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Os Olímpicos

E se os Jogos Olímpicos de Tóquio fossem hoje? – Dia 12

Ana Marcela Cunha brilha na maratona aquática para o 5º ouro brasileiro e Fernando Reis é bronze em mais um dia medalhado pro Brasil

O Olimpíada Todo Dia e Os Olímpicos seguem com o quadro “E se os Jogos Olímpicos de Tóquio Fossem hoje?”. Chegamos ao décimo segundo dia de disputas no Japão. A quarta-feira será relativamente calma nos Jogos, com apenas 17 finais, o menor número de finais desde o 1º dia dos Jogos, quando tivemos apenas 11 decisões (no Dia 6, foram 17 também). E é dia de ouro brasileiro!

Confira como foram os outros dias nos links: Dia 1, Dia 2, Dia 3, Dia 4, Dia 5, Dia 6, Dia 7, Dia 8, Dia 9 , Dia 10 e Dia 11.

É ouro para Ana Marcela!

Chegou o esperado dia da final da maratona aquática 10km feminina. Ana Marcela Cunha é uma das grandes favoritas ao ouro nesta prova que promete, como sempre, ser decidida na batida, mesmo após quase duas horas de prova. Apesar de nunca ter vencido esta prova em Mundiais, a brasileira é presença constante no topo do pódio do circuito mundial. Em 2019 venceu os 5km e os 25km no Mundial, este último pela 4ª vez na carreira. Numa prova definida nos décimos de segundo, são várias as adversárias. A chinesa Xin Xin venceu o Mundial de 2019, seguida da americana Haley Anderson, que já faturou duas vezes os 5km. Além delas, temos a italiana Rachele Bruni, a neerlandesa campeã olímpica no Rio Sharon van Rouwendaal e a francesa Lara Grangeon. Bicampeã mundial, a francesa Aurélie Muller foi 11ª no Mundial de 2019 e não tem mais como se classificar para Tóquio. Ela que foi desclassificada no Rio dando o bronze para Poliana Okimoto.

Meu pódio:

  • Ouro – Ana Marcela Cunha (BRA)
  • Prata – Rachele Bruni (ITA)
  • Bronze – Sharon van Rouwendaal (HOL)

Dobradinha americana com WR?

Na sessão matinal, apenas uma final, com os 400m com barreiras feminino. E podemos até ter um pódio todo dos Estados Unidos. Dalilah Muhammad é a atual campeã olímpica e mundial da prova e bateu duas vezes o recorde mundial da distância em 2019, sendo a segunda vez na final do Mundial de Doha com 52.16. Apesar do recorde, sua vida não foi fácil, pois Sydney McLaughlin foi prata com 52.23, o 3º melhor tempo da história. Os Estados Unidos ainda tem Ashley Spencer e Shamier Little. As quatro fizeram 17 dos 20 melhores tempos de 2019. Quem tenta quebrar esse domínio americano é a jamaicana Rushell Clayton, bronze no Mundial de Doha e a checa Zuzana Hejnova, bicampeã mundial em 2013 e 2015.

Meu pódio:

  • Ouro – Dalilah Muhammad (EUA)
  • Prata – Sydney McLaughlin (EUA)
  • Bronze – Zuzana Hejnova (CZE)

O ouro que faltava para o Quênia

A primeira decisão da sessão noturna será os 3.000m com obstáculos feminino, prova da queniana Beatrice Chepkoech. Campeã mundial em Doha, ela busca se tornar a primeira queniana a vencer esta prova em uma Olimpíada. Recordista mundial, ela é dona de 4 dos 6 melhores tempos da história. A americana Emma Coburn foi bronze no Rio e campeã mundial em 2017 e uma das poucas que chega perto do tempo de 9 min, capaz de enfrentar a queniana. As outras são a alemã Gesa Felicitas Krause, bronze nos Mundiais de 2015 e 2019, as também quenianas Norah Jeruto e Hyvin Kiyeng, campeã mundial em 2015 e prata no Rio, e a barenita Winfred Mutile Yavi.

