Gustavo Carneiro mudou sua vida há dois anos. Atualmente com 42 anos, o mineiro precisou amputar sua perna esquerda em outubro de 2017. Ele começou a jogar tênis com nove anos, mas, em 2018, teve que reaprender a competir na modalidade, deixando de atuar em pé e passando a dar raquetadas sentado. Na 37ª posição no ranking, o paratleta quer estar em Tóquio e almeja chegar entre os 10 melhores do mundo até 2024.
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“Sempre estive envolvido com esporte e quando amputei a perna coloquei como sonho ir à Paralimpíada. Sempre fui apaixonado por tênis, mas não conhecia o de cadeira de rodas. Tive que me adaptar a me movimentar com a cadeira. Sempre fui jogador de saque e rede e na cadeira você não pode ir muito para rede porque perde ângulo. Só depois de dois anos minha mente começou a jogar tênis na cadeira e não em pé”, disse Gustavo Carneiro.
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“Estou no lugar certo. Sei tudo que tenho que passar e onde vou chegar. Sei que é difícil, mas estou no caminho certo. Tudo é uma escada de crescimento. Nos próximos anos minha meta é estar entre os melhores do mundo, entre os 10 melhores. Isso é questão de para mim. Nesses quatro anos entre Tóquio-2021 e Paris-2024 vou atingir minha meta”, acrescentou o paratleta em live no Instagram do Olimpíada Todo Dia.
Planos refeitos para Tóquio
O paratenista gostaria de competir a Paralimpíada ainda esse ano, mas considerou positiva a mudança de data desde que consiga ter uma regularidade de torneios. De acordo com ele, não adianta só treinar, já que é preciso ter uma sequência de uns seis meses jogando os melhores torneios contra os principais jogadores.
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Com mais um ano para a competição, Gustavo Carneiro refez seus planos e pretende chegar nas oitavas de final. “Queria estar lá esse ano e realizar um sonho que espero desde 2017. Porém, ter mudado para 2021 foi ótimo para mim, já que ganhei mais tempo para me preparar e ter mais contato com a mobilidade”, comentou o paratleta.
“Agora meu objetivo foi refeito. Se fosse esse ano a meta era participar e, no máximo, ter sorte no sorteio e ganhar um jogo. Porém, considerando que será no ano que vem e que consiga ritmo de competição, quero andar mais na chave e ficar entre os 16 melhores”, afirmou Gustavo Carneiro.
Evolução em dois anos
Jogando tênis em cadeira de rodas há dois anos, Gustavo Carneiro tem apresentado progressos. Em 2018, o paratleta fechou o ano na 86ª posição no ranking mundial. Na temporada seguinte continuou evoluindo e terminou 2019 na 34ª colocação.
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Com histórico no esporte, o mineiro sempre se deu bem com uma raquete na mão, pois foi campeão mineiro de tênis, mineiro e brasileiro de peteca e brasileiro de squash. “Nesses dois anos nunca consegui ter uma regularidade. No primeiro ano passei por uma fase de adaptação e aprendizado. Já em 2019 foi excelente terminar em 34º, mas fiquei parado por cinco meses”, contou.
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“Sou novo na modalidade e preciso disputar torneios. Preciso de uns dois ou três meses para pegar ritmo de torneio”, disse. “O tênis na cadeira de rodas significa tudo para mim. É o que me move e meu objetivo de vida. Aprendi a amar esse esporte”, concluiu Gustavo Carneiro.