Nem Carol Santiago imaginou que o ano de estreia na natação paralímpica seria tão impressionante. A nadadora de 34 anos despontou no Open Internacional Loterias Caixa, em abril, ao bater o recorde mundial dos 100m peito da classe SB12, para atletas com baixa visão. Quatro meses mais tarde, foi a Lima e retornou com quatro medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos. O melhor viria em seguida: Carol foi ao Mundial da modalidade, em Londres, e sagrou-se campeã dos 50m e 100m livre (S12) e vice-campeã dos 100m costas, além de conquistar duas medalhas de prata. Para melhorar, a nadadora quebrou dois recordes mundiais e três recordes das Américas em 2019.
“Foi um ano muito difícil, mas também muito especial. É o ano que marca minha entrada no Paralímpico e um trabalho de excelência que foi feito aqui no Centro de Treinamento Paralímpico, com uma equipe fantástica.”, comemora a nadadora. “Eu estou muito feliz que esse trabalho deu um excelente resultado, muito melhor até do que nós imaginávamos, e que já estamos classificados para Tóquio. Esse prêmio vem para coroar tudo isso que foi feito esse ano.”, completa a pernambucana, que venceu o prêmio de melhor atleta da natação paralímpica de 2019.
+Carol Santiago começou paradesporto há menos de um ano
Aos 34 anos, Maria Carolina Santiago fez sua primeira temporada no esporte paralímpico. A pernambucana é portadora da síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. A atleta só enxerga vultos com o olho esquerdo e não tem visão periférica no olho direito, apenas focal. Apesar disso, desde pequena competia na natação convencional. Por falta de informação em Recife, sua terra natal, ela só conheceu a modalidade para deficientes em 2018, quando foi treinar no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre.
+SIGA-NOS EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE
Em apenas um ano como profissional, Carol Santiago já teve muitas conquistas. A mais importante, no entando, ela espera conseguir em 2020: medalha nas Paralimpíadas de Tóquio. Para isso, a preparação já começou.
“O foco é total nos treinamentos. Estamos bem focados, trabalhando muito. Só vamos voltar a respirar pós-Tóquio.”, completa a “novata” da natação paralímpica.