Jaqueline, ponteira de vôlei do Osasco, e Baby Futuro, jogadora da seleção brasileira feminina de rúgbi sevens, participaram de uma live conjunta entre o clube paulista e a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) nesta quinta-feira (30). Apesar de praticarem esportes bem diferentes, elas já compartilharam um momento semelhante: participar das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016.
Lembranças da Rio 2016
As duas tiveram o privilégio de atuar empurradas por arenas lotadas de brasileiros. Mas o sentimento, em termos de resultado, foi diferente. No vôlei feminino, de Jaqueline, o Brasil era favorito pela medalha, porém foi eliminado pela China nas quartas de final. O rúgbi, de Baby Futuro, por sua vez, voltava ao programa olímpico depois de mais de 90 anos e as anfitriãs não brigavam por pódio. Mesmo assim, as anfitriãs deixaram a competição com o nono lugar, vencendo Japão, duas vezes, e Colômbia e de quebra difundiram a modalidade.
“Eu jogo há 21 anos, já tem bastante história, participei de muita coisa legal, mas nada se compara à Olimpíada. No Rio, em casa, e eu ainda era a única atleta carioca na seleção. Foi muito incrível entrar naquele corredor com a vibração e o frio na espinha para jogar. Pensei: ‘Caramba, vamos jogar para toda essa galera’. Foi muito especial estar ali com a minha família também”, disse Baby Futuro.
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“Isso é um sonho para todos os atletas, infelizmente nossa equipe não conseguiu chegar mais longe do que queríamos. Mas foi um momento especial jogar uma Olimpíada aqui. Ver minha mãe lá na torcida, um monte de gente que eu conheço torcendo. Foi algo muito especial”, afirmou Jaqueline.
Desmaio ao vivo
Nas finais da Superliga Masculina da temporada 2018/19, Jaqueline se tornou meme. Fora das quadras na ocasião, a pernambucana acompanhava a partida do seu marido Murilo e desmaiou ao vivo durante uma entrevista para o SporTV. Baby Futuro perguntou o que aconteceu.
“Essas coisas só acontecem comigo. Eu fiquei uns cinco dias sem sair na rua, mas depois levei na brincadeira. Quando andava na rua, as pessoas me olhavam e davam uma risadinha”, disse, explicando o desmaio.
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“Esse ano estava sem jogar e estava fazendo alguns eventos que apareciam. Nesse dia eu havia feito dois eventos, eu saí e fui direto para o jogo do Murilo. Eu já não estava me sentindo, aí foi só descer as escadinhas, a repórter botar o microfone na minha boca… eu comecei a falar, na hora que eu comecei a ver que ia dar m… foi no momento que eu cai.”
Prêmio de melhor atleta
Mais do que participar da Olimpíada do Rio de Janeiro, Baby futuro foi o destaque do Brasil. A carioca foi a artilharia da equipe na competição, mesmo vivendo a angústia de nem ir para ela. De quebra, ainda foi eleita pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a atleta do ano na modalidade. Durante a live, Jaqueline perguntou da importância do prêmio.
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“Foi um ano difícil, eu fiquei muito no banco. Eu fui para todas as viagens, mas eu quase não jogava. Começou a me dar um desespero, porque eu pensei que o treinador não me levaria para as Olimpíadas. Por isso que esse prêmio foi tão especial para mim. No começo da Olimpíada, no primeiro jogo, a menina que estava no banco se machucou, então tive uma oportunidade. Foi uma baita oportunidade de botar meu rúgbi para fora e eu acabei sendo a artilheira. Acabou do jeito que eu queria, realizando meu sonho”, disse.
Gostos parecidos em épocas diferentes
Além dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Baby Futuro e Jaqueline tem outra particularidade: o gosto pelas câmeras. Quando esteve fora das quadras, na temporada 2018/19, a ponteira participou de desfiles e despertou o interesse de, no futuro, ser apresentadora de televisão. Isso tudo porque rejeitou propostas para jogar vôlei longe da capital paulista.
“Não é que eu pensei em parar, eu recebi opções fora do país e de São Paulo. Então para mim era complicado ficar longe do Murilo e do meu filho. No último ano em que fui jogar em Minas, meu filho ficou aqui com o Murilo e não foi legal para mim, foi muito complicado. Fiquei muito triste e não queria que isso acontecesse de novo. Então fui fazer outras coisas e me descobri como a Jaqueline apresentadora”, disse.
Baby Futuro, por sua vez, descobriu a desenvoltura com as câmeras quando ainda era jovem e chegou a fazer peças de teatro, além de atuar na área de indumentária e ter bandas, mas decidiu focar na carreira de rúgbi.
“Eu tive três bandas, tocava falta transversa. Sou formada em artes cênicas. O rúgbi sempre foi um hobby para mim, mas quando fiz meus 20 anos, fui para Austrália. Na volta, pensei: ‘Preciso decidir o que vou fazer da minha vida’”, finalizou.