Em ano de Paralimpíada, o foco de todo atleta paralímpico que defende a seleção brasileira está em Tóquio, palco da edição de 2020 dos jogos. Porém, no caso do goalball, uma notícia vem dividindo a atenção da comunidade: a realização do primeiro Mundial de Clubes da história da modalidade, que será realizado em Lisboa, de 24 a 29 de novembro. O Sesi-SP, atual campeão brasileiro tanto no masculino quanto no feminino, será o representante do país na capital portuguesa.
“O momento que a modalidade vive é diferenciado. Esse Mundial vai engrandecer ainda mais o esporte. É bom demais representar o país, mesmo que seja pelo clube. Nosso trabalho no dia a dia é intenso, temos conseguido resultados expressivos no país, e poder competir lá fora é uma experiência inovadora”, destacou o treinador do Sesi, Diego Colletes, que também é auxiliar técnico na Seleção Brasileira masculina.
Um dos destaques da última Copa Loterias Caixa, Parazinho vê no torneio uma oportunidade para atletas que não estão na Seleção poderem vivenciar a experiência de jogar fora do país.
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“A confirmação do Sesi no Mundial de Clubes foi uma motivação a mais para toda a equipe. Ser a primeira brasileira a disputar essa competição é uma honra imensa e uma responsabilidade. Muitos meninos que nunca sonharam com essa oportunidade agora podem ir lá fora defender o clube deles. Vai ser emocionante”, ressaltou o ala.
Atleta do Sesi e da seleção, a pivô Gaby também enxerga na participação de sua equipe um reconhecimento da escola brasileira de goalball, que cresceu rapidamente e vem colhendo frutos com as duas seleções.
“Quando eu soube, fiquei bem contente. É um reconhecimento para a modalidade, principalmente aqui no Brasil onde temos grandes atletas que fazem nome lá fora, onde somos uma escola muito forte no goalball tanto masculino quanto feminino. É uma honra fazer parte de um clube como o Sesi e poder jogar lá fora representando o clube”, completou.
Brasil também será representado no apito
Mais um exemplo da força do Brasil no goalball foi o convite para que a paulista Liana Garcia seja uma das nove árbitras da competição. “Fiquei emocionada e entusiasmada com o convite para apitar o primeiro Mundial de Clubes. Esse campeonato é um marco na história do goalball. Estou muito feliz e orgulhosa pela nossa arbitragem poder fazer parte desse momento”, celebrou.
Como será o Mundial?
Ao todo, dez equipes de cada gênero estarão reunidas. Por enquanto, foram confirmadas cinco na chave masculina – além do Sesi, os africanos do Etoile Filante Boufarik, da Argélia, o Old Power, da Finlândia, o FIFH Malmo, da Suécia, e o Vancouver GC, do Canadá. Já na feminina, fora as brasileiras, estão garantidas BSI Copenhagen, da Dinamarca, além do Old Power e do Vancouver GC.
As vagas foram assim distribuídas: América (2), Europa (2), Ásia (2), África (1), Oceania (1), além do clube campeão da edição anterior e de um clube do país organizador. Na primeira edição, como ainda não existe nenhum campeão, o décimo participante será definido pelo Comitê Executivo entre um clube do continente organizador ou do continente africano.
O sistema de disputa será de grupos, com cinco em cada chave. Todos jogam entre si e os quatro melhores avançam à etapa eliminatória, quando o funil levará os dois melhores até a grande decisão no dia 29.