A vida de um atleta envolve muitos desafios e muitas glórias também. Mas poucas se igualam à conquista de ser pai. Para David Moura, do judô, Filipe Toledo, do surfe, e Marcelinho Huertas, do basquete, até mesmo a distância é superada pelo amor aos filhos, seus maiores torcedores. E no dia dos pais, eles celebram a importância dos pequenos em suas vidas pessoal e profissional.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Marcelinho Huertas e a melhor surpresa
“Sempre sonhei com uma família e ser pai também fez parte desse sonho. Esperei até o momento certo chegar e encontrar a pessoa certa para fazer com que esse sonho se realizasse”, contou Marcelinho Huertas ao Olimpíada Todo Dia.
E não só se realizou, como foi em dose dupla. Os gêmeos Leonardo e Luigi, de um ano e quatro meses, foram uma surpresa e tanto para Marcelinho Huertas e Graziella. Mas acabaram se tornando a melhor surpresa de todas.
“A sensação foi de extrema felicidade. A gente descobriu quando estávamos de férias, viajando. No ultrassom, estavam tão pequeno e escondidos que o médico não conseguia nem ver (que eram gêmeos). Então só viu no final do exame. Eu fiquei feliz, mas minha mulher ficou muito preocupada na hora, porque ela sabia que poderia ser uma gravidez de risco. E aí eu acabei ficando nervoso de ver a preocupação dela, mas depois foi tudo bem, acompanhei de perto”.
A distância, apesar de ser difícil, tem sido driblada pela família Huertas, que conta muito com a tecnologia para se manter próximo. “Ficar longe de casa é ruim, principalmente quando eles são assim tão pequenos e mudam tanto, tão rápido. Mas faz parte do nosso trabalho, a gente tem que entender isso. Por sorte hoje em dia a gente tem muitas facilidades com a tecnologia, fazemos chamadas de vídeo, estou sempre falando com eles e tentando estar o mais próximo possível, mesmo estando longe fisicamente”.
Família crescendo
E em dezembro, Leonardo e Luigi vão ganhar mais um irmãozinho. Marcelinho Huertas e Graziella estão à espera do terceiro e provavelmente último filho. E com certeza vai ser mais uma felicidade para o casal, assim como foram os gêmeos.
“Acho que nossa missão é saber ser bons pais. Os nossos filhos são o que a gente mais ama na vida, quem a gente mais protege e quer ensinar as melhores coisas, nossos valores. Com certeza são combustíveis para o nossos dia a dia, porque transmitem muita energia e fazem nossos dias serem melhores, mesmo os dias ruins. Ver o sorriso no rosto deles não tem preço”, concluiu.
David Moura e o maior marco da sua vida
Há dois anos, João chegou para mudar a vida de David Moura. O judoca tem 1,92 m de altura e de muito amor por mais um sonho realizado, mas desta vez, para além dos tatames. “Sempre quis ser pai. E a sensação de descobrir a gravidez foi de muita felicidade, porque completava meu sonho de construir uma família”.
Conciliar a vida pessoal com o calendário esportivo nem sempre é fácil, mas David fez de tudo para estar o mais próximo da esposa Maira. E todo o esforço valeu a pena, quando ele pegou João no colo pela primeira vez. “A gravidez foi muito tranquila e sempre que eu podia, entre uma viagem ou outra para competir, eu acompanhava as consultas, ultrassons… E (o nascimento) foi o maior marco da minha vida, porque de repente todo sentido da vida mudou quando me tornei pai”.
E apesar da distância ser a parte complicada em ser atleta e pai, ela é apenas física. Porque onde quer que David Moura esteja, João estará com ele. E quem sabe mais alguém também num futuro próximo.
“Ele é a minha melhor conquista! Minha motivação e inspiração diária e o combustível para eu fazer o meu melhor não só nas competições, mas na vida. E sim, em breve (pretendem ter outro filho). Estamos só esperando a vida voltar ao normal”.
Filipe Toledo e a arte de ser pai
Um dos grandes nomes do surfe brasileiro Filipe Toledo foi pai cedo. Hoje, ele tem 25 anos e sua filha mais velha, Mahina, vai fazer quatro. Apesar de tudo ter sido muito novo para ele e a esposa Ananda, a experiência da paternidade acabou se tornando incrível. E hoje ele já tem mais um filho, Koa, que fez dois aninhos.
“Ser pai é maravilhoso. Eu amo ser pai e não me arrependo disso. Amo meus filhos, o carinho que eu recebo e dar carinho para eles também. E tenho também uma mulher que está sempre presente, cuida de mim. É tudo maravilhoso, acho incrível ser pai”, contou.
+Filipe Toledo anima-se com volta da disputa no Surf Ranch
O circuito mundial de surfe ocupa grande parte do tempo de Filipinho, mas ele faz de tudo para estar em casa, ao lado da esposa e dos pequenos. “Apesar de eu não estar presente no parto dos meus dois filhos, eu cheguei em casa logo depois. A Mahina cheguei três dias depois, o Koa uma semana, nem isso. Com a Mahina eu fiquei lá, junto, pude passar uns dois meses com a esposa aqui. Consegui sim estar presente, dar suporte e poder passar esse tempo com eles no comecinho, porque era tudo muito novo”.
Sendo mais pai
E se antes Filipe não tinha muito tempo para ficar em casa, com a pandemia ele acabou ficando ainda mais grudado nos filhos. E conta que tem aprendido bastante nesse período, tentando ver o lado positivo da situação delicada que o mundo atravessa.
“Estou passando bastante tempo com eles e com esse tempo todo em casa a gente vai aprendendo mais a ser pai. Aprendi muita coisa de como ser um dono de casa (risos). É o que dá para tirar desse momento tão delicado para muitas pessoas, que estão perdendo familiares… Ainda tenho um lado positivo nisso tudo, ser mais pai, mais presente. Tem sido maravilhoso, apesar de ser um momento tão triste. E a paciência é uma virtude muito grande, a dedicação com seus filhos também. O que mais cresceu em mim foi o respeito pelas mães, que ficam sozinhas, porque é realmente difícil. Tiro meu chapéu”.
