A sexta-feira foi dourada para a esgrima paralímpica brasileira. Na etapa da Copa do Mundo de esgrima em cadeira de rodas de Eger, Hungria, Jovane Guissone venceu 9 dos 10 jogos que disputou na espada masculina e conquistou a medalha de ouro com autoridade.
Medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres em 2012, Guissone foi o único dos cinco brasileiros que entraram em ação nessa sexta-feira a vencer mais do que uma partida na fase de grupos e a avançar à fase final do torneio. Os outro quatro atletas não tiveram um bom dia de competições, só obtendo 3 vitórias em 22 jogos.
O Olimpíada Todo Dia faz um resumo do trajeto do brasileiro até o topo do pódio e dos resultados dos outros atletas nas outras categorias.
Inspirado, esgrimista perdeu só uma no dia. Revanche e vitória sobre campeão olímpico marcaram campanha até a final
Jovane Guissone, que ontem também já havia sido o melhor brasileiro no dia ao conquistar uma 7ª colocação geral, obteve cinco vitórias e apenas uma derrota na fase de grupos, se classificando como o sexto melhor entre todos os competidores.
Nas oitavas de final, não teve dificuldades contra o polonês Radoslaw Grad e venceu por 15/6, conseguindo assim, uma vaga entre os 16 melhores. Por volta das 12:30 do horário de Brasília, jogou com outro polonês; Kamil Rzasa, 11º melhor esgrimista após a rodada de classificação. Jovane Guissone novamente não teve problemas e venceu por 15 a 4.
Inspirado, o esgrimista seguiu dando show na Hungria. Venceu o confronto das quartas de final com tranquilidade, fechando o jogo em 15/8. O adversário foi simplesmente o bielorrusso Andrei Pranevich, campeão da espada B nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
Antes de chegar à final, Jovane Guissone obteve sua revanche no dia. Isso porque o adversário da semi foi o russo Alexander Kurzin, único esgrimista a vencer o brasileiro na fase de grupos da competição por 5 a 2. No segundo embate entre os dois, o russo, quarto melhor após a fase classificatória, não conseguiu parar o brasileiro e foi derrotado por 15/8.
O adversário da final foi o francês Yannick Ifebe, quarto melhor após a fase classificatória e que acabara de eliminar o compatriota Peter Yohan, número um após a fase de grupos, num dramático 15 a 13. Esperava-se novo equilíbrio na disputa pelo ouro, mas Guissone seguiu jogando em alto nível, aplicando os mesmos 15/8 obtidos nas quartas e na semifinal levando assim, a tão sonhada medalha dourada.
Outros 4 brasieliros só obtiveram 3 vitórias
Moacir Ribeiro e Alex Sandro de Souza foram os primeiros brasileiros a competir em Eger. Na categoria A do florete masculino, somaram uma vitória e onze derrotas no total e não avançaram à fase final.
Moacir perdeu todos os seus seis jogos (0/5, 2/5, 2/5, 0/5, 1/5 e 1/5) e terminou em 38º na classificação final. Alex venceu um jogo por 5 a 1, mas perdeu seus outros cinco jogos (3/5, 0/5, 1/5, 1/5 e 1/5), ficando na 34ª colocação, quatro acima de Moacir.
No sabre feminino duas brasileiras competiram. Mônica Santos fez 5 jogos no dia e saiu derrotada quatro vezes (3/5, 1/5, 2/5 e 0/5). Sua única vitória não foi suficiente para classificá-la para a fase final da competição e deixou-a na 21ª colocação geral. Fabiana Soares teve participação semelhante. Conseguiu apenas uma vitória (5/0) e quatro derrotas (2/5, 0/5, 0/5 e 3/5) e terminou em 23º lugar na classificação geral.
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A etapa de Eger da Copa do Mundo de esgrima em cadeira de rodas é a última fase aberta do continente europeu que contará pontos para a classificação aos Jogos Paralímpicos de 2020.
A próxima etapa da Copa do Mundo de Esgrima será no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, entre os dias 11 e 14 de março.