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Alana e Ricardinho são as estrelas do Prêmio Paralímpicos

Destaques paralímpicos, Alana Maldonado, do judô, e Ricardinho, do futebol de 5, foram escolhidos os melhores esportistas do Prêmio Paralímpico 2018.

Divulgação/CPB

O Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, recebeu, nesta quarta-feira, dia 12 de dezembro, a edição 2018 do Prêmio Paralímpicos. A principal celebração do esporte adaptado nacional premiou os principais destaques do esporte paralímpico, entre eles dois maneira especial: Alana Maldonado, do judô, e Ricardinho, do futebol de 5 foram escolhidos os melhores esportista em cada gênero.

Alana Maldonado

Em 2018, Alana Maldonado conquistou medalhas de ouro no Open Internacional na Alemanha e no Brasil, prata na Copa do Mundo na Turquia e o ouro no Campeonato Mundial da modalidade, em Portugal, feito inédito para o judô paralímpico brasileiro.

“Foi um ano muito abençoado, com a sensação de dever cumprido. O objetivo foi alcançado e uma temporada que tive lesão, mas consegui me recuperar. Desde que entrei no judô sonhava com esse momento e fiz história ao conquistar a primeira medalha de ouro paralímpica no Mundial de Judô”, disse a atleta.

Alana foi diagnosticada com a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava a modalidade desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou na faculdade, começou no judô paralímpico.

Ricardinho

Ricardo Alves, o Ricardinho, foi eleito o melhor jogador do mundo duas vezes: em 2006 e 2014. Em 2018, o atleta foi campeão da Copa Brasil pelo clube AGAFUC e campeão mundial na Espanha, pela seleção brasileira, sendo o artilheiro da competição.

“Foi um ano de ouro. Com minha equipe disputei quatro competições e venci todas. No Mundial fomos campeões, fiz gol na final, fui artilheiro e melhor jogador. Estou bastante feliz e já vamos pensar no próximo ano, quando teremos Copa América e o Parapan em Lima”, disse Ricardinho

Um deslocamento da retina aos 6 anos comprometeu a visão de Ricardinho. Aos 10, o gaúcho começou a jogar Futebol de 5 e, aos 15, entrou para o seu primeiro clube.

A palavra do Presidente

Mizael Conrado abriu o Prêmio Paralímpicos 2018. “Hoje é uma noite que temos muito pra celebrar. Muitas conquistas nas canchas esportivas. Foram 19 medalhas nos mundiais. Enfim muitas razões pra comemorarmos. Projetos importantes que começaram em 2018: o centro de formação paralímpica é um deles”, disse o ex-jogador de futebol de 5, bicampeão mundial e paralímpico.

“O prêmio desta noite também é para celebrar e agradecer a todos os nossos atletas, que sempre nos representam no Brasil e ao redor do mundo”, finalizou o Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Prêmio Aldo Miccolis

Um dos pioneiros do esporte adaptado no Brasil, o prêmio homenageia pessoas que dedicaram sua vida ao esporte paralímpico. Andrew Parsons, jornalista e dirigente desportivo brasileiro, atual Presidente do Comitê Paralímpico Internacional, foi o escolhido do Prêmio Paralímpicos 2018.

“Ganhar esse prêmio que tem o nome do Aldo Miccolis é de uma emoção especial, quando a gente criou esse premio há uns atrás eu tinha vontade de recebê-lo. Gostaria de agradecer muita gente, mas principalmente a minha família. Sem eles, eu não estaria aqui. Agradeço ao CPB, que está em ótimas mãos.”

Atleta da Galera

Com 44%, Igor Barcellos foi o escolhido na votação aberta realizada pela internet e foi o grande vencedor do Prêmio Paralímpicos. Há apenas dois anos como atleta da bocha, o carioca já foi convocado para a seleção brasileira em 2018. O mais curioso é que Igor conheceu a modalidade pela TV, assistindo o Brasil conquistar o ouro na bocha na Rio-2016. Cerca de 24 mil pessoas participaram da votação popular, nas duas fases realizadas pela internet.

Foram premiados ainda os destaques de 25 modalidades (confira a relação completa dos vencedores abaixo). Denilson Lourenço, mentor de Alana Maldonado, faturou como o melhor técnico de modalidades individuais. Alessandro Tosim, comandante da equipe masculina de goalball, medalhista de ouro no Mundial de Malmo, na Suécia, venceu como o melhor técnico de modalidades coletivas. O atleta revelação do ano foi Cristian Ribera, de 16 anos, do esqui cross-country. Foi ele o responsável pela melhor performance do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Inverno, em PyeongChang, na Coreia do Sul.

O Prêmio Personalidade Paralímpica, que homegeia pessoas que contribuíram com o Movimento na temporada, foi dado ao Senador Flexa Ribeiro, relator da Medida Provisória das Loterias, em que defendeu o investimento destinado ao esporte paralímpico. O Prêmio Clube Caixa, destinado ao clube de destaque do ano, foi para a Associação dos Paraplégicos de Uberlândia – Aparu (MG). Por fim, o Prêmio Memória Paralímpica foi para a a Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (ANDEF), considerada uma das maiores entidades de pessoas com deficiência do Brasil e do mundo.

Lista de vencedores do Prêmio Paralímpicos
Atletismo – Petrúcio Ferreira
Basquete em CR – Marcos Sanchez
Bocha – Maciel Santos
Canoagem – Igor Tofalini
Ciclismo – Lauro Chaman
Esgrima em CR – Jovane Guissone
Esportes de Neve – Cristian Ribera
Futebol de 5­ – Ricardo Alves
Futebol de 7 – Evandro Gomes
Goalball – Leomon Moreno
Halterofilismo – Mariana D’Andrea
Hipismo – Rodolpho Riskalla
Judô – Alana Maldonado
Natação – Daniel Dias
Parabadminton – Vítor Tavares
Parataekwondo – Débora Menezes
Remo – Diana Barcelos e Jairo Klug (2 atletas)
Rugby em CR – José Raul Schoeller
Tênis de mesa – Cátia Oliveira
Tênis em CR – Ymanitu Geon
Tiro com arco – Jane Karla
Tiro esportivo – Geraldo von Rosenthal
Triatlo – Jessica Ferreira
Voleibol sentado – Wescley Oliveira
Atleta revelação – Cristian Ribera
Atleta da Galera – Igor Barcellos
Melhor atleta feminino – Alana Maldonado
Melhor atleta masculino – Ricardo Alves
Melhor técnico individual – Denílson Lourenço
Melhor técnico coletivo – Alessandro Tosim
Troféu Aldo Miccolis – Andrew Parsons
Personalidade Paralímpica – Senador Flexa Ribeiro
Clube Caixa – Associação dos Paraplégicos de Uberlândia – Aparu (MG)
Memória Paralímpica – ANDEF

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