Felipe Kitadai aproveitou a última chance que tinha e conseguiu a convocação para a seleção brasileira de judô que vai para o Mundial de Japão, marcado para agosto. Ele foi campeão do Grand Slam de Baku e, com isso, aparece nesta segunda (13) na lista de elegíveis para o campeonato.
O ranking mundial foi o critério base adotado pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para definir os nomes que vão Mundial. Têm vaga os nove melhores brasileiros de cada naipe após o Grand Slam de Baku de acordo com a pontuação. Vale dizer que são duas vagas no máximo por peso.
Kitadai estava fora dos nove antes de ganhar em Baku. Sendo assim, a seleção masculina de judô que vai ao mundial de Tóquio terá representantes em todas as categorias, exceto nos 73kg. Os eleitos são: Eric Takabatake e Felipe Kitadai (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Yudy (81kg), Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves e Rafael Buzacarini (100kg) e David Moura e Rafael Silva (100kg).
+ CONFIRA O RANKING BRASILEIRO MASCULINO
Entre as mulheres Ketleyn Quadros teve uma vitória importante na primeira rodada do Grand Slam de Baku que lhe garantiu os pontos necessários para ficar entre as nove na lista final. Aqui é preciso desconsiderar a Erica Miranda, que se aposentou, e a Jéssica Pereira, suspensa.
Destaque para Larissa Pimenta, que esse ano entrou de fato na seleção adulta e conseguiu vaga no Mundial de Tóquio. Assim como Nathália Brigida, que voltou de lesão no segundo semestre do ano passado e, em 2019, também fez boa campanha e conseguiu a convocação.
+ CONFIRA O RANKING BRASILEIRO FEMININO
O time que vai ao mundial terá, pela ordem de categoria, Nathália Brigida (48kg), Larissa Pimenta e Eleudis Valentim (52kg), Rafaela Silva (57kg), Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg), além de Maria Suelen Altheman e Bratriz Souza (+78kg).
Dos convocados, cinco já subiram ao pódio em Mundiais. Mayra é bicampeã (2014 e 2017) e ainda tem outra medalha de prata (2010) e duas de bronze (2013 e 2011). Rafaela Silva também tem um título (2013) e um vice-campeonato (2011). Maria Suelen tem duas pratas (2013 e 2014); Rafael Silva tem uma (2013) e dois bronzes (2014 e 2017) e David Moura tem uma prata (2017).
Os únicos estreantes serão Rafael Buzacarini e Larissa Pimenta, caçula da equipe com seus 20 anos.
Mundial de Tóquio rumo a Tóquio 2020
O Mundial de Tóquio é o torneio mais importante na corrida para as Olimpíadas do ano que vem. Isso porque além de ser o que mais conta pontos no ranking mundial, critério base para a definição das vagas olímpicas, neste ano será usado como uma espécie de grande ensaio para os Jogos, já que ambos ocorrem no mesmo lugar.
“Além de testar toda a nossa operação logística, esse Mundial servirá também para os atletas sentirem o clima olímpico, lutando na histórica arena Nippon Budokan contra adversários que muito possivelmente estarão em Tóquio 2020. Será um ótimo teste para os Jogos Olímpicos”, explica Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ.
Há duas formas de conseguir a vaga olímpica. Uma é ficando entre os 18 melhores da categoria e a outra é por meio das cotas continentais. Caso dois brasileiros fiquem entre os 18 do mundo a escolha será feita pela CBJ. Cada país leva no máximo dois atletas por categoria, um em cada naipe, totalizando 14 judocas.
O ranking que vai valer é o do dia 24 de maio de 2020. Sendo assim, o Mundial de Tóquio deste ano entra na conta integralmente. O campeão, por exemplo, ganha 2000 pontos. São outros 1800 para o vice, 1000 para os medalhistas de bronze e 720 para quem perde a luta pelo bronze. É o torneio anual que mais pontua no ranking.
Para se ter uma ideia, o Grand Prix, torneio que menos dá ponto no circuito excetuando-se os abertos continentais, dá 700 para o campeão. Grand Slam dá 1000 para o campeão e o outro no Masters soma 1800.