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Tiro Esportivo

Brasil completa 100 anos de história nos Jogos Olímpicos

No dia 2 de agosto de 1920, Afrânio da Costa e a equipe brasileira de tiro conquistaram as primeiras medalhas olímpicas do Brasil

Brasl - Jogos Olímpicos - Antuérpia-1920
Brasil já disputou 22 edições de Jogos Olímpicos (Divulgação)

A trajetória do Brasil em Jogos Olímpicos foi iniciada em Antuérpia-1920. Logo de cara, conquistamos nossas três primeiras medalhas, de um total de 129 hoje. E foi em 2 de agosto de 1920, há exatos 100 anos, que Afrânio Costa e a equipe brasileira garantiram duas dessas conquistas no tiro esportivo. Assim, para celebrar o centenário, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) preparou série de conteúdos especiais nesta semana.

Na pistola de tiro livre, Afrânio, atirador do Fluminense, ficou com a medalha de prata. Horas depois, a equipe brasileira formada ainda por Guilherme Paraense, Sebastião Wolf, Dario Barbosa e Fernando Soledade conquistaram o bronze na disputa por países, faturando, então, a segunda medalha da história do Brasil.

Brasil Jogos Olímpicos - Tiro Esportivo
As primeiras medalhas foram no tiro esportivo, em Antuérpia-1920 (Divulgação/COB)

E no dia seguinte, o Brasil fechou a conta com o ouro de Guilherme Paraense na prova de tiro rápido, se tornando, assim, o primeiro campeão olímpico do país. Um desempenho memorável para uma delegação de apenas 21 atletas.

+Centenário, ‘Brasil olímpico’ ainda busca sua maturidade

“Os Jogos da Antuérpia são apenas o primeiro capítulo de um belíssimo enredo construído pelos atletas brasileiros. São 129 medalhas e novos ídolos que surgem a cada nova edição de Jogos Olímpicos. Ao relembramos essa história e relembrarmos os feitos dos pioneiros, esperamos inspirar novas páginas da centenária e vitoriosa história olímpica do Brasil”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

Os destaques brasileiros

Após a edição de Antuérpia-1920, o Brasil voltou a participar dos Jogos Olímpicos outras 21 vezes. E marcou seu nome na história da competição em diversas ocasiões.

Entre os principais destaques estão Maria Lenk, a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada, em Los Angeles-1932; Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão no salto triplo (Helsinque-1952 e Melbourne-1956), tendo quebrado o recorde mundial da prova na primeira conquista e o recorde olímpico na segunda.

Brasil Jogos Olímpicos
As primeiras mulheres medalhistas olímpicas do Brasil (Divulgação)

Além disso, as duplas Jackie Silva/Sandra Pires e Adriana Samuel/Mônica Rodrigues também estão marcadas na memória da torcida brasileira após serem as primeiras mulheres brasileiras medalhistas olímpicas, que protagonizaram a final do vôlei de praia em Atlanta 1996; os iatistas Torben Grael e Robert Scheidt, donos de cinco medalhas olímpicas cada um; e Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a ter a medalha Pierre de Coubertin, após o exemplo de superação demonstrado na maratona em Atenas-2004. Além das históricas medalhas do vôlei e basquete, feminino e masculino.

A evolução do Brasil

Neste centenário, ao olhar para trás, é possível observar, portanto, a evolução brasileira nos Jogos Olímpicos. Como destaca o COB, nas últimas seis edições de Olimpíadas, o país conquistou 90 de suas 129 medalhas, 70% do total.

O recorde, no entanto, foi obtido na Rio-2016: foram 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. E para Tóquio-2020, a perspectiva pode ser ainda melhor, com uma delegação de cerca de 200 atletas.

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“O ciclo olímpico de Tóquio-2020 impôs novos desafios. Uma edição de Jogos Olímpicos do outro lado do mundo já exigia um árduo trabalho de preparação. Mas ainda houve a pandemia do coronavírus e o adiamento do evento. Num cenário de incertezas em que passamos, nosso trabalho nos permite acreditar firmemente em duas coisas: nossos atletas estarão preparados para manter o crescimento do Brasil no cenário olímpico; e nossa bandeira será hasteada no Japão no ano que vem”, concluiu Paulo Wanderley.

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