilha e Gyor ETO conquista a Champions League

Brasileira faz sete gols na final e ajuda a equipe húngara a sagrar-se pentacampeã europeia de handebol feminino

Duda Amorim, do Gyori Champions League de Handebol (divulgação Gyor ETO)
Foto: Divulgação Gyor ETO

A equipe húngara do Gyor ETO conquistou, neste domingo, o título da Champions League Feminina de Handebol 2018/19. O troféu veio com uma vitória por 25 a 24 sobre o russo Rostov-Don, em partida disputada na cidade de Budapeste, na Hungria.

Em um duelo que tinha a brasileira Duda Amorim pelo lado do Gyor ETO e Mayssa no Rostov-Don, melhor para a primeira, que novamente foi decisiva em uma decisão de Champions League. Ana Paula Rodrigues, machucada, não disputou a final pela equipe russa.

Com sete gols marcados, Duda foi a artilheira da partida pelo lado do Gyor ETO. A armadora-esquerda também participou ativamente da defesa da equipe húngara, tanto que levou três suspensões de dois minutos durante o jogo e acabou excluída de quadra no minuto final.

É o quinto título do Gyor ETO e de Duda Amorim na Champions League Feminina, sendo o terceiro de forma consecutiva.

O jogo

Como já virou rotina em decisões de Champions League Feminina, a final começou equilibrada. Durante os 20 primeiros minutos de partida, nenhuma das equipe conseguiu abrir mais de dois gols de vantagem no marcador.

O final do primeiro tempo, no entanto, foi favorável ao Gyor ETO. Após estar perdendo por 10 a 8, a equipe húngara reagiu e virou para 15 a 11 no fim dos 30 minutos iniciais.

Com a goleira Kari Aalvik Grimsbo garantindo na defesa, o Gyor ETO manteve o controle durante o segundo tempo, chegando a ter cinco gols de frente em quatro momentos distintos.

Nos cinco minutos finais, se aproveitando de um aumento de erros ofensivos do Gyor ETO, o Rostov-Don ameaçou uma reação. Com uma sequência de gols de Lois Abbingh, a equipe russa diminui a diferença para apenas um gol no minuto final.

Com 37 segundos por jogar, o Gyor ETO ainda teve a chance de matar o cronômetro, mas viu a central Stine Oftedal forçar – e errar – um arremesso a dez segundos do fim.

Com um último ataque em mãos, mas pouco tempo no cronômetro, o Rostov-Don teve dificuldades para encontrar espaço bis segundos finais. Coube à Abbing – marcada – o último arremesso do jogo. Sem grande potência, a bola parou nas mãos de Grimsbo.

Brasil presente

É o quarto ano seguido que a Champions League Feminina de Handebol tem pelo menos uma brasileira no lugar mais alto do pódio. Se contar os últimos sete anos, apenas em um edição não houve atleta brasileira no time campeão.

Duda Amorim, agora com cinco títulos de Champions, só está atrás da austríaca Ausra Fridrikas e da montenegrina Bojana Popović (ambas com seis conquistas) na lista de atletas mais vezes campeãs da competição.

Vice-campeãs neste ano, Mayssa e Ana Paula venceram o torneio em 2016, com a equipe romena do CSM Bucaresti. Em 2017, Mayssa foi vice com o macedônico Vardar.

Temporada segue

O Gyor ETO já garantiu a tríplice coroa do ano. Campeão da Copa da Hungria e da Champions League, o time já sagrou-se campeão húngaro por antecipação ao vencer todos os 25 jogos que realizou no torneio. Com apenas mais uma rodada por disputar, a equipe brigará para fechar a temporada sem perder um jogo sequer.

Já o Rostov-Don, campeão da Copa da Rússia na temporada, ainda terá pela frente as finais da Liga Russa. A equipe de Mayssa e Ana Paula enfrenta o Lada Togliatti a partir do dia 17, em uma série melhor de três, pela troféu da competição.

 

Rodrigo Huk, 24 anos, é um jornalista que pratica e acompanha o handebol desde a infância. No Site do Handebol, visa trazer notícias, entrevistas e debates sobre o esporte no Brasil e no mundo.

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