Meu pódio:

  • Ouro – Beatrice Chepkoech (KEN)
  • Prata – Emma Coburn (EUA)
  • Bronze – Hyvin Kiyeng (KEN)

Redenção de Fajdek após o fracasso no Rio

A briga no lançamento de martelo masculino ficará entre dois poloneses: Pawel Fjadek e Wojciech Nowicki. Os dois fizeram 18 dos 20 melhores lançamentos de 2019. Fjadek é tetracampeão mundial seguido e chegou como favorito no Rio, mas acabou ficando fora até mesmo da final, numa das maiores zebras do atletismo. Nowicki foi bronze no Rio e nos três últimos Mundiais. Na disputa pelo bronze, temos o espanhol Javier Cienfuegos, o francês Quentin Bigot e o húngaro Bence Halász.

Meu pódio:

  • Ouro – Pawel Fjadek (POL)
  • Prata – Wojciech Nowicki (POL)
  • Bronze – Javier Cienfuegos (ESP)

Prova aberta

Nos 800m masculino, provavelmente não teremos a presença do queniano David Rudisha, que buscaria seu tricampeonato olímpico. Sofrendo com várias lesões, ele está sem competir desde 2017. O atual campeão mundial é o americano Donavan Brazier, que terá pela frente grandes concorrentes, como Nijel Amos, de Botsuana, o bósnio Amel Tuka, prata no Mundial de 2019, os quenianos Timothy Cheruiyot e Ferguson Rotich, o canadense Brandon McBride e os poloneses Adam Kszczot e Marcin Lewandowsi.

Meu pódio:

  • Ouro – Ferguson Rotich (KEN)
  • Prata – Donavan Brazier (EUA)
  • Bronze – Nijel Amos (BOT)

Lyles sem dúvida

Fechando o dia, a bela final dos 200m masculino. O americano Noah Lyles venceu no Mundial de 2019 e é dono de 6 dos 10 melhores tempos deste ano. Favoritíssimo ao ouro, ele deve voltar a colocar os Estados Unidos no topo do pódio após três vitorias de Usain Bolt. Um de seus principais concorrentes é o compatriota Michael Norman, que não competiu nos Mundial, mas marcou 19.70 em 2019. O nigeriano Divine Oduduru, acabou ficando fora da final mundial, mas correu duas vezes abaixo de 19.80 no ano passado. O canadense André De Grasse, o equatoriano Alex Quiñonez, o britânica Adam Gemili, o turco Ramil Guliyev e o chinês Xie Zhenye também entram na disputa por medalha.

Meu pódio:

  • Ouro – Noah Lyles (EUA)
  • Prata – Alex Quiñonez (ECU)
  • Bronze – André De Grasse (CAN)

Medalha inédita pro Brasil

Imbróglio de Fernando Reis e Confederação marca 2017

Chegamos ao último dia de disputas do levantamento de peso com a prova mais esperada, a prova dos gigantes, a categoria acima de 109kg masculina. Não há dúvida pra ninguém que o ouro fica com o georgiano Lasha Talakhadze. Tetracampeão mundial e ouro no Rio-2016, ele não perde uma prova desde 2014. No último Mundial ele venceu com uma margem de 24 kg sobre o armênio Gor Minasyan, prata no Rio. A briga fica pelo bronze entre o iraniano Ali Davoudi, o brasileiro Fernando Reis, o argelino Walid Bidani e o sírio Man Asaad. O problema para Minasyan é que, por conta dos inúmeros casos de doping, a Armênia só pode enviar um homem e uma mulher para os Jogos. E o favorito é o da categoria inferior, Simon Martirosyan, campeão mundial. E isso abre uma ótima chance pro Fernando.

Meu pódio:

  • Ouro – Lasha Talakhadze (GEO)
  • Prata – Ali Davoudi (IRI)
  • Bronze – Fernando Reis (BRA)

Cubano dominador

Na única final do dia do boxe, a disputa do meio-pesado masculino, até 81kg. E aqui o grande favorito é o cubano Julio César la Cruz. Tetracampeão mundial e campeão olímpico no Rio, ele tem um retrospecto espetacular de 202 vitórias em 220 lutas e é considerado o melhor boxeador amador da atualidade. Apesar disso tudo, ele não venceu o Mundial de 2019, perdendo na semifinal para o cazaque Bekzad Nurdauletov, que tinha na época 21 anos. Nesta categoria também destaco o irlandês Joe Ward, o usbeque Dilshodbek Ruzmetov, o brasileiro Keno Machado e o britânico Benjamin Whittaker.

