Cinco finais na piscina
Assim como em Pequim, as finais da natação serão pela manhã e as eliminatórias à noite, tudo para que seja ao vivo no horário nobre nos Estados Unidos.
A primeira decisão em Tóquio seria (e será) os 400m medley masculino. E o Japão já despontaria aqui como favorito. Daiya Seto é o atual campeão mundial da prova (também venceu em 2013 e 2015) e marcou 4:06.09 em janeiro deste ano, melhor que os 4:08.95 que lhe deram o ouro no Mundial de Gwangju. Os americanos Jay Litherland, prata no Mundial, Carson Foster e Chase Kalisz, prata no Rio-2016, seriam as apostas americanas. Os chineses Wang Shun e Qin Haiyang também viriam com bons tempos, assim como o alemão Jacob Heidtmann e o neozelandês Lewis Clareburt, bronze no último Mundial.
Meu pódio:
- Ouro – Daiya Seto (JPN)
- Prata – Wag Shun (CHN)
- Bronze – Jay Litherland (EUA)
A final seguinte seria os 400m livre masculino. Atual tetracampeão mundial, o chinês Sun Yang está banido do esporte e fora do Tóquio. A briga aqui ficaria entre o australiano Mack Horton, ouro no Rio, prata em Gwangju e maior desafeto de Sun Yang, o lituano Danas Rapsys e o italiano Gabrielle Detti.
Meu pódio:
- Ouro – Mack Horton (AUS)
- Prata – Gabrielle Detti (ITA)
- Bronze – Danas Rapsys (LTU)
Nos 400m medley feminino, devemos ter mais uma vez a coroação da Dama de Ferro Katinka Hosszu. A incansável húngara é a atual campeã olímpica e pentacampeã mundial da prova e tem vencido com boa folga esta prova. Em Gwangju colocou 1.68 sobre a segunda colocada e no Rio-2016 venceu por quase cinco segundos! Mais uma medalha japonesa deve vir com Yui Ohashi, que entra na briga pela prata e bronze com a americana Melanie Margalis e a chinesa Ye Shiwen.
Meu pódio:
- Ouro – Katinka Hosszu (HUN)
- Prata – Melanie Margalis (EUA)
- Bronze – Yui Ohashi (JPN)
Fechando o primeiro dia de finais da natação, o sempre espetacular revezamento 4×100 m feminino. O pódio deve ter as mesmas equipes do Rio-2016 e do último mundial em 2019 (Austrália, Estados Unidos e Canadá), mas a ordem é um mistério. As americanas sempre chegam muito fortes e serão lideradas por Simone Manuel, as australianas tem o seu trunfo nas irmãs Campbell e o Canadá está numa ascendente desde os Jogos do Rio, lideradas por Penny Oleksiak. Os Países Baixos estão numa entressafra, mas ainda pode sonhar com um pódio, assim como China e Suécia (não podemos esquecer da Sarah Sjöström).
Meu pódio:
- Ouro – Estados Unidos
- Prata – Austrália
- Bronze – Canadá
A China vai começar o seu domínio nos saltos ornamentais ganhando o trampolim sincronizado feminino. Shi Tingmao e Wang Han sobraram no Mundial de Gwangju em 2019 e venceram as três etapas da Série Mundial que disputaram também em 2019. Shi defende o ouro olímpico conquistado no Rio ao lado da aposentada Wu Minxia e foi ouro nos três últimos Mundiais, cada um com uma parceira diferente. A briga pelas outras medalhas ficará entre o Canadá, com Jennifer Abel e Mélissa Citrini-Beaulieu, o México, com a veterana Paola Espinosa, e a Rússia.
Meu pódio:
- Ouro – China
- Prata – Canadá
- Bronze – México
Ouros para irmãos no judô
O segundo dia de disputas do judô deve trazer um feito espetacular, com dois irmãos levando o ouro, mas depende de uma definição ainda. O Japão definiu 13 de seus 14 judocas para os Jogos e a última vaga em disputa é justamente dos 66kg masculino, que está entre Joshiro Maruyama e Hifumi Abe. Maruyama foi campeão mundial em 2019 e Abe em 2017 e 2018. O italiano Manuel Lombardo, o sul-coreano Kim Limhwan, prata no último Mundial, o brasileiro Daniel Cargnin e o representante da Mongólia (dois brigam pela vaga) serão boas apostas de pódio.
Meu pódio:
- Ouro – Hifume Abe (JPN)
- Prata – Manuel Lombardo (ITA)
- Bronzes – Vazha Margvelashvili (GEO) e Kim Limhwan (KOR)
Já nos 52kg feminino, Uta Abe não deve ter dificuldades. Atual bicampeã mundial, deve levar o primeiro ouro japonês no Budokan (esta final será antes dos 66kg masculino). A kosovar Majlinda Kelmendi não está no mesmo nível que estava em 2016, mas ainda é um nome fortíssimo da categoria. A francesa Amandine Buchard, a italiana Odette Giuffrida, a russa Natalia Kuziutina, prata no Mundial de 2019, e a brasileira Larissa Pimenta também brigam por medalha.
Meu pódio:
- Ouro – Uta Abe (JPN)
- Prata – Amandine Buchard (FRA)
- Bronzes – Natalia Kuziutina (RUS) e Odette Giuffrida (ITA)
Se a Ásia brilharia no primeiro dia dos Jogos, no segundo, ela seguirá na frente. O sul-coreano Lee Dae-hoon é o favorito ao ouro nos 68kg masculino do taekwondo. Tricampeão mundial, seu principal rival é o britânico Bradley Sinden, atual campeão mundial. O chinês Shuai Zhao foi ouro no Mundial de 2019 na categoria abaixo (63kg). Boa chance de medalha para o brasileiro Edival Pontes, atual 4º do ranking mundial.
Meu pódio:
- Ouro – Lee Dae-hoon (KOR)
- Prata – Bradley Dinden (GBR)
- Bronzes – Jaouad Achab (BEL) e Zhao Shuhai (CHN)
A britânica Jade Jones é a favorita dos 57kg feminino. Atual bicampeã olímpica, Jones só venceu seu primeiro título mundial em 2019, portanto segue como favorita ao ouro. A sul-coreana Lee Ah-reum foi ouro no Mundial de 2017 e prata no de 2019. As duas tem tudo para fazer mais uma final. Suas principais adversárias são a turca Irem Yaman, a canadense Skylar Park, a americana Anastasija Zolotic e a russa Tatiana Kudashova.
Meu pódio:
- Ouro – Jade Jones (GBR)
- Prata – Irem Yaman (TUR)
- Bronzes – Lee Ah-reum (KOR) e Anastasija Zolotic (USA)
Se no dia anterior não tínhamos favoritos na esgrima, o mesmo não pode ser dito do florete individual feminino. A russa Inna Deriglazova é o nome a ser batido. Foi campeã mundial em 2015, 2017 e 2019 e ouro no Rio-2016 e teve um ano de 2019 praticamente perfeito, vencendo quatro etapas da Copa do Mundo e duas do Grand Prix. Só perdeu a final do Europeu para a italiana Elisa Di Francisca. Esta prova tem um domínio gigantesco das italianas. Di Francisca, Alice Volpi e Arianna Errigo pretendem manter esse domínio e serão um grande desafio para Deriglazova, assim como a americana Lee Kiefer e a francesa Ysaora Thibus.
Meu pódio:
- Ouro – Inna Deriglazova (RUS)
- Prata – Alice Volpi (ITA)
- Bronze – Elisa Di Francisca (ITA)
Assim como no feminino, a espada individual masculina é prova bem aberta. Desde 2012 não tivemos um campeão repetido em mundiais ou Olimpíadas. Foram oito campeões diferentes. O húngaro Gergely Siklosi é o atual campeão mundial, o sul-coreano Park Sang-young venceu no Rio-2016, e o russo Sergey Bida é o líder do ranking. Outros nomes fortes da prova são o japonês Masaru Yamada, o francês Yannick Borel, o venezuelano Ruben Limardo, ouro em Londres-2012, e o ucraniano Igor Reizlin. Prova bem aberta.
Meu pódio:
- Ouro – Gergely Siklosi (HUN)
- Prata – Yannick Borel (FRA)
- Bronze – Sergey Bida (RUS)
Uma estreia olímpica muito esperada
No primeiro domingo dos Jogos teremos a aguardada estreia olímpica do skate com a prova de street masculina. Todo o favoritismo recai sobre o americano Nyjah Huston, que venceu o Mundial de 2019 em São Paulo. Se a Nathalie Moellhausen não faturar nada no dia anterior na esgrima, aqui deve sair a primeira medalha brasileira em Tóquio com Kelvin Hoefler, ainda mais pelo fato da final ser por volta das 13:00, antes das decisões do judô e do taekwondo. O japonês Yuto Horigome e o português Gustavo Ribeiro também entram nessa briga.
Meu pódio:
- Ouro – Nyjah Huston (EUA)
- Prata – Gustavo Ribeiro (POR)
- Bronze – Kelvin Hoefler (BRA)
Ásia segue no topo nos tiros
A Índia deve seguir fazendo história no tiro. Com sua excelente equipe, que cresceu demais nesse ciclo, deve beliscar novas medalhas nas duas finais do domingo. No rifle de ar 10m masculino, Divyansh Singh Panwar lidera o ranking mundial, após um excelente ano de 2019, com título continental e ouro na final da Copa do Mundo. Seus principais adversários vem do leste europeu: os croatas Petar Gorsa e Miran Maricic, prata e bronze no último Mundial, o húngaro Istvan Peni e o russo Sergey Kamenskiy, atual campeão mundial.
Meu pódio:
- Ouro – Petar Gorsa (CRO)
- Prata – Sergey Kamenskiy (RUS)
- Bronze – Divyansh Singh Panwar (IND)
Na pistola de ar 10m feminina, as indianas Manu Bhaker e Yashaswini Singh Deswal vem em boa fase. Bhaker, de apenas 18 anos, desponta como uma das melhores chances indianas, mas terá pela frente a fortíssima sérvia Zorana Arunovic, a sul-coreana Kim Minjung, a ucraniana Olena Kostevych e, principalmente, a grega Anna Korakaki.
Meu pódio:
- Ouro – Manu Bhaker (IND)
- Prata – Olena Kostevych (UKR)
- Bronze – Anna Korakaki (GRE)
Já no tiro com arco, nada deve tirar mais um ouro da Coreia do Sul. Na disputa de equipes femininas, as sul-coreanas nunca deixaram de ficar com o título olímpico em oito disputas, desde Sul-1988. O time ainda não foi definido, mas deve contar com excelentes nomes como Kang Chae-young e Choi Mi-sun, mas a campeã do Rio Chang Hye-jin e a de Londres Ki Bobae devem ficar de fora. Taiwan pode acabar com a festa, como fez no Mundial de 2019, quando derrotaram as sul-coreanas na decisão. China, Alemanha, Rússia, Índia e Grã-Bretanha devem brigar pelo bronze.
Meu pódio:
- Ouro – Coreia do Sul
- Prata – Taiwan
- Bronze – Rússia
Outras Finais
Se na estrada masculina tudo é incerto, na estrada feminina, o favoritismo é todas dos Países Baixos. Annemiek van Vleuten e Anna van der Breggen lideram as apostas e tem tudo para fazer a dobradinha, assim como fizeram no Mundial de 2019. Além disso, ainda tem Marianne Vos, Lorena Wiebes e Amy Pieters que podem ir para o Japão, para apenas quatro vagas. As italianas Marta Bastianelli e Elisa Longo Borghini, a polonesa Katarzyna Niewiadoma, a australiana Amanda Spratt e a americana Chloé Dygert correm por fora.
Meu pódio:
- Ouro – Anna van der Breggen (HOL)
- Prata – Annemiek van Vleuten (HOL)
- Bronze – Elisa Longo Borghini (ITA)
A China é favorita para as duas provas do levantamento de peso do dia. Nos 61kg masculino, Li Fabin venceu o Mundial e o asiático de 2019, com recorde mundial no primeiro. O indonésio Eko Yuli Irawan medalhou nas três últimas Olimpíadas, além de ser campeão mundial em 2018 e vice em 2019. Boa chance de medalha pra Colômbia nesta prova, com Francisco Mosquera, campeão mundial em 2017 e bronze no último mundial. O norte-coreano Om Yum Chol, ouro em Londres e prata no Rio, também não deve ser esquecido.
Meu pódio:
- Ouro – Li Fabin (CHN)
- Prata – Francisco Mosquera (COL)
- Bronze – Om Yum Chol (PRK)
Nos 67kg masculino, é Chen Lijun que chega como favorito, com quatro títulos mundiais nas costas. O norte-coreano Pak Jong Ju, bronze no último mundial, o usbeque Adkhamjon Ergashev e o colombiano Luis Javier Mosquera vem logo atrás.
Meu pódio:
- Ouro – Chen Lijun (CHN)
- Prata – Pak Jong Ju (PRK)
- Bronze – Adkhamjon Ergashev (UZB)
Com 29 finais disputadas, a Coreia do Sul deve seguir na liderança do quadro de medalhas após dois dias, chegando a prováveis 6 ou 7 ouros. A China começa a alcançar com 4 títulos, assim como o Japão, que deve chegar a 3 ou 4. Já os americanos ainda seguem quietos, um pouco atrás do quadro, com apenas 2 ouros. Os europeus ainda seguem tímidos também no quadro.