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Técnico do goalball comanda renovação e vislumbra pódio

Há seis anos na seleção brasileira feminina, Daílton Nascimento confia que pode ser a hora da medalha paralímpica na modalidade

Futebol de 5 e goalball são chamados para 1ª fase de treinos
Daílton Nascimento foi o treinador na conquista da primeira medalha em mundiais da seleção feminina (Divulgação/CBDV)

Técnico da seleção brasileira de goalball feminino desde 2014, Daílton Nascimento fez história com a equipe nacional no último Mundial, ao conquistar a medalha de bronze. Em live com a CBDV (Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais), o treinador se mostrou confiante sobre a conquista do pódio paralímpico em Tóquio, nos Jogos adiados para 2021. “Ouço muito que uma medalha paralímpica é construída em dois ciclos e concordo”.

Quando assumiu a equipe, Daílton Nascimento tinha um desafio. A seleção brasileira de goalball feminino era a nona no ranking mundial e tentava alcançar maiores voos, como acontecia entre os homens. No masculino, o Brasil já era medalhista paralímpico, com a prata em Londres.

Seleção brasileira feminina de goalball é comandada por Daílton Nascimento
Seleção brasileira feminina é a segunda colocada no ranking mundial (Divulgação/CBDV)

Desde a Paralimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, a seleção brasileira de goalball passou por uma renovação. Utilizando de algumas jogadoras mais jovens que conquistaram resultados importantes pelas seleções de base, o treinador apostou no trabalho de longe prazo, usando os quatro anos do ciclo paralímpico, e o resultado veio.

Em 2018, em seu segundo Mundial de goalball no comando da seleção brasileira, Daílton Nascimento e suas comandadas fizeram história. Ao vencer o Canadá por 7 a 2 na disputa do bronze, o Brasil subiu ao pódio pela primeira vez e se garantiu nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Seleção brasileira feminina de goalball é comandada por Daílton Nascimento
Seleção feminina após a conquista do bronze no Mundial de 2018 (Tadeu Casqueira/CBDV)

“Apostamos na renovação e vem dando resultado. As meninas confiaram no trabalho e as coisas estão acontecendo. Ouço muito que uma medalha paralímpica é construída em dois ciclos e concordo. Vamos trabalhar por Tóquio”.

Um passo de cada vez

Assim que assumiu, o treinador passou a trabalhar com essa mentalidade. No mundial de 2014, apesar da medalha não ter sido conquistada, o resultado obtido pela equipe fez Nascimento vislumbrar um futuro. “O quinto lugar no mundial de 2014 nos deixou otimistas com o futuro”.

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Depois de sua primeira competição internacional oficial com a seleção brasileira feminina, Daílton Nascimento seguiu o trabalho e na Paralimpíada do Rio de Janeiro o pódio bateu na trave. Após uma boa participação, o Brasil foi derrotado na semifinal e na disputa do bronze e ficou com o quarto lugar, sua melhor colocação em competições deste porte na história.

Novo desafio por conta da pandemia

Com o adiamento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Nascimento tem um novo desafio. Com cada uma de suas atletas e membros de sua comissão em suas próprias casas, o treinador está fazendo o que pode para seguir acompanhando suas atletas.

“O desafio é grande. Na parte piscologica temos que tentar controlar a ansiedade de cada uma delas. Estamos monitorando 10 meninas e ajudando quase que diariamente para ajudar. Tentar, dentro das possibilidades, fazer com que cada uma delas consiga se manter ativa e controle o peso”.

Já garantida em Tóquio, a seleção brasileira de goalball feminino segue se preparando do jeito que pode. Com uma equipe renovada em relação as últimas edições Paralímpicas, a ideia de Daílton Nascimento é seguir fazendo história nas competições deste ciclo.

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