Meu pódio:

  • Ouro – Julio Cesar la Cruz (CUB)
  • Prata – Bekzad Nurdauletov (KAZ)
  • Bronzes – Joe Ward (IRL) e Benjamin Whittaker (GBR)

E dá Japão no skate

O skate volta a ser destaque em Tóquio com a prova do Park feminino. As donas de casa são as favoritas ao ouro, com Sakura Yosozumi, Misugu Okamoto e Kisa Nakamura. Talvez essa seja a menor chance de medalha do Brasil no skate, mas ainda assim Yndiara Asp é uma fortíssima candidata a medalha por conta de alguns títulos no circuito. Ynd entra na briga junto com a britânica Sky Brown, a americana naturalizada finlandesa Lizzie Armanto e a jovem americana Brighton Zeuner.

Meu pódio:

  • Ouro – Misugu Okamoto (JPN)
  • Prata – Sakura Yosozumi (JPN)
  • Bronze – Sky Brown (GBR)

Nórdicos na pista

A única decisão do dia no Velódromo de Izu será a perseguição por equipes masculina. A Grã-Bretanha venceu o ouro nas três últimas edições, mas nem sempre tem aparecido no pódio dos mundiais. A Dinamarca, liderada por Lasse Norman Hansen, venceu o Mundial este ano em Berlim, batendo o recorde mundial na qualificação, na primeira rodada e na final. Austrália, Nova Zelândia, Grã-Bretanha e Itália são fortes concorrentes ao pódio.

Meu pódio:

  • Ouro – Dinamarca
  • Prata – Itália
  • Bronze – Austrália

Prova com dezenas de favoritos

Houve uma grande mudança para Tóquio na programação. Agora as competições individuais e por equipe são completamente separadas. São vários os favoritos na prova de saltos individual. O suíço Steve Guerdat lidera o ranking mundial, foi ouro em Londres-2012 e venceu a Copa do Mundo em 2019. Em seguida, tem o seu compatriota Martin Fuchs, vice-campeão mundial em 2018 nos Jogos Equestres. Entre os tantos grandes nomes do belíssimo esporte, os americanos Beezie Madden e McLain Ward, os alemães Daniel Deusser e Simone Blum, campeã dos Jogos Equestres em 2018, os alemães Marcus Ehning e Christian Ahlmann, os franceses Kevin Staut e Penelope Leprevost e os brasileiros Pedro Veniss e Marlon Zanotelli, além dos times sueco e neerlandês.

Meu pódio:

  • Ouro – Martin Fuchs (SUI)
  • Prata – Marcus Ehning (ALE)
  • Bronze – Steve Guerdat (SUI)

Rússia sempre em sincronia

Na decisão do dueto feminino do nado artístico, não dúvidas que o ouro irá para a Rússia. A parceria de Svetlana Kolesnichenko e Svetlana Romashina vai levar esta prova com tranquilidade. A Rússia tem levado todos os títulos importantes da modalidade desde 2000, seja em Jogos Olímpicos ou Mundiais. A última vez que a Rússia não venceu uma prova de dueto foi no Mundial de 2001. Apesar do favoritismo russo, a China quer estragar essa festa e tem se aproximado a cada competição, mas a diferença ainda está na casa dos dois pontos. A Ucrânia deve repetir o bronze do Mundial de 2019, mas o dueto do Japão quer fazer bonito em casa, assim como a Espanha, que conta com a multimedalhista Ona Carbonell. Romashina vai chegar ao seu 6º ouro olímpico, se isolando como a maior da história olímpica da modalidade.

Meu pódio:

  • Ouro – Rússia
  • Prata – China
  • Bronze – Ucrânia

O monstro Belcher da 470

A vela chega ao seu último dia com as regatas de medalha da Classe 470. Na 470 masculina, os australianos Matthew Belcher e Will Ryan são os absolutos favoritos. A dupla é pentacampeã mundial, vencendo em 2013, 2014, 2015, 2017 e 2019, mas acabaram com a prata no Rio. Belcher tem ainda outros três títulos mundiais e um ouro olímpico em Londres com outro parceiro. De oho nas outras duplas fortes, como os espanhóis Jordi Xammar e Nicolás Rodriguez, os franceses Kevin Peponnet e Jérémie Mion e os suecos Anton Dahlberg e Fredrik Bergström.

Meu pódio:

  • Ouro – Matthew Belcher/Will Ryan (AUS)
  • Prata – Jordi Xammar/Nicolas Rodriguez (ESP)
  • Bronze – Kevin Peponnet/Jérémie Mion (FRA)

Ouro japonês inédito

Na Classe 470 feminina, de olho nas britânicas Hannah Mills e Eilidh McIntyre. Mills foi campeã no Rio com Saskia Clark, mas mesmo com a nova parceira, subiu três vezes ao pódio dos últimos três mundiais. As francesas Camille Lecointre (bronze no Rio com outra parceira) e Aloïse Retornaz lideram o ranking mundial. Esta é a melhor chances dos donos da casa na vela, se não for a única. Ai Kondo e Miho Yoshioka foram campeãs mundiais em 2018 e prata em 2019, então tem grandes chances de pódio em casa. Vale ficar de olho nas espanholas Silvia Mas e Patricia Cantero e nas polonesas Agnieszka Skzrypulec e Jolanta Ogar.

Meu pódio:

  • Ouro – Ai Kondo/Miho Yoshioka (JPN)
  • Prata – Hannah Mills/Eilidh McIntyre (GBR)
  • Bronze – Camille Lecointre/Aloïse Retornaz (FRA)

Cubano no topo da luta

A primeira decisão na luta será a greco-romana 67kg masculina. E o favoritismo é todo do cubano Ismael Barrero. Líder do ranking mundial na categoria, o cubano foi ouro no Rio-2016 na categoria abaixo, mas subiu de peso e já levou o título mundial nos 67kg no Mundial de 2019 e dos Jogos Pan-Americanos de Lima. O russo Artem Surkov venceu o Mundial de 2018, foi prata no de 2019 e é bicampeão europeu. O alemão Frank Stäbler, tricampeão mundial, o sérvio Mate Nemes, o egípcio Mohamed Ibrahim e o sul-coreano Ryu Han-su e o norueguês Morten Thoresen também brigam por medalha.

Meu pódio:

  • Ouro – Ismael Barrero (CUB)
  • Prata – Artem Sukov (RUS)
  • Bronzes – Frank Stäbler (GER) e Mohamed Ibrahim (EGY)

Na greco-romana 87kg masculina, a disputa deve ficar entre o ucraniano Zhan Beleniuk e o turco Metehan Başar. O turco venceu os Mundiais de 2015 e 2019 e o ucraniano os de 2017 e 2018. O alemão Denis Kudla, o húngaro Victor Lorincz, o usbeque Rustam Assakalov e o indiano Kumar Sunil são boas pedidas de pódio.

Meu pódio:

  • Ouro – Zhan Beleniuk (UKR)
  • Prata – Metehan Başar (TUR)
  • Bronzes – Denis Kudla (GER) e Rustam Assakalov (UZB)

E mais Japão na luta feminina

E encerrando a luta, a final da luta livre 62kg feminina. A favorita para esta categoria é Aisuluu Tynybekova, do Quirguistão. Ela foi campeã mundial em 2019, ouro nos Jogos Asiáticos de 2018 e tricampeã asiática, além de liderar o ranking mundial. Seu país ainda não ganhou um ouro olímpico. Esta é uma categoria que foi dominada pelas japonesas por anos, então de olho em Yukako Kawai. Outros nomes bons são da búlgara Taybe Yusein, da sueca Henna Johansson, da ucraniana Yuliya Tkach, da americana Kayla Miracle e da brasileira Laís Nunes.

Meu pódio:

  • Ouro – Yukako Kawai (JPN)
  • Prata – Aisuluu Tynybekova (KGZ)
  • Bronzes – Kayla Miracle (USA) e Taybe Yusein (BUL)

Com 242 finais disputadas, os Estados Unidos seguem na liderança, com 38 medalhas de ouro e 94 no total, se aproximando das 100 medalhas. A China segue em segundo lugar com 23 ouros, mas o Japão se aproxima com 18 e 43 no total. Rússia e Austrália com 12 ouros cada aparecem na sequência, seguidas da Grã-Bretanha e Hungria com 9 ouros.

O Brasil chega a 21 medalhas e estabelece seu recorde histórico. Chega a 5 ouros, 4 pratas e 12 bronzes, em 13º no quadro. 52 países já faturaram pelo menos um ouro e 82 já subiram ao pódio.